Camarote Leonino

Não concordo com essa política da mordaça e não conheço ninguém que bata palmas.
Quem vir e ouvir as conferências de imprensa de Rui Borges, constata que 90% das perguntas dos jornalistas são sobre o estado clínico de Gyokeres. O mister é metralhado e ninguém, um diretor de informação, ou alguém por ele, da a cara.

Uma coisa é certa, e já foi aqui apontado por alguns comentadores, esta onda de lesões musculares é anormal. Julgo que os 170 mil sócios e os adeptos em geral mereciam uma explicação.

Já repararam que ninguém falou da lesão do Varela do Porto? Se fosse o Morita ou o Gyokeres a ter saído do Dragão lesionado, estaríamos a semana toda a falar disso. O que me parece é que este tipo de tema é só fait divers para encher chouriços. Pequenas lesões musculares decorrente da actividade física é o dia-a-dia dos clubes de futebol. Porque é que se ignora que a fisiologia do jogador aliada ao seu estilo de vida é o que determina a condição física? Não estou a dizer que o Morita anda na borga, mas claramente que a sua fisiologia neste momento actual começa a mostrar que a recuperação pode demorar mais do que demorada há uns tempos. Os médicos terão mais dados do que nós e quando decidem que o jogador clinicamente está apto, então fisiologicamente nada há a reportar, logo o jogador está apto. Depois, a intensidade a que é submetido durante o jogo é que vai determinar se os músculos aguentam ou não. Alguém tem dúvidas de que a intensidade de um jogo da champions é 100 vezes maior do que um jogo do campeonato?
A ser verdade que as cargas de treino que o João Pereira deu à equipa (ou a falta dela...) está hoje a ter a fatura, deixa-me perplexo como é que se dizia que o JP estava preparado para assumir a equipa principal. Conselho: antes de se passar da B para a equipa A, os treinadores deveriam passar por uma equipa da primeira divisão para se perceber se as cargas de treino são aptas ou não para um grande.
SL

De todas as formas e aparte obviamente o termos que lamentar, mas não creio que seja uma nova lesão mas sim a anterior mal curada, foi a jogo e ressentiu-se, algo não parece estar bem com a forma como estão a recuperar as lesões, pode acontecer claro uma situação como esta, mas estão a aparecer várias e até com o próprio Morita, queremos confiar no nosso departamento médico mas ficamos algo preocupados com estas deficientes recuperações dos nossos jogadores com lesões musculares.

Agora será pior, Morita vai parar mais tempo e estará ausente várias semanas. De todo que me surpreendeu, o jogador tem que recomeçar a competição quando não haja duvidas que ficou curado.

Como esta situação de Morita, Gyökeres e Pote pelo menos estes, não é habitual, normal, é muito natural que a Comunicação Social tente saber o que se passa com estes jogadores, com as suas lesões e recuperações. Eu não estou preocupado que a CS traga o assunto todos os dias à baila, estou sim preocupado com a dita “ gestão física” dos jogadores, tão bem feita que o Morita anda nisto há meses, o Pote demora 4 meses ou mais a curar uma rotura muscular( fazendo fé no que se diz ser essa a sua lesão) e Gyökeres joga uns minutos, porque lhe falta o ar, ou lhe dói a perna, ou o músculo não aguenta. Muito sinceramente se isto é gestão dos jogadores, então é má gestão. Ou está apto para jogar e joga, ou se não está, que recupere totalmente.

Eu que por acaso não sou jornalista, apenas sócio do Sporting também estou preocupado com as lesões dos nossos jogadores. O caro Rui Gomes não? Aliás, gostava de perceber a razão não só da onda de lesões mas também de recaídas. O Sporting está no direito de nada dizer para proteger os jogadores e assim aumentar a especulação.
Eu como sócio tenho o direito de querer saber.
SL.

Na verdade não me preocupa tanto se o Sporting dá a conhecer o tipo de lesões dos jogadores, mas quando a lesão se prolonga demasiado no tempo deveria dar alguma informação da mesma forma quando os jogadores são dados aptos para competirem e jogam 15/2' e têm recaídas da lesão, deviam informar afinal o que se passa.

Obvio que tem que haver sempre algum cuidado no que informam, até porque hoje como as coisas andam no futebol não existe compaixão, se um adversário sabe a localização da lesão recém vinda de ser tratada irá procurar dar aí cacetadas, sejam pisadelas ou joelhadas no zona, disso não quaisquer dúvidas.

Alguém já pensou na perspectiva do atleta?
É compreensível que os adeptos estejam preocupados com a ausência dos atletas e queiram saber a evolução clínica que conduzirá ao seu regresso à competição, mas esse "direito" nunca se sobrepõe ao direito do atleta/doente à confidencialidade dos seus dados clínicos.
Este aspecto pode nortear a relação clínica entre os jogadores e o Sporting CP.