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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Considerações de Andre Geraldes, esta segunda-feira, em entrevista à CM TV:
"O André Geraldes no Sporting tinha a responsabilidade de gerir o futebol profissional. O André Geraldes, à data dos factos, tinha o clube virado de pernas para o ar. O André, por esses dias, tinha o treinador despedido, jogadores a querer falar com a direcção, uma data de coisas em que estava metido, a fazer o papel da ONU.
Quem tinha responsabilidade da guerra civil? Não vou entrar por aí. O meu papel era pacificar o que era um momento menos bom que a equipa atravessava. Bruno de Carvalho foi meu presidente durante cinco anos. Se esperam que o achincalhe, não contem comigo. Penso pela minha cabeça.
Bruno de Carvalho a partir de janeiro, por motivos do foro pessoal, as coisas começaram a não sair-lhe tão bem. Ao nível da comunicação, não fez o melhor percurso. Pelo estilo de comunicação que tinha, concluiu-se que o clima não foi o melhor. Se tem a ver com o caso de Alcochete? Quero acreditar que nenhum presidente do Sporting, fosse quem fosse, pudesse ter pedido às pessoas para fazerem aquilo. Essa é uma zona em que estou já fora de pé, a acusação está em cima da mesa e não posso opinar. Cada pessoa tem a sua pasta dentro de um clube e SAD (...) Ninguém podia prevêr que aquilo fosse acontecer.
Se dei quaisquer instruções para se pagar a árbitros e jogadores? Claro que não, nas provas que vieram a público vê-se bem que não existem referências a mim, não apareço nessas alegadas escutas. É um processo que está em segredo de justiça. Passaram os 6 meses sem acusação e isso pode querer dizer alguma coisa.
Esse dinheiro está explicado em sede de investigação. Não era o meu gabinete; o meu era na Academia. Em Alvalade existia um gabinete que eu utilizava quando lá ia e onde estavam outras pessoas. Era dinheiro dos jogos de futebol. Para se ter 60 mil euros num cofre basta um jogo e meio. É dinheiro do Sporting, de bilhetes do Sporting e também de ingressos vendidos às claques. Não me vou alongar mais. Está em segredo de justiça. Não vou ferir a investigação do Ministério Público.
Estou de consciência tranquila. Quem trabalha comigo conhece-me e sabe o meu valor. Sem querer vangloriar-me, aguardo com serenidade o desenvolvimento da investigação. Há de ser feita justiça, leve o tempo que demorar. Investigação ainda está em curso. Se calhar vamos descobrir outra verdade no fim do processo. O quê? É algo que o Ministério Público terá de descobrir."
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