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Em conferência de imprensa, em Alvalade, Frederico Varandas comentou os incidentes que ocorreram recentemente no Estádio do Bessa e no Dragão Caixa, não deixando de também referir outros "cenários" directamente ligados ao futebol português:

 

"Estamos aqui porque em pouco mais de uma semana duas pessoas foram cobardemente agredidas em recintos desportivos. No Bessa, há cerca de nove dias, e no Dragão Caixa, há cerca de 48 horas. São episódios de violência física que nós repudiamos, combatemos e, sobretudo, que não queremos ver repetidos.

 

No episódio do Bessa, tivemos um elemento do Conselho Directivo que foi agredido por trás com murros na nuca. No Dragão Caixa, uma agressão miserável a uma senhora que foi esmurrada na face. Em ambos os casos, existe a particularidade de serem casos cobardes. É preciso existir uma matilha de cobardes, não chega um.

 

O que aconteceu não pode de modo algum ser esquecido, ignorado ou tolerado. Gente desta tem de ser banida dos recintos desportivos. Federações, Liga, conselhos de Justiça e Disciplina, Secretaria do Desporto não podem fingir que isto não aconteceu. Se as leis e regras existem, que haja coragem para as aplicar.

 

Sinceramente, não chega um telefonema pessoal para o presidente a pedir desculpa. Não chega um pedido de desculpa envergonhado. Ficámos à espera do que aconteceria depois do jogo do Bessa e, para além da nossa queixa-crime, nada aconteceu.

 

Recebi um telefonema de Pedro Proença a demonstrar solidariedade, mas é preciso uma reacção da Liga. Isto é um problema grave do desporto e o exemplo vem sempre de cima. Se eu não tiver bons comportamentos numa tribuna, como poderei então exigir bons comportamentos nos recintos desportivos? Não consigo. É preciso enfrentar o problema de frente.

 

Muito raro é o jogo em que não somos multados por um qualquer cântico insultuoso ao adversário ou pela utilização de pirotecnia. Existem multas para as claques, para os espectadores. E para estes senhores, o que acontece? Assobiamos para o lado?

 

É muitíssimo mais grave. Os agressores têm de ser banidos. Aqueles dirigentes que são cúmplices, têm de ser expulsos. Os clubes têm de ser responsabilizados. As federações têm de repudiar estes actos publicamente. O Estado tem de legislar e de ser co-responsável para criar condições para que isto não se repita.

 

Portugal é um Estado de Direito, mas o desporto não pode ser um território sem lei, sem justiça e sem decência. A gravidade do que aconteceu exige resposta ao mais alto nível institucional.

 

Vamos pedir uma audiência ao Governo, uma reunião com os presidentes das federações dos campeonatos e ligas onde o Sporting CP participa e propomos a formação de um conselho estratégico para a segurança geral no desporto. Não é apenas um problema do futebol, das modalidades, dos seniores, do futebol jovem, das claques ou das tribunas. É um problema de quem é responsável pelo desporto nacional.

 

No Sporting CP, e esta Direcção garante isso, todos os nossos rivais foram tratados com dignidade e segurança e é assim que vão continuar a ser recebidos. No nosso programa eleitoral estava um pilar chamado «zero tolerância, zero suspeição». Não estava escrito em vão porque acreditamos nos nossos valores. Enquanto Direcção, não governamos o Sporting CP preocupados com o nosso mandato, mas sim com o que o Sporting precisa.

 

O que desejamos veemente é que quem tutela as organizações com responsabilidade no desporto tenha a mesma coragem que nós e façam o que tem de ser feito para defender o desporto sem se preocuparem com mandatos e eleições. O problema da violência é grave e envergonha este País. Pode demorar tempo, mas o Governo português pode contar com o Sporting e a sua coragem, tanto internamente como externamente. Apelo à coragem de todos os que têm a responsabilidade de decidir no desporto e na Nação.

 

Aconteceram duas coisas... Estavam selvagens e cobardes em recintos desportivos, onde não deviam estar, e a segurança falhou, inequivocamente. E isso é da responsabilidade do clube que organiza o evento. Era positivo ver presidentes de outros clubes a tomar uma posição contra a violência no desporto. Garanto que o desporto português estaria muito melhor.

 

É preciso que as entidades com responsabilidade no desporto em Portugal digam o que têm a dizer. (...) Surpreende-me imenso o facto de o presidente da Federação Portuguesa de Patinagem não ter feito qualquer declaração pública. No Bessa, ninguém veio criticar publicamente. É preciso dar o exemplo, colocar o dedo na ferida.

 

É verdade que nos temos concentrado muito em questões internas como empréstimos obrigacionistas, o caso de Alcochete, as rescisões dos jogadores e a lamentável herança financeira que recebemos. Mas quero garantir que não vamos ignorar esse assunto.

 

Jogadores profissionais disseram em tribunal que foram aliciados para perder um jogo, o que não é surpresa para mim. Não vamos largar este caso até ao fim, porque temos a convicção que o Sporting CP foi prejudicado desportiva e financeiramente. Temos sérias convicções que ainda vem aí muita coisa".

 

publicado às 03:48

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79 comentários

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De Sel a 19.03.2019 às 11:05

"em Portugal?" Correção: "no Porto"?"
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De Hugo Marinho a 19.03.2019 às 11:51

Deviam ter falado com o rangel ou com a Ana peres
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De Rui Gomes a 19.03.2019 às 13:10

Seria diferente em Lisboa?... Não acredito.

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