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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Sporting CP, como qualquer grande clube, é para muitos dignos desconhecidos um trampolim para a visibilidade pública e para a vã glória de mandar, com muito dinheiro à mistura. Isso explica o aparecimento de tantas candidaturas. . Segundo a previsão do director do Record, podem chegar a dez. A maioria das candidaturas, espremidas, como se diz na linguagem popular, não deitam sumo nenhum. Não é que não tenham legitimidade. Não têm ,porém, condições objectivas para lidar com a complexidade da gestão de uma grande instituição.
Em linhas gerais, uma candidatura para ser levada a sério, tem, em primeiro lugar de demonstrar, inequivocamente, que está em missão de serviço ao clube, com total desapego ao poder e às suas mordomias. Depois, tem de ter um projecto consistente e credível e uma equipa que mereça credibilidade, venham de onde vierem os seus elementos. Por fim, tem de ser independente de lóbis, de grupos de pressão, reger-se por princípios e valores, onde pontuem o bom senso, a tolerância, a honestidade e o respeito pelas naturais diferenças, e muito importante, que não caia na tentação do populismo.
Mesmo que o desvairado Bruno de Carvalho não se possa candidatar, o "brunismo" está a tentar sobreviver, e penso que irá a votos com um testa de ferro.Se assim for e ganhar, foi em vão todo o trabalho feito, para colocar o Sporting no caminho que iniciou há mais de um século. Não é com soberba que o digo, mas costumo ter razão antes de tempo. Oxalá que desta vez me engane.A proliferação de candidaturas, a trouxe-mouxe, pode abrir portas ao regresso do populismo, que tanto custou a erradicar.
Com todo o respeito pelo direito democrático, entendo que este não o momento de uma multitude de candidatos que só servirão para dividir e para fazer ruído. Corre-se sério risco de termos um presidente eleito com uma grande minoria de votos, o que é perigoso, para a estabilidade que é preciso continuar.
Apelo ao bom senso e sportinguismo de todos e cada um dos concorrentes, para porem o interesse do clube acima das ambições e vaidades pessoais. Apelo aos eleitores para analisarem com realismo as candidaturas, e na medida de possível, concentrarem votos, numa lista que possa pacificar o Sporting,
Este, muito em especial, não é tempo de aventureirismos, nem de experimentalismos. Já bebemos desse veneno.
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