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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Após a derrota em Braga, Bruno de Carvalho recorreu novamente ao Facebook para enviar uma mensagem que, em princípio, não parece ser só destinada aos adeptos/sócios do Clube:
"Não é tempo de levantar a cabeça. É tempo de a baixar! Baixar, e olhar bem para o símbolo que trazemos no peito. E depois termos todos a capacidade de reflectir se somos dignos de o usar.
Isto desde dirigentes, aos atletas, aos treinadores e aos adeptos/sócios.
O Povo diz que as desculpas não se pedem, mas evitam-se...
Pois eu tenho de pedir desculpa aos cerca de 2.000 adeptos/sócios que vieram a Braga apoiar a equipa. E tenho de pedir desculpa aos 3.5 milhões de Sportinguistas que, mais uma vez, sentem tristeza e desalento quando mereciam tanto ser felizes".
Lembrei-me de uma frase famosa de John F. Kennedy que é há muito pertinente à vida leonina no consulado de cinco anos de Bruno de Carvalho:
"De nada serve apontar culpas pelo passado, vamos aceitar a nossa responsabilidade pelo presente e pelo futuro".
E creio que é precisamente isso que Bruno de Carvalho terá de fazer, se não neste exacto momento, num futuro muito próximo.
No que ao futebol profissional diz respeito, nomeadamente a equipa principal, o Sporting encontra-se neste momento perante a quase inevitabilidade de não conquistar o campeonato e, muito provavelmente, nem sequer assegurar o 2.º lugar que dá acesso à Liga dos Campeões e os muitos milhões em disputa na próxima época.
Não vou questionar a continuidade do presidente neste momento. Um cenário bem mais complexo, dado que apesar da propaganda avulsa dos últimos meses, Bruno de Carvalho nunca abdicará da presidência de livre vontade. Isto, não obstante a sua (muita) responsabilidade por tudo o que tem acontecido no futebol, tanto positivo como negativo. A realidade é que não há "estrutura" alguma, é apenas uma palavra solta a ser usada à conveniência. A verdadeira estrutura resume-se a duas pessoas: o presidente e o treinador. Não... o que temos pela frente, é o futuro do técnico Jorge Jesus.
Para alguns, como é o meu caso desde o primeiro dia, ele nunca devia ter sido contratado, e muito menos ainda a troco dos muitos milhões (ninguém sabe ao certo) que está a receber. Por isso, a saída dele nunca será muito cedo. Dito isto, recorde-se (como o próprio nos recordou ontem) que ainda tem um ano de contrato, o que implica uma indemnização muito substancial, e não vislumbro Bruno de Carvalho avançar com um processo disciplinar, como fez com Marco Silva, para minimizar os danos financeiros.
O Sporting ainda disputa duas competições esta época: a Taça de Portugal e a Liga Europa. Possível, mas muito improvável a conquista da última. Será que a conquista da primeira dá causa suficiente para Jesus permanecer mais uma época ?... Na minha opinião não. Muito pouco para tão enorme investimento e com fortes probabilidades de se ter mais do mesmo na próxima temporada.
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