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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«No meu tempo era tudo diferente. Quem estava à frente dos clubes, os presidentes e os respectivos dirigentes, não tinham essa cultura, essa estratégia de comunicação social. Nada disto existia. Os clubes não tinham departamento de comunicação. Hoje têm de existir, mas qual é o serviço que prestam? Promovem o jogo? Respeitam o jogo? Têm como primeira preocupação contribuir para o espectáculo? Isso é ser profissional de comunicação social? Não consigo perceber.
Aqueles que têm a responsabilidade de liderar um departamento de comunicação não são capazes de fazer entender ao dirigente que aquilo que dizem não é para se dizer, que isso não promove o jogo? São apenas um ‘yes man’, que dizem e fazem tudo aquilo que um dirigente quer? São essas questões que eu levanto.
Há uma ausência de cultura desportiva em Portugal por parte de quem manda, de quem tem o poder, parece que fazem de conta. Para grandes males, grandes remédios. Toda a gente, seja ela quem for, com claques ou sem claques, com as agressões a árbitros e os cânticos que são uma vergonha (não me interessa de que clube são), pode ser identificada facilmente. Alguém foi punido? Não deviam ser banidos e não entrarem mais num estádio de futebol? É como se nada estivesse a acontecer. Se esta gente não merece ir ao futebol, então tirem-nos do futebol.
Não quer dizer que o respeito e o ‘fair-play’ tenham desaparecido, mas sinto que existem cada vez menos, parece que estamos a passar da rivalidade sã para o ódio, para a alergia, para a provocação e para a má educação. Neste Sporting-Benfica, que tem uma importância acrescida, uma vez que estamos a acabar o campeonato e por isso pode ser decisivo, interessa-me é que todos se divirtam, mas não de uma forma desrespeitadora e ofensiva. Não há necessidade de ser feliz fazendo o outro infeliz».
António Simões
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