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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em dia de derby quatro palavras apenas: não matem o futebol. Apesar das peripécias próprias do calor do jogo que este decorra com correcção e lealdade, dentro de uma sã rivalidade. Que os adeptos vibrem com o espectáculo e apreciem os artistas. Torcendo para que a vitória pertença ao meu clube, que vença o melhor no contexto do jogo jogado.
Disse o velho senador do futebol, Manuel José, que hoje não existe rivalidade mas ódio. De facto vivemos tempo de retrocesso civilizacional nas nossas sociedades. A solidariedade foi substituída pela xenofobia, e pelo despertar de demónios que julgávamos extintos. O futebol não está imune a esta reversão de valores.
Como tenho escrito, e não sou o único, os actuais dirigentes desportivos têm contribuído para o crescimento desta situação. Com a sua atitude fundamentalista, estão a transformar os clubes em guetos de cariz religioso. As suas prédicas constantes apelam à “guerra santa”, à cruzada contra os "infiéis". É certo que forem eleitos pelos adeptos e com base nisso requerem total impunidade. Também muitos ditadores o foram com consequências trágicas para a humanidade.
O problema é que as massas anónimas são presas fáceis da demagogia e do populismo em períodos de grande descontentamento e desespero. É assim que “vales azevedos” chegam impantes ao poder. O mais grave é que as massas não aprendem nada com a história. O clima de ódio instalado entre clubes, está a matar o futebol. Acordem enquanto é tempo!
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