De LG a 05.08.2021 às 09:03
A questão aqui é o elefante no meio da sala, Jorge Mendes, que direta ou indiretamente participa desde 2018 em quase todas as transações, mesmo de jogadores que alegadamente não representa.
O "protocolo" Wang explica como começou a coisa.
As contratações de jogadores passaram a vir do mesmo carrossel de clubes.
Por isso, a questão não é não querer ser, é qual o tamanho da barriga que admitimos ser.
LG, entre o não querer ou a percentagem entre o que admitimos ser o que se exige à direcção do Sporting é que defenda intransigentemente os interesses do clube.
Negociar com Jorge Mendes não é tarefa fácil, principalmente pelas 'tentações' existentes e pela 'dependência' que se cria, o que obriga a permanente atenção aos interesses do clube.
LG não me parece grave que Jorge Mendes esteja metido na maioria dos negócios do Sporting na compra e venda de jogadores, o que mais importa é o Sporting fazer bons negócios sejam desportivamente ou financeiramente.
O Sporting terá que ficar sempre com a fatia de leão no negócio e só deve pagar os valores usuais na intermediação. Considero o valor de 10% que os agentes cobram pelos seus serviços deveras excessivo e estou convicto que no futuro esse valor vai baixar considerávelmente quisá para metade, a UEFA e a FIFA terão que mover-se nesse sentido.
Jorge Mendes é só um tipo esperto que viu no futebol a sua mina de diamantes, cresceu, ganhou dinheiro e cresceu ainda mais, é uma progressão imparável se continuar esperto. Move muitas influências mas acredito que outros irão chegar no futuro.
Os valores que cobram é que são pornográficos e terá que haver no futuro uma forma de os poder reduzir, de os tornar mais justos no cado do Mendes pouco se irá importar porque já se encheu, os tempos para ele ainda são os das vacas gordas.
Dou um exemplo ja tem negócios que o valor de mediação (comissional) está fixado, no meu caso e a nível internacional quando envolve alguns países não recebo mais que 5%, é a lei desses países e não à volta a dar, ou aceito ou não faço negócio, é simples.
De LG a 05.08.2021 às 12:34
Eu pelo contrário considero extremamente grave, o Sporting colocar-se nas mãos de uma única pessoa.
Para além das questões morais envolvidas na origem do dinheiro que os milionários angariados por Mendes trazem para o futebol, há a questão de a prática demonstrar que nestes negócios quem perde são os clubes.
Nunca os clubes do carrocel de Mendes fizeram negócios tão volumosos, tão lucrativos, e estão mais do que nunca endividados e a precisar de mais receitas e mais transferências, numa espiral aparentemente sem fim. Com Mendes e amigos, grande parte do dinheiro gerado pelo futebol sai para fora do futebol.
"O Sporting terá que ficar sempre com a fatia de leão no negócio e só deve pagar os valores usuais na intermediação. Considero o valor de 10% que os agentes cobram pelos seus serviços deveras excessivo"
Como a prática demonstra, existem várias formas de fintar o máximo fixado pela FIFA de 10%. Tendo o Julio historia na América do Sul já saberá da existência de clubes que não são mais do que testas de ferro de empresários (já os havia no tempo do Figger, há 30 anos).
Fatia de leão? É fatia de leão 50% de um jogador? O regressar às metades ou menos de passes que tão bons resultados deram com Godinho Lopes?
Se tem lido os meus comentário verá que estou 100% contra á compra parcial de passes se não ultrapassarem os 50%, contra se tivermos no plantel numero elevado de jogadores nessas condições.
Por vezes o mercado obriga a situações anormais e o Sporting lá terá que se adaptar, mas não o deveria fazer por norma.
O Clube necessita de receitas extraordinárias de algum vulto todos os anos e se vier a ter só as mais valias de 50% dos passes dos jogadores que vendes, sentirá asfixia.
No passado era mais usual a existencia dos tais clubes que funcionavam como barrigas de aluguer, hoje ainda existem mas em menor numero, os meios de ficalização têm apertado.
Na América do Sul todavia ainda existem a maior quantidade porque se vive ainda a lei do Oeste.
Eu não quero acreditar que o Sporting esteja metido nessas salganhadas, o facto dos negócios do Sporting ter a maior parte das vezes a intermediação do Jorge Mendes não quer dizer que esteja metido em negócios de carroceis de lavagem de dinheiro ou inflação acelarada para trazer dividendos extra a todos os intervenientes.
Temos que analisar ao detalhe cada negócio e para já parecem que se fizeram sempre da forma possível e correta. O plantel do Sporting tem valorizado bastante no ultimo ano e é isso que todos pretendemos.
Quando chegar a hora de vender esperamos todos que os intermediários fiquem só com os seus 10% e aí estaremos para analisar.
Veja o caso do presidente do Benfica, parte do dinheiro da venda de jogadores dava a volta ao Mundo por varias contas de empresas constituidas só para efeito de "transporte" e depois voltava para uma conta...dele, pensando que dessa forma ludribiavam as autoridades e o fisco.
ex presidente do Benfica.
De LG a 05.08.2021 às 13:57
"Eu não quero acreditar que o Sporting esteja metido nessas salganhadas"
Wang, dois milhões
À quanto tempom foi isso? As pessoas aprendem com os erros.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 09:34
Como é evidente o Pote foi uma excelente contratação, mas houve um erro grave na sua contratação que foi o não ter sido previsto valor para aquisição dos restantes 50%....
Relembro os mais distraídos que o Sporting é quem tem de lhe pagar os ordenados, que o tem de potenciar, e depois numa eventual venda com o Jorge Mendes são mais 10% de comissão. O que fica de lucro é muito pouco tendo em conta a valia do jogador.
Sobre a nota de recompra por 6M, é preciso dizer que para se fazer 90 jogos, em principio só à 3ª época, caso o Ugarte seja de facto um talento corremos o risco de esta clausula de recompra não poder ser ativada numa eventual venda nos primeiros 2 anos.
Alerto que este tipo de modelo de partilha de passes é muito comum no Brasil, e veja-se como os clubes brasileiros na sua maioria estão falidos, este modelo de partilha de passes é contraproducente, porque a única coisa que salva um clube com poucos recursos é uma boa venda, se a partir de agora os clubes não detém o passe dos jogadores, então a margem de lucro vai deixar de entrar nos clubes e passar para os empresários e portanto os clubes de futebol ficam mais pobres.
De MAV a 05.08.2021 às 10:04
Schmeichel,
É verdade o que diz sobre 90 jogos mas Ugarte tem 20 anos é contratação para 2/3 se tiver a evolução que se espera.
O valor é que parece exagerado ele só tem 12 internacionalizações nas camadas jovens é um MD não um AV.
Quanto ao partilhar os passes também concordo clubes como o Sporting vivem de mais valias só com 80% 100% do passe se consegue posição confortável na negociação.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 10:38
Vou deixar aqui um dado que acho que elucida bem o que está em causa.....
Em 2015 a FIFA criou uma norma que proibiu que empresários e grupos de investimento possam deter qualquer percentagem nos passes económicos dos jogadores, tornando os clubes nos únicos detentores. Os únicos países que foram contra esta medida foram Espanha e Portugal, aparecendo o Jorge Mendes como o líder da contestação desta medida, relembro que em Portugal só o Sporting apoiou esta medida da FIFA já que vinha em linha com o litigio com a Doyen aquando da venda do Rojo. Benfica e Porto eram contra esta medida, e coincidência ou não, os grande incentivadores desta legislação eram os clubes ingleses.
Segundo investigação feita em 2015, a influência dos fundos no total da liga portuguesa oscilava entre os 27% e os 36%, num valor entre os 231 e os 303 milhões de euros. Portugal era, segundo o estudo, o país europeu que mais recorria a fundos para comprar atletas, sendo que entre 40 a 70 jogadores da I Liga tinham o seu passe disperso, pertença de empresários, fundos e clubes.
Como a FIFA proibiu os fundos de comprar atletas, os fundos compraram os clubes..... pelos vistos em Portugal isto não é problema.....
Schmeichel e MAV, os dois lados da mesma mentalidade retrocessiva!!!
E... lamentavelmente, não há cura, nem com vacina!
De Schmeichel a 05.08.2021 às 10:39
Mesmo as melhores vacinas só têm 95% de eficácia.....
De João F. a 05.08.2021 às 10:40
De João F. a 05.08.2021 às 10:56
Para os brunistas, seria bem melhor continuar tudo como dantes, ou seja, sem dinheiro e sem equipa, pois desta forma e do seu ponto de vista, teriam sempre argumentos falaciosos para os ataques bem rodados!
Como se vê, é uma verdadeira chatice para a brunolândia, a direcção ter encontrado uma astúcia para contornar a falta de dinheiro!...E como a vitória no campeonato lhes fez falir a cartilha dos argumentos tão rodados desde há anos, agora procuram outra, que os faz titubear e entrarem em contradição constante.Vê-se que estão a procurar uma nova cartilha para divulgarem...
De Schmeichel a 05.08.2021 às 11:17
Lá vem você com a cassete varandista..... sem dinheiro e sem equipa?!? portanto em 2013 estávamos melhor?!
É o contrário do que escreveu.... é precisamente a estratégia imposta no mandato de BdC, que permitiu melhorar a equipa e as condições financeiras do clube...... alguns factos:
- recuperação dos passes dos atletas (em alguns casos o Sporting tinha apenas 25% do passe de jogadores formados em Alvalade);
- caso Rojo, Sporting tinha apenas 10%..... faz lembrar hoje o caso Tabata;
- clausulas elevadas que na altura foram alvo de gozo, mas hoje todos imitam;
- o jogador mais caro contratado foi o Bas Dost por 12M, até ao momento vários foram mais caros..... casos do Paulinho, Pote, Vietto, Vinagre.... portanto foi deixado muito dinheiro, foi deixado plantel, foi deixado recursos para permitir ao Varandas tomar as decisões que está a tomar hoje, é tudo ao contrário do que foi dito, no fundo tudo um conjunto de inverdades que se comprovam com o maior investimento feito num plantel como o que foi feito pelo Varandas.
Schmeichel
Pior que Inverdades, é rescrever, a contento, o que se passou. A Direcção anterior não inventou o Sporting a partir do zero. Recebeu mais valias para as quais não tinha contribuído. Vendeu João Mário e Adrien, atletas que não lhe devem a sua valorização. A recuperação de passes também se fez com estas mais valias, e outras engenharias financeiras.
Mas há uma afirmação que raia o absurdo, quando diz que foi deixado muito dinheiro e plantel. Que dinheiro? Que plantel?
O plantel não tinha sido desbaratado, após Alcochete? William, Rui Patrício, Gelson, Bruno Fernandes, Bas Dost, entre outros menos valiosos? Alguns não foram recuperados com custos para o Clube? Outros não foram negociados, com a concordância dos clubes que os contrataram, permitindo recuperar prejuízos? E se todos tivessem seguido as pisadas do Rafael Leão? O que se tinha recuperado?
Varandas já fez alguns maus negócios? Quem não os fez? Desde a época anterior não adquiriu valores seguros? E quanto vale neste momento, a aposta em valores, desconhecidos, da Academia?
Por fim, não percebo a que propósito vem, para a argumentação, 2013. Uma coisa é certa, continua a ver a realidade pelos olhos demagógicos do brunismo. O brunismo com benefícios e malefícios (muitos mais) acabou. Continuar a chorar sobre o leite derramado é um desperdício. Estamos noutra fase, que quando chegar a altura certa, será avaliada pelos adeptos.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 14:03
Nação Valente,
Só falei de 2013 devido ao comentário do João F., eu estava a comentar critérios de contratação, mas perante qualquer critica vem sempre o brunismo.... mas já vi que ficou incomodado com o meu comentário...... porque fica incomodado em se dizer que estávamos melhor em 2018 que em 2013?!? Eu consigo aceitar que estamos melhor em 2021 que em 2018.... são factos e perante factos, eu concluo.
O plantel em 2018 foi desbaratado devido a um processo de rescisões ilegal ..... mas esquecendo este facto..... você pergunta-me que plantel foi deixado? Bruno Fernandes, Bas Dost, Mathieu, Acuña, Piccini, Coates, entre outros, foram todos contratados por BdC e estavam no plantel mesmo após as rescisões ilegais. Mesmo assim não era muito melhor que o plantel de 2013?!? eu acho que não há comparações possíveis....
Já nem se lembram que ficámos em 7º lugar, a pior classificação de sempre, e que o orçamento de 2013 era cerca de 1/3 do orçamento de agora, portanto houve uma recuperação do clube que é por demais evidente, e que o seu comentário só revela ódio e incapacidade de ver a realidade dos factos. Sem compreender o que se passou no passado, não se consegue compreender o melhor caminho a trilhar no futuro.
Sobre o Varandas, eu não estou a criticar os 5 treinadores contratados, e os Jesés e companhia, isso são situações de escolha de jogadores...... eu estou a criticar critérios de contratação, isto é, contratar muitos jogadores por 10 e 50% é uma condicionante perigosa para a estabilidade financeira do clube.
O leitor Schmeichel continua em forma, na defesa da sua dama. Pelo menos é coerente, embora seja uma saga sem consequências.
Ódio? Que ódio? Eu vejo a realidade de forma subjectiva, e assumo-o. E não vou discutir 2013, nem 2000. Para o bem e para o mal são passado. As lições que se tiram do passado, de todo o passado e não só de algum, devem servir para não se cometerem os mesmos erros. Ás vezes, não é fácil.
Pois eu critiquei, no tempo certo, os erros de Varandas, nomeadamente os que refere. Mas mostrou inteligência, em reconhecê-los, e mudou a agulha.
Nas contratações há duas hipóteses: ou se contrata de acordo com as circunstâncias, ou não se contrata. O tempo dirá se foi correcto ou não. Até agora, do ponto de vista desportivo, o mais importante, parece que valeu a pena.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 17:20
Nação Valente,
Eu disse que em 2021 estamos melhor que em 2018, estou então a defender que dama?
Se estamos a analisar critérios de contratação, acho importante analisarmos o que foi a história recente do Sporting, para com isso evitarmos erros do passado. Repare que provavelmente não houve ano em que fizemos a melhor politica de contratações do que em 2013, ano do Leonardo Jardim..... aposta na formação e contratações de baixo custo..... O problemas foi quando mudaram este paradigma com o JJ, e por isso os meus receios quando me aparecem iluminados a tentarem-me explicar que contratar por 50% é excelente.
Na minha opinião esta politica dos 50% é empurrar com a barriga, evita-se custos mas evitam-se receitas, assim torna-se impossível inverter a má situação económica do Sporting. É um ciclo vicioso.
De MAV a 05.08.2021 às 11:13
RG a mentalidade progressista quando convém....lamentavelmente já é feitio a vacina não é opção.
Schmeichel, penso que o possível erro grave na sua contratação, em que não foi previsto o valor para aquisição dos restantes 50%, se deveu a dois factores.
A necessidade de antecipação a um concorrente directo que fez deste facto um argumento decisivo para a sua contratação e alguma impreparação negocial que não previu a possibilidade de uma "explosão" tão precoce do jogador, o que dificultou, e muito, qualquer negociação pensada para posteriormente adquirir os restantes direitos económicos.
O Sporting não estava em posição financeira na altura (e ainda hoje, aliás) para fazer outra coisa sem arriscar perder o jogador.
Avaliando os prós e os contras, o negócio do Pote foi um sucesso, mesmo só com 50% do passe adquirido.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 14:07
Leão do Norte,
Imagine que tínhamos contratado apenas 10% do Pote, diria que seria um negócio de sucesso? é que eu poderia dizer também que o Famalicão exigiu ter 90% e que se não fosse assim iria para outro clube, etc......
Portanto qual é o limite? 50% ou pode baixar ainda mais?
O futebol está a sujeitar-se aos interesses dos empresários, em vez de ser ao contrário.....
Schmeichel,
Se só tivéssemos "contratado" apenas 10% do Pote (sem plano futuro para compra da restante percentagem) eu diria que, do ponto de vista desportivo tinha sido um sucesso, mas do ponto de vista económico uma péssima opção. E coloquei contratado entre aspas porque essa percentagem para mim é quase um empréstimo.
Na minha opinião a percentagem limite pode ser variável, mas colocaria os 50% como limite mínimo para qualquer negócio. Isto sem um acordo futuro para aquisição de novas percentagens.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 16:56
Leão do Norte,
O ponto de vista desportivo nada tem a haver com o económico, Pedro Gonçalves se viesse emprestado sem opção de compra também teria sido positivo desportivamente..... outra coisa é analisar o que teria sido a melhor opção de contratação, neste caso comprar 100% do passe ou em alternativa ter definido critérios para aquisição desses 100%.
Porque razão acha que a FIFA proibiu a partilha de passes dos clubes com empresários? como defendemos os clubes das chantagens dos empresários e fundos de investimento se os clubes têm de se submeter a todos os interesses deles?
Na minha visão do futebol não compreendo a partilha de passes, não compreendo comissões de 10% a empresários e não compreendo esta especulação no valor dos passes dos jogadores. Se formos analisar as contas dos clubes, a grande maioria deles é deficitária, portanto deveríamos era estar a assistir a redução de custos, e a única forma dos clubes fazerem isso é reduzindo a percentagem de passe, e isso a longo prazo significa mais insustentabilidade. É um ciclo vicioso.
Schmeichel,
"O ponto de vista desportivo nada tem a haver com o económico"?
Quando efectuamos um negócio de aquisição de um jogador o sucesso desse negócio implica sempre esses dois pontos de vista. E foi sobre o sucesso do negócio que me questionou.
Certamente estou a ser romântico, mas valorizo mais o desportivo do que o económico. Não estou tão alheio da realidade para não perceber que, no futebol actual, o económico influência mais que o desportivo, mas nunca dissocio um do outro.
Logicamente é sempre melhor adquirir 100 ou 80% dos direitos económicos de um jogador ou programar a compra dos restantes, mas estaria o Sporting na altura em condições reais de o fazer?
Em relação à partilha de passes, comissões ou especulações, estamos de acordo em relação à necessidade da sua franca redução ou abolição, mas não sejamos ingénuos. Os interesses envolvidos são tantos e tão fortes que, de maneira mais ou menos camuflada, estarão sempre presentes. E com a anuência da FIFA, UEFA,.. por mais que estes organismos tentem criar regulamentação para o disfarçar.
Uma vez aqui metidos temos de nos saber adaptar com o menor dano possível.
De RCL a 05.08.2021 às 21:57
"Como é evidente Pote foi uma excelente contratação, mas houve um erro grave na sua contratação que foi o não ter sido previsto valor para aquisição dos restantes50%"
Dá vontade de rir, o que vocês diziam antes era que Pedro Gonçalves não valia nem metade. Agora já consideram grave não ter ficado estabelecido os critérios de recompra dos restentes 50% Ninguém vos entende.
De João Gil a 05.08.2021 às 09:35
A partilha de passes é vulgar nas transações. Mitiga o risco, distribui o custo e permite que o negócio se faça. Só acontece assim porque os custos das transferências passaram a ser astronómicos. É a única maneira de clubes com menos capacidade financeira poderem adquirir bons jogadores. O sistema está feito para agentes e intermediários encherem os bolsos e vão e por acaso que clubes como o Famalicão, Portimonense e outros são na realidade e de forma encapotada detidos por agentes desportivos e financeiros de legitimidade duvidosa. Veja-se o que fez agora a liga espanhola e percebe-se que este sistema não vai mudar.Pelo contrário, vai ser cada vez mais o negócio financeiro o verdadeiro jogo. O futebol no campo é o acessório indispensável ao negócio, mas é um acessório. Ser campeão é muito bom para o negócio, mas o verdadeiro negócio do futebol é fazer dinheiro, não é ser campeão de coisa nenhuma. SL
Eu ontem neste espaço dei um exemplo das consequências que trazem compras de 50% do passe de jogadores sem valor acordado com os restantes 50%.
Na revenda do activo a outra parte vai "mamar" mais a metade do bolo , neste caso específico se o Ugarte viesse a ser vendido a um valor já de si extraordinário por 40M o Famalicão iria receber 18M dessa venda mais os 6 que recebeu do Sporting, total 24M enquanto o Sporting iria receber 12M, o que seria um negócio ruinoso.
Vejam bem e esperteza do Famalicão, teria feito a venda do Ugarte por 24M. A Direção do Sporting não se pode deixar cair nestas bizarras situações por muito valiosos desportivamente que sejam os jogadores que queira comprar.
De João Gil a 05.08.2021 às 11:34
Não se pode ver as coisas desse prisma, que é enviesado. A questão que tem de colocar é a do lado do Sporting, ie: o Sporting quer um jogador, investe X na compra do respectivo passe, um dia vende o mesmo por Y e faz uma mais valia de Z. O bem, neste caso, é do Famalicão, não é do Sporting. Não é o comprador que fica com a mais valia. Essa realiza-se no momento da venda. Se o comprador quer ficar com a mais valia potencial (futura) então tem de aceitar a ideia de ter de pagar mais pelo bem, na compra. Essa coisa de galinha gorda por pouco dinheiro…
Se o Sporting não quer, pode ir comprar outro e deixar que o Famalicão faça o negócio com quem bem entender e pague melhor. Tal como aconteceu com João Mário, que fez negócio com quem o valorizou mais. E pelos vistos o Sporting quer tanto o jogador que até vai pagar ao Famalicão 6,5M€ por 50% e até vai mais longe, pagando 2M€ adicionais por cada 10% do passe a cada 30 jogos realizados com a camisola do Sporting. Portanto, ao que se diz, o Sporting prepara-se para pagar não 6,5 mas 12,5 (potencialmente) por 80% do passe para ter a totalidade dos direitos que hoje pertencem ao Famalicão, já que ainda há 20% nas mãos de outro clube. Portanto, é tudo uma questão de quanto há para gastar agora e de quanto se acredita que vai valer o produto no mercado, no futuro. Só se saberá se foi bom negócio quando o Sporting vender o jogador e em função do desempenho desportivo. Mama quem é dono do produto e não quem quer comprar o,produto. Em lado nenhum do mundo dos negócios é ao contrário. O Sporting mamará quando tiver o produto para vender. O Famalicão entretanto mama à conta do Sporting porque foi o Famalicão que investiu no jogador e não o Sporting. Parte desse investimento inicial não pode agora reverter para o Sporting. Era bom, mas não é assim. SL
Convenhamos a quem iria o Famalicão vender 50% do passe do jogador sem valor fixado para os outros 50%? Não acredito que Porto e Benfica entrem nesse tipo de negócio ruinoso. Porto e Benfica têm que encontrar todos os anos 100 a 130 milhôes para fazer face aos gastos de cada época, todos os anos têm que vender jogadores a valores altíssimos e não será de certeza a comprar 50% de passes de jogadores que depois na sua venda conseguem encaixar valor suficiente para o que necessitam para pagar as suas contas.
No mercado estuda-se e analisa-se também a concorrência, como procede e quais as suas necessidade e só depois se decide já com todos os elementos na balança.
Um ou outro negócio com níveis extraordinários pode acontecer nesses moldes mas nunca como norma, seria ruinoso.
Neste caso o Sporting prefere e muito bem arriscar pagar 12M por 80% do passe para não ter que vir a pagar depois muito mais pelo jogador á sua origem é claro e muito mais justo e correcto.
Na realidade, é mera conjectura do Julius. Não sabe o que o Benfica ou o FC Porto fariam!!!
Escrevi: "não acredito", não disse o que fariam.
É pura conjectura... NÂO SABE!!!
De MAV a 05.08.2021 às 15:04
O Julius e muito bem já explicou o que se pode tornar uma venda de 40M em que só se têm 50% do passe, e ainda acrescento aos 6.5+ 6 os salários pagos pelo Sporting e mais, não sabemos se há alguma cláusula em que o Sporting será obrigado a vender mediante uma proposta de x valor
Volto a frisar o Sporting têm dois tipos de LETAIS os depois de 2013 e os de 2018 em diante.
MAV,
Discussão completamente enviesada. A compra de um atleta, tem como primeiro objectivo a rentabilidade desportiva, e o reforço do colectivo. Se gerar mais valias, sejam grandes ou pequenas, é positivo. O Sporting, tanto quanto sei, é um clube desportivo, e não uma empresa de import/export. O problema é quando o investimento económico, é deficitário, desportivamente. Sobre a questão dos LETAIS, sou, completamente, analfabeto.
Aí discordo completamente caro amigo, não sejamos ingénuos, isso é a parte emocional que nos leva a acreditar que funciona dessa forma, não podemos confundir o objectivo prioritário que é de facto desportivo com a necessidade de manter o barco em velocidade de cruzeiro para conseguir obter outras conquistas. Não esqueçamos que se trata de um grande clube mesmo já numa escala mundial. Nenhum clube grande sobrevive sem aquilo com que se compra os melões.
Atingir o topo desportivamente uma época não é a mesma coisa que manter-se no topo a esgremir com as mesmas armas os títulos nos anos seguintes, é fácil vender uma equipa ao desbarato mas depois vêm as consequências, os desertos a percorrer.
O equilíbrio financeiro consegue-se com resultados minimamente aceitáveis desportivamente, mantendo os ativos em alta, mas também com a arte de saber comprar para depois na venda conseguir o máximo de margem, as instituições vivem das margens das vendas e têm que ser logo defendidas no acto da compra para não se entrar num ciclo de suicídio financeiro anunciado.
Que resulta depois? Menos capacidade para a compra e com isso a obrigatoriedade de procurar ativos menos valorizados, depois chegam os insucessos desportivos por arrasto, como pescadinha de rabo na boca ás voltas.
É um voltar ao passado.
O caro amigo apresenta um tese muito radical. Os activos só se valorizam se tiverem êxito desportivo. Das principais aquisições feitas na época anterior, concluo que todas se valorizaram. É meio caminho andado para serem rentáveis.
A questão da percentagem adquirida, deve-se, na minha observação, às possibilidades do Clube, no momento. Se houvesse condições para pagar uma maior percentagem, creio que teria acontecido. No caso do Pote, as suas prestações excederam as expectativas, e o Famalicão, possivelmente, não quis vender mais percentagem, nas condições da primeira aquisição. Compreende-se.
Nas futuras aquisições, por percentagens, talvez esse aspecto seja acautelado. Agora, com todo o respeito, não comungo dessas teses catastrofísticas..
De João Gil a 05.08.2021 às 14:08
Não é norma. O que existe são diferentes modos de fazer o negócio. Quem tem 80% do passe é o Famalicão, logo determina o preço e sujeita-se à procura que o jogador suscita para aquele preço, de que a modalidade de aquisição, condições e formas de pagamento (a pronto, a crédito, etc..) também fazem parte. É o mercado a funcionar. Do Benfica e Porto e dos negócios extraordinários que fazem não sei bem. Lembro-me da venda do Rúben Dias e do Benfica ter sido obrigado a levar com o Otamendi com 30 e tal anos, por 12 ou 13 milhões de euros. Ou do Marega, do Herrera e do Marcano, que saíram do Porto livres por zero euros. São exemplos de grandes negócios por jogadores de que os clubes eram detentores de 100% dos passes. Na realidade actual, há diferentes modalidades de investimento. Coexistem nos clubes jogadores detidos a 100% com outros em que o clube paga pelo usufruto do jogador (tal como o aluguer de longa duração de viaturas, ou de computadores existe nas empresas). Não há nada de errado com a modalidade. Eu posso querer andar de carro 4 vezes por mês ao fim de semana para mostrar aos meus vizinhos que tenho carro e vou ao “stand” e gasto 40 mil euros para ter essa capacidade de exibição. Ou posso não ter a propriedade do carro e pagar uma renda pelo usufruto do carro 4 fins de semana por mês. Numa primeira opção, vou às poupanças (ou ao banco e pago por isso) e derreto 40 mil euros, ou 50 mil ou 250 mil euros dependendo do carro, na segunda opção só gasto à medida da necessidade. Sai-me mais caro? Depende do uso e do período em que quero usufruir do bem. Ou seja, posso ter 100% do Bragança ou do Coates, 50% do “Pote” e 10% do Tabata, mas estou a pagar de uma maneira ou de de outra a parte que não me pertence mas que estou a utilizar em meu benefício. No fim do período de aluguer pago um depósito ou uma caução e compro o remanescente do passe ou vendo o jogador e pago (ao banco, ao empresário ou a quem detenha direitos sobre o atleta) e logo decido se compro outro jogador e em que modalidade. Se virmos bem, no futebol de hoje há compras, vendas, alugueres, trespasses de direitos sobre jogadores. Nada de errado com isto, pelo contrário. Por alguma razão os clubes passaram a SA, os jogadores são referidos como activos e os patrões deles já não são os directores, mas os accionistas/investidores. Se o jogador é um activo/passivo ou uma renda é um detalhe que pode ter maior ou menor relevância consoante a qualidade do jogador e o que se espera que propicie de retorno para a sociedade (ie para accionistas/investidores) para aquilo que custou. Ter uma política de investimento de risco diversificado é antes de mais nada um sinal de prudência e de inteligência de gestão. No actual Sporting acho que se vê uma abordagem pragmática e prudente e isso é bom.
PS: a este propósito e indirectamente atente-se bem no que se passa no eterno rival, em que já não é sequer o presidente posto (Rui Costa) que se dirige aos jogadores antes da pre eliminatória crítica da Champions, mas o investidor John Textor, a quem a administração da SAD / clube se prepara para vender 25% da SAD deixando o futebol do Benfica nas mãos de um financeiro privado cujo único fito é fazer dinheiro e negócio através de um clube de futebol a que o dito investidor atribui um valor futuro de milhares de milhões de euros mas que se prepara para tomar por 50 milhões. É esta discussão, que está latente no Sporting há anos, também nos baterá à porta, não tenhamos muita dúvida.
SL
Por alguma razão o clube afinal não aceitou os moldes do negócio inicial e impôs a recompra da restante parcela dos 50% com valor fixo. Não sou só eu que vejo as coisas dessa forma, o financeiro do Sporting afinal tambëm entendeu que os moldes do negócio eram injustos e desajustados.
De João Gil a 05.08.2021 às 15:04
Injustos, porque? Alguém garante que Pedro Gonçalves vai ser vendido por dezenas de milhões de euros? Ou o Ugarte, que ninguém conhece de lado nenhum? O Sporting está a adquirir um jogador, 80% do passe por 12,5M€, o que equivale a +-16M€ pela totalidade. É um jogador que quando vender depois de pagas comissões e outras despesas tem de vender aí por 20M€ para recuperar o gasto e ficar apenas com a eventual mais valia desportiva, que nunca é garantida. Imagine que o Pedro Gonçalves não sai já e que nesta nova época em vez de 23 golos e bola de prata “Pote” marca 12 golos, é bola de lata e o Sporting fica em terceiro no campeonato. Imaginemos que temos de pagar os 50% que faltam ao preço a que compramos e o jogador desvaloriza em vez de valorizar. E o Sporar? E o Doumbia? E o Battaglia? E o CR7 das balizas? E o iLori? E, e, e…..o financeiro? É exactamente como comprar casa a crédito com taxa fixa ou variável. O preço varia em função do risco. SL
De João F. a 05.08.2021 às 19:23
De Rui a 05.08.2021 às 13:03
Ora bem, esta solução custa-nos quando o jogador faz uma boa carreira e se valoriza, como P. Gonçalves. Mas, e se não corre bem, se Ugarte fica como Eduardo ou Misic? (Quero acreditar que não).
Aí, é melhor dar 6M por 50% do que 12M por 100% de um jogador que não rende como esperado. Exemplos não faltam, embora com RA as coisas estejam a correr melhor.
Mas amigo Rui,
Se assim acontecer, se ninguém rende é falência à vista
Terá que haver um padrão, uma forma generalizada, o negócio seja ele qual for terá sempre uma percentagem de risco, mas ou se quer vencer e parte-se com essa base ou então opta-se por bases que levam à condenação, a uma morte lenta.
Quero com isto dizer que terá que haver sempre jogadores que rendam, muitos ou poucos terá que haver rendimento para se manter viva a manutenção e o crescimento de um clube. Se hipotecarmos receitas, as poucas que se fizerem podem não ser depois suficientes para se manter o barco na velocidade de cruzeiro que se pretende.
De Rui a 05.08.2021 às 14:29
Penso não é a situação ideal, mas é a possível.
Não esquecer que o Sporting ainda não vendeu a não ser Misic e Rosier. E o desejo é que venda apenas excedentários, o que não está fácil. Parece-me que o mercado está bastante conservador, talvez por causa da pandemia.
Para o ritmo competitivo deste ano, mais um reforço para o meio-campo era necessário, e isto se ninguém sair (M. Nunes, Palhinha). Não sei se haveria melhores opções que Ugarte, imagino que não.
Sim neste momento as vendas estão complicadas, um problema que se estende a toda a gente, por vezes basta mexer uma peça importante e tudo se movimenta depois à volta dela, mas nada se mexeu ainda.
Será fantástico se a Direção conseguir manter o plantel sem vender ninguém e ainda conseguiu trazer gente boa para ajudar, se analisarmos a concorrência estão na mesma situação, do outro lado da circular estão em campanha e irão até ao limite para mostrar que são solução para o futuro, veremos se aquilo não estoira, se o PSV lhes retira a champeon vai haver feridos.