De Schmeichel a 05.08.2021 às 09:34
Como é evidente o Pote foi uma excelente contratação, mas houve um erro grave na sua contratação que foi o não ter sido previsto valor para aquisição dos restantes 50%....
Relembro os mais distraídos que o Sporting é quem tem de lhe pagar os ordenados, que o tem de potenciar, e depois numa eventual venda com o Jorge Mendes são mais 10% de comissão. O que fica de lucro é muito pouco tendo em conta a valia do jogador.
Sobre a nota de recompra por 6M, é preciso dizer que para se fazer 90 jogos, em principio só à 3ª época, caso o Ugarte seja de facto um talento corremos o risco de esta clausula de recompra não poder ser ativada numa eventual venda nos primeiros 2 anos.
Alerto que este tipo de modelo de partilha de passes é muito comum no Brasil, e veja-se como os clubes brasileiros na sua maioria estão falidos, este modelo de partilha de passes é contraproducente, porque a única coisa que salva um clube com poucos recursos é uma boa venda, se a partir de agora os clubes não detém o passe dos jogadores, então a margem de lucro vai deixar de entrar nos clubes e passar para os empresários e portanto os clubes de futebol ficam mais pobres.
De MAV a 05.08.2021 às 10:04
Schmeichel,
É verdade o que diz sobre 90 jogos mas Ugarte tem 20 anos é contratação para 2/3 se tiver a evolução que se espera.
O valor é que parece exagerado ele só tem 12 internacionalizações nas camadas jovens é um MD não um AV.
Quanto ao partilhar os passes também concordo clubes como o Sporting vivem de mais valias só com 80% 100% do passe se consegue posição confortável na negociação.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 10:38
Vou deixar aqui um dado que acho que elucida bem o que está em causa.....
Em 2015 a FIFA criou uma norma que proibiu que empresários e grupos de investimento possam deter qualquer percentagem nos passes económicos dos jogadores, tornando os clubes nos únicos detentores. Os únicos países que foram contra esta medida foram Espanha e Portugal, aparecendo o Jorge Mendes como o líder da contestação desta medida, relembro que em Portugal só o Sporting apoiou esta medida da FIFA já que vinha em linha com o litigio com a Doyen aquando da venda do Rojo. Benfica e Porto eram contra esta medida, e coincidência ou não, os grande incentivadores desta legislação eram os clubes ingleses.
Segundo investigação feita em 2015, a influência dos fundos no total da liga portuguesa oscilava entre os 27% e os 36%, num valor entre os 231 e os 303 milhões de euros. Portugal era, segundo o estudo, o país europeu que mais recorria a fundos para comprar atletas, sendo que entre 40 a 70 jogadores da I Liga tinham o seu passe disperso, pertença de empresários, fundos e clubes.
Como a FIFA proibiu os fundos de comprar atletas, os fundos compraram os clubes..... pelos vistos em Portugal isto não é problema.....
Schmeichel e MAV, os dois lados da mesma mentalidade retrocessiva!!!
E... lamentavelmente, não há cura, nem com vacina!
De Schmeichel a 05.08.2021 às 10:39
Mesmo as melhores vacinas só têm 95% de eficácia.....
De João F. a 05.08.2021 às 10:40
De João F. a 05.08.2021 às 10:56
Para os brunistas, seria bem melhor continuar tudo como dantes, ou seja, sem dinheiro e sem equipa, pois desta forma e do seu ponto de vista, teriam sempre argumentos falaciosos para os ataques bem rodados!
Como se vê, é uma verdadeira chatice para a brunolândia, a direcção ter encontrado uma astúcia para contornar a falta de dinheiro!...E como a vitória no campeonato lhes fez falir a cartilha dos argumentos tão rodados desde há anos, agora procuram outra, que os faz titubear e entrarem em contradição constante.Vê-se que estão a procurar uma nova cartilha para divulgarem...
De Schmeichel a 05.08.2021 às 11:17
Lá vem você com a cassete varandista..... sem dinheiro e sem equipa?!? portanto em 2013 estávamos melhor?!
É o contrário do que escreveu.... é precisamente a estratégia imposta no mandato de BdC, que permitiu melhorar a equipa e as condições financeiras do clube...... alguns factos:
- recuperação dos passes dos atletas (em alguns casos o Sporting tinha apenas 25% do passe de jogadores formados em Alvalade);
- caso Rojo, Sporting tinha apenas 10%..... faz lembrar hoje o caso Tabata;
- clausulas elevadas que na altura foram alvo de gozo, mas hoje todos imitam;
- o jogador mais caro contratado foi o Bas Dost por 12M, até ao momento vários foram mais caros..... casos do Paulinho, Pote, Vietto, Vinagre.... portanto foi deixado muito dinheiro, foi deixado plantel, foi deixado recursos para permitir ao Varandas tomar as decisões que está a tomar hoje, é tudo ao contrário do que foi dito, no fundo tudo um conjunto de inverdades que se comprovam com o maior investimento feito num plantel como o que foi feito pelo Varandas.
Schmeichel
Pior que Inverdades, é rescrever, a contento, o que se passou. A Direcção anterior não inventou o Sporting a partir do zero. Recebeu mais valias para as quais não tinha contribuído. Vendeu João Mário e Adrien, atletas que não lhe devem a sua valorização. A recuperação de passes também se fez com estas mais valias, e outras engenharias financeiras.
Mas há uma afirmação que raia o absurdo, quando diz que foi deixado muito dinheiro e plantel. Que dinheiro? Que plantel?
O plantel não tinha sido desbaratado, após Alcochete? William, Rui Patrício, Gelson, Bruno Fernandes, Bas Dost, entre outros menos valiosos? Alguns não foram recuperados com custos para o Clube? Outros não foram negociados, com a concordância dos clubes que os contrataram, permitindo recuperar prejuízos? E se todos tivessem seguido as pisadas do Rafael Leão? O que se tinha recuperado?
Varandas já fez alguns maus negócios? Quem não os fez? Desde a época anterior não adquiriu valores seguros? E quanto vale neste momento, a aposta em valores, desconhecidos, da Academia?
Por fim, não percebo a que propósito vem, para a argumentação, 2013. Uma coisa é certa, continua a ver a realidade pelos olhos demagógicos do brunismo. O brunismo com benefícios e malefícios (muitos mais) acabou. Continuar a chorar sobre o leite derramado é um desperdício. Estamos noutra fase, que quando chegar a altura certa, será avaliada pelos adeptos.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 14:03
Nação Valente,
Só falei de 2013 devido ao comentário do João F., eu estava a comentar critérios de contratação, mas perante qualquer critica vem sempre o brunismo.... mas já vi que ficou incomodado com o meu comentário...... porque fica incomodado em se dizer que estávamos melhor em 2018 que em 2013?!? Eu consigo aceitar que estamos melhor em 2021 que em 2018.... são factos e perante factos, eu concluo.
O plantel em 2018 foi desbaratado devido a um processo de rescisões ilegal ..... mas esquecendo este facto..... você pergunta-me que plantel foi deixado? Bruno Fernandes, Bas Dost, Mathieu, Acuña, Piccini, Coates, entre outros, foram todos contratados por BdC e estavam no plantel mesmo após as rescisões ilegais. Mesmo assim não era muito melhor que o plantel de 2013?!? eu acho que não há comparações possíveis....
Já nem se lembram que ficámos em 7º lugar, a pior classificação de sempre, e que o orçamento de 2013 era cerca de 1/3 do orçamento de agora, portanto houve uma recuperação do clube que é por demais evidente, e que o seu comentário só revela ódio e incapacidade de ver a realidade dos factos. Sem compreender o que se passou no passado, não se consegue compreender o melhor caminho a trilhar no futuro.
Sobre o Varandas, eu não estou a criticar os 5 treinadores contratados, e os Jesés e companhia, isso são situações de escolha de jogadores...... eu estou a criticar critérios de contratação, isto é, contratar muitos jogadores por 10 e 50% é uma condicionante perigosa para a estabilidade financeira do clube.
O leitor Schmeichel continua em forma, na defesa da sua dama. Pelo menos é coerente, embora seja uma saga sem consequências.
Ódio? Que ódio? Eu vejo a realidade de forma subjectiva, e assumo-o. E não vou discutir 2013, nem 2000. Para o bem e para o mal são passado. As lições que se tiram do passado, de todo o passado e não só de algum, devem servir para não se cometerem os mesmos erros. Ás vezes, não é fácil.
Pois eu critiquei, no tempo certo, os erros de Varandas, nomeadamente os que refere. Mas mostrou inteligência, em reconhecê-los, e mudou a agulha.
Nas contratações há duas hipóteses: ou se contrata de acordo com as circunstâncias, ou não se contrata. O tempo dirá se foi correcto ou não. Até agora, do ponto de vista desportivo, o mais importante, parece que valeu a pena.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 17:20
Nação Valente,
Eu disse que em 2021 estamos melhor que em 2018, estou então a defender que dama?
Se estamos a analisar critérios de contratação, acho importante analisarmos o que foi a história recente do Sporting, para com isso evitarmos erros do passado. Repare que provavelmente não houve ano em que fizemos a melhor politica de contratações do que em 2013, ano do Leonardo Jardim..... aposta na formação e contratações de baixo custo..... O problemas foi quando mudaram este paradigma com o JJ, e por isso os meus receios quando me aparecem iluminados a tentarem-me explicar que contratar por 50% é excelente.
Na minha opinião esta politica dos 50% é empurrar com a barriga, evita-se custos mas evitam-se receitas, assim torna-se impossível inverter a má situação económica do Sporting. É um ciclo vicioso.
De MAV a 05.08.2021 às 11:13
RG a mentalidade progressista quando convém....lamentavelmente já é feitio a vacina não é opção.
Schmeichel, penso que o possível erro grave na sua contratação, em que não foi previsto o valor para aquisição dos restantes 50%, se deveu a dois factores.
A necessidade de antecipação a um concorrente directo que fez deste facto um argumento decisivo para a sua contratação e alguma impreparação negocial que não previu a possibilidade de uma "explosão" tão precoce do jogador, o que dificultou, e muito, qualquer negociação pensada para posteriormente adquirir os restantes direitos económicos.
O Sporting não estava em posição financeira na altura (e ainda hoje, aliás) para fazer outra coisa sem arriscar perder o jogador.
Avaliando os prós e os contras, o negócio do Pote foi um sucesso, mesmo só com 50% do passe adquirido.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 14:07
Leão do Norte,
Imagine que tínhamos contratado apenas 10% do Pote, diria que seria um negócio de sucesso? é que eu poderia dizer também que o Famalicão exigiu ter 90% e que se não fosse assim iria para outro clube, etc......
Portanto qual é o limite? 50% ou pode baixar ainda mais?
O futebol está a sujeitar-se aos interesses dos empresários, em vez de ser ao contrário.....
Schmeichel,
Se só tivéssemos "contratado" apenas 10% do Pote (sem plano futuro para compra da restante percentagem) eu diria que, do ponto de vista desportivo tinha sido um sucesso, mas do ponto de vista económico uma péssima opção. E coloquei contratado entre aspas porque essa percentagem para mim é quase um empréstimo.
Na minha opinião a percentagem limite pode ser variável, mas colocaria os 50% como limite mínimo para qualquer negócio. Isto sem um acordo futuro para aquisição de novas percentagens.
De Schmeichel a 05.08.2021 às 16:56
Leão do Norte,
O ponto de vista desportivo nada tem a haver com o económico, Pedro Gonçalves se viesse emprestado sem opção de compra também teria sido positivo desportivamente..... outra coisa é analisar o que teria sido a melhor opção de contratação, neste caso comprar 100% do passe ou em alternativa ter definido critérios para aquisição desses 100%.
Porque razão acha que a FIFA proibiu a partilha de passes dos clubes com empresários? como defendemos os clubes das chantagens dos empresários e fundos de investimento se os clubes têm de se submeter a todos os interesses deles?
Na minha visão do futebol não compreendo a partilha de passes, não compreendo comissões de 10% a empresários e não compreendo esta especulação no valor dos passes dos jogadores. Se formos analisar as contas dos clubes, a grande maioria deles é deficitária, portanto deveríamos era estar a assistir a redução de custos, e a única forma dos clubes fazerem isso é reduzindo a percentagem de passe, e isso a longo prazo significa mais insustentabilidade. É um ciclo vicioso.
Schmeichel,
"O ponto de vista desportivo nada tem a haver com o económico"?
Quando efectuamos um negócio de aquisição de um jogador o sucesso desse negócio implica sempre esses dois pontos de vista. E foi sobre o sucesso do negócio que me questionou.
Certamente estou a ser romântico, mas valorizo mais o desportivo do que o económico. Não estou tão alheio da realidade para não perceber que, no futebol actual, o económico influência mais que o desportivo, mas nunca dissocio um do outro.
Logicamente é sempre melhor adquirir 100 ou 80% dos direitos económicos de um jogador ou programar a compra dos restantes, mas estaria o Sporting na altura em condições reais de o fazer?
Em relação à partilha de passes, comissões ou especulações, estamos de acordo em relação à necessidade da sua franca redução ou abolição, mas não sejamos ingénuos. Os interesses envolvidos são tantos e tão fortes que, de maneira mais ou menos camuflada, estarão sempre presentes. E com a anuência da FIFA, UEFA,.. por mais que estes organismos tentem criar regulamentação para o disfarçar.
Uma vez aqui metidos temos de nos saber adaptar com o menor dano possível.
De RCL a 05.08.2021 às 21:57
"Como é evidente Pote foi uma excelente contratação, mas houve um erro grave na sua contratação que foi o não ter sido previsto valor para aquisição dos restantes50%"
Dá vontade de rir, o que vocês diziam antes era que Pedro Gonçalves não valia nem metade. Agora já consideram grave não ter ficado estabelecido os critérios de recompra dos restentes 50% Ninguém vos entende.