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Obviamente não estou a defender este modelo de negócio (50%) como um padrão para o Sporting. Eu próprio já aqui escrevi que não quero ver o Sporting como "barriga de aluguer" para negócios de outros.O que defendo é uma avaliação caso a caso e se o valor desportivo do jogador o justificar tentar a sua contratação, mesmo que implique, como recurso, a partilha dos direitos económicos do jogador. Não é o cenário ideal, mas sacrifica-se a vertente económica em detrimento da vertente desportiva.O Pote tem de ser mencionado como um bom exemplo de gestão desportiva. Conseguimos, através de uma habilidade negocial, um deveras extraordinário activo desportivo, ao mesmo tempo que impedimos o fortalecimento de um adversário directo. É este sucesso que eu prevejo para o Ugarte.

Texto da autoria de Leão do Norte

NOTA: Segundo Record, Ugarte é esperado em Alvalade para assinar contrato e a SAD "garantiu mais 30% por 6 milhões caso o médio cumpra 90 jogos". Ou seja, a cada 30 jogos oficiais, o Sporting poderá adquirir mais 10% do passe com custo fixo de 2 milhões de euros.

publicado às 05:33

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62 comentários

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De João Gil a 05.08.2021 às 14:08

Não é norma. O que existe são diferentes modos de fazer o negócio. Quem tem 80% do passe é o Famalicão, logo determina o preço e sujeita-se à procura que o jogador suscita para aquele preço, de que a modalidade de aquisição, condições e formas de pagamento (a pronto, a crédito, etc..) também fazem parte. É o mercado a funcionar. Do Benfica e Porto e dos negócios extraordinários que fazem não sei bem. Lembro-me da venda do Rúben Dias e do Benfica ter sido obrigado a levar com o Otamendi com 30 e tal anos, por 12 ou 13 milhões de euros. Ou do Marega, do Herrera e do Marcano, que saíram do Porto livres por zero euros. São exemplos de grandes negócios por jogadores de que os clubes eram detentores de 100% dos passes. Na realidade actual, há diferentes modalidades de investimento. Coexistem nos clubes jogadores detidos a 100% com outros em que o clube paga pelo usufruto do jogador (tal como o aluguer de longa duração de viaturas, ou de computadores existe nas empresas). Não há nada de errado com a modalidade. Eu posso querer andar de carro 4 vezes por mês ao fim de semana para mostrar aos meus vizinhos que tenho carro e vou ao “stand” e gasto 40 mil euros para ter essa capacidade de exibição. Ou posso não ter a propriedade do carro e pagar uma renda pelo usufruto do carro 4 fins de semana por mês. Numa primeira opção, vou às poupanças (ou ao banco e pago por isso) e derreto 40 mil euros, ou 50 mil ou 250 mil euros dependendo do carro, na segunda opção só gasto à medida da necessidade. Sai-me mais caro? Depende do uso e do período em que quero usufruir do bem. Ou seja, posso ter 100% do Bragança ou do Coates, 50% do “Pote” e 10% do Tabata, mas estou a pagar de uma maneira ou de de outra a parte que não me pertence mas que estou a utilizar em meu benefício. No fim do período de aluguer pago um depósito ou uma caução e compro o remanescente do passe ou vendo o jogador e pago (ao banco, ao empresário ou a quem detenha direitos sobre o atleta) e logo decido se compro outro jogador e em que modalidade. Se virmos bem, no futebol de hoje há compras, vendas, alugueres, trespasses de direitos sobre jogadores. Nada de errado com isto, pelo contrário. Por alguma razão os clubes passaram a SA, os jogadores são referidos como activos e os patrões deles já não são os directores, mas os accionistas/investidores. Se o jogador é um activo/passivo ou uma renda é um detalhe que pode ter maior ou menor relevância consoante a qualidade do jogador e o que se espera que propicie de retorno para a sociedade (ie para accionistas/investidores) para aquilo que custou. Ter uma política de investimento de risco diversificado é antes de mais nada um sinal de prudência e de inteligência de gestão. No actual Sporting acho que se vê uma abordagem pragmática e prudente e isso é bom.

PS: a este propósito e indirectamente atente-se bem no que se passa no eterno rival, em que já não é sequer o presidente posto (Rui Costa) que se dirige aos jogadores antes da pre eliminatória crítica da Champions, mas o investidor John Textor, a quem a administração da SAD / clube se prepara para vender 25% da SAD deixando o futebol do Benfica nas mãos de um financeiro privado cujo único fito é fazer dinheiro e negócio através de um clube de futebol a que o dito investidor atribui um valor futuro de milhares de milhões de euros mas que se prepara para tomar por 50 milhões. É esta discussão, que está latente no Sporting há anos, também nos baterá à porta, não tenhamos muita dúvida.
SL
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De Julius Coelho a 05.08.2021 às 14:16

Por alguma razão o clube afinal não aceitou os moldes do negócio inicial e impôs a recompra da restante parcela dos 50% com valor fixo. Não sou só eu que vejo as coisas dessa forma, o financeiro do Sporting afinal tambëm entendeu que os moldes do negócio eram injustos e desajustados.
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De João Gil a 05.08.2021 às 15:04

Injustos, porque? Alguém garante que Pedro Gonçalves vai ser vendido por dezenas de milhões de euros? Ou o Ugarte, que ninguém conhece de lado nenhum? O Sporting está a adquirir um jogador, 80% do passe por 12,5M€, o que equivale a +-16M€ pela totalidade. É um jogador que quando vender depois de pagas comissões e outras despesas tem de vender aí por 20M€ para recuperar o gasto e ficar apenas com a eventual mais valia desportiva, que nunca é garantida. Imagine que o Pedro Gonçalves não sai já e que nesta nova época em vez de 23 golos e bola de prata “Pote” marca 12 golos, é bola de lata e o Sporting fica em terceiro no campeonato. Imaginemos que temos de pagar os 50% que faltam ao preço a que compramos e o jogador desvaloriza em vez de valorizar. E o Sporar? E o Doumbia? E o Battaglia? E o CR7 das balizas? E o iLori? E, e, e…..o financeiro? É exactamente como comprar casa a crédito com taxa fixa ou variável. O preço varia em função do risco. SL
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De João F. a 05.08.2021 às 19:23

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