De Luis Carvalho a 23.06.2022 às 10:48
Quando o clubismo se sobrepõe à honestidade, integridade, à decência, está tudo explicado quanto à qualidade de alguns políticos. A promiscuidade entre políticos e futebol é uma relação biunívoca, aos políticos dá jeito apoiar clubes que lhes garantam votos, aos clubes pelo seu lado, terem benesses das autarquias e da administração central é ouro sobre azul. Sai mais um centro de estágio de borla, pago pelos munícipes.
De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 23.06.2022 às 14:08
Precisamente, tudo bem dito e explicito, sem tirar, nem pôr.
O acervo da desfaçatez e desavergonha, quando o poder político e autárquico (caciquismo puro), anda de mão dada e cúmplice, com personagens e agentes promotores de divisionismos e fraccionamentos regionais, que ousam e até se atrevem a desafiar e colocar em causa o espírito de unidade, urbanidade e/ou da coesão do País.
Para além, do não despiciendo e excecionalmente vergonhoso ato público, de agraciar e conferir estatuto, a um cidadão que tem um histórico não abonatório e muito pouco recomendável, releva-se ainda que tal personagem tem contas a prestar à Justiça por processos jurídicos anteriores e outros a decorrer nas instâncias e comarcas judiciais.
Este o verdadeiro Estado da Nação, onde corruptos, bandidos, traficantes, vigaristas, quejandos e afins, se passeiam, fazem carreira e obtêm riqueza ilícita, violando a Lei e o Direito, e afrontando com inusitada e permissiva arrogância, a Justiça e, até, imagine-se a própria Magistratura.
Caminhamos cada vez mais para alarmantes níveis de cariz anárquico, de violência e crime injustificado e gratuito, de caos e receio na normalidade do que deveria ser uma vivência cívica e pacífica, de desmando prevaricador e recorrente, de miséria económica em muitas famílias, de desordem social - por ausência de valores, por falta do pilares fundamentais como o a educação, o do direito à dignidade e saúde, o das garantias de respeito e segurança de pessoas e seus bens a diversos níveis, o do lamentável e mitigado poder de intervenção ponderada e musculada por parte da autoridade das forças da ordem e de policiamento (que se encontram submetidas a um colete de inação e inépcia nalgumas situações críticas) e ao dever, por vezes incompreensível de contemplação, contemporização e permissividade, etc.
Até se assiste à inqualificável atribuição de honrarias públicas e comendas, a trafulhas, a vigaristas, a aldrabões e a gatunos do erário público e do humilde, trabalhador, explorado e empobrecido povo português.
Quando a Justiça funciona bem, sancionando, incriminando e penalizando, quem comete crimes e/ou ilícitos de vária ordem, lá vem por vezes um indulto, por bom comportamento ou alívio do regime sancionatório, para depois em liberdade condicional, acabarem por reincidir na vida criminosa e não na regeneração.
Para onde caminhamos?