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Neste xadrez não há xeque-mate !

Rui Gomes, em 27.09.15

 

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É imprescindível Jorge Jesus repensar o que anda a fazer em Alvalade, porque com o "xadrez" que ele tem vindo a jogar este Sporting não vai longe. Estamos fora da Liga dos Campeões, levámos uma "tareia" do Lokomotiv de Moscovo, em casa, no primeiro jogo da fase de grupos da Liga Europa - e sujeitos a  outra pela visita ao "inferno" da Turquia, na próxima quinta-feira - e no campeonato temos conseguido alguns resultados menos maus, mesmo a tratar muito mal o futebol. Pela positiva, temos a conquista da Supertaça, mas é muito pouco face aos objectivos globais da época.

 

O regresso de William Carvalho não vai resolver tudo. Dará maior estabilidade ao meio-campo, mas também está para ver quem é que ficará fora do onze para dar lugar ao médio. Não temos construção de jogo a partir da zona intermediária, criatividade evidencia-se pela sua ausência e nem sequer vale a pena evocar a finalização.

 

Insistir nos reforços para justificar as contratações só resultará em continuar a prejudicar a equipa e colocar jogadores fora dos lugares de sua melhor produção dará precisamente o mesmo.

 

É tempo do rotulado "melhor treinador em Portugal" demonstrar que é precisamente isso ou, no mínimo, fazer o que bons treinadores menos mediáticos fazem: por a equipa a jogar futebol e a marcar golos.

 

Se de facto tem alguma influência na gestão da equipa, seria a altura indicada para pressionar o presidente para fazer com Carrillo o que devia ter sido feito há longo. Em último caso, que utilize o jogador até a situação ficar definitivamente esclarecida. 

 

A campanha ainda está a dar os primeiros passos e vamos muito a tempo de corrigir o que mais de mal há. Insistir no mesmo é que está destinado a ser um desastre.

 

Wake up and smell the roses !!!

 

publicado às 13:57

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5 comentários

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De Leão Zargo a 27.09.2015 às 14:59

Caro Rui

Oxalá o seu post seja lido de forma inteligente por quem decide no futebol do Sporting pois ainda há tempo para rectificar o percurso. No futebol, por vezes, tudo se precipita e torna-se irreversível, mas, neste momento, ainda há margem de manobra.

O jogo com o Boavista provocou-me algumas perplexidades e dúvidas e, ainda mais, pela intervenção de Jorge Jesus na conferência de imprensa quando afirmou que esperava que um rasgo de criatividade individual permitisse a vitória.
Não me detenho na falta de oportunidade de valorizar o desempenho individual num jogo eminentemente colectivo, mas manifesto a minha perplexidade pelo facto do treinador retirar do campo os jogadores mais criativos (Montero, João Mário e Ruiz) e ficar à espera que a solução venha daí.

Percebe-se a entrada de William, até pela expectativa que se gerou durante a semana. Mas, questiono se a saída mais adequada foi a de J. Mário em detrimento do esgotado Adrien ou de um dos centrais pois o jogo estava empatado e o Boavista tinha fracos argumentos para passar do meio campo.
Pessoalmente penso que era jogo para o André Martins.

Coloco duas questões de ordem táctica e do sistema de jogo:
- Ruiz na selecção da Costa Rica joga na zona do 2º avançado. Provavelmente já foi ensaiado nos treinos do Sporting, mas nunca como aposta firme nos jogos do Sporting.
- Gosto do 4-4-2 pela versatilidade que permite. Mas, observando o jogo de ontem questionei-me se temos jogadores adequados a esse modelo ou se o 4-3-3 não será o mais indicado.

Ontem J. Jesus referiu-se publicamente a que Mané pouco acrescentou ao jogo de Ruiz. É a segunda vez que comenta uma substituição de Ruiz, há pouco tempo referiu-se nos mesmos termos a J. Mário. Nestas alturas o pior de Jesus vem ao de cima!
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De Profeta a 27.09.2015 às 16:41

"- Gosto do 4-4-2 pela versatilidade que permite. Mas, observando o jogo de ontem questionei-me se temos jogadores adequados a esse modelo ou se o 4-3-3 não será o mais indicado."

Esta equipa tem rotinas de 4-3-3, e se o Jesus não for vaidoso, sempre que necessário pode recorrer a esse sistema.

Dando agora uma de treinador de bancada, o Jesus poderia apostar na dupla Gutierrez\Montero no 4-4-2, e Slimani seria a arma secreta. Na época passada, o Jesus tinha no SLB Lima e Jonas, que não são propriamente uns armários como Slimani, mas têm mais habilidade a jogar, sendo jogadores mais móveis...

Num 4-3-3, Slimani seria o avançado de serviço.
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De Leão Zargo a 27.09.2015 às 17:57

Profeta
Dando também uma de treinador de bancada ao Slimani juntaria o Montero ou o Ruiz. O Teo está longe do que é exigível.
Em 4-3-3 o Slimani é o titular, sem dúvida. Mas, Montero já fez o lugar com elevada eficácia. O ideal seria um Liedson, mas como se sabe isso não existe ou não está ao nosso alcance.
Tenho alguma dificuldade em perceber o que se passa com Montero, pois é um jogador com muita qualidade nos movimentos de apoio e inteligência a dar seguimento às jogadas. Como possui recursos técnicos invulgares é capaz de ligar o jogo ofensivo da equipa. No entanto…
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De juliuscoelho a 28.09.2015 às 03:02

Sabe o que eu faría?
Slimani posiçao fixa a 9 e nao sairia nunca dali quando a equipa ataca.
Cada vez que baixa a buscar jogo é um problema maior para a equipa , tem problemas no passe e recepçao e perde muitas bolas com alguma facilidade , depois saindo de la nao esta onde devia estar.
Conclusão Slimani fica aí e deixa-te estar aí no meio dos centrais depois organizava a equipa para com critério fazer chegar lá a bola, com cruzamento melhor medidos ou a rasgar pelo centro.
Ontem pelo menos tinhamos ganho dessa forma.
Punto final.
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De Leão Zargo a 28.09.2015 às 15:24

De acordo, juliuscoelho. Slimani é essencial dentro da área ou nas proximidades quando é necessário esticar o jogo. No processo ofensivo de recepção/passe há quem faça com muito maior eficácia.

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