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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Desde a eleição de Bruno de Carvalho, o Sporting transformou-se num Clube onde a função presidencial está invulgarmente personalizada. Sucedem-se, com uma frequência insólita, as entrevistas do presidente na recente pose de estadista, o recurso sistemático ao jornal e à televisão do Clube, as dissertações sobre os sonhos de juventude e as ilusões de adulto, as promessas de um futuro leonino resgatado... Até se exibe a marcar pontapés de canto e penalties! O que é afirmado por Bruno de Carvalho torna-se em verdade repetida até à exaustão.
A gestão da comunicação da realidade leonina é agora assumida por Nuno Saraiva e, já se percebeu, que polémicas e réplicas são com ele. Compreende-se o propósito de resguardar o presidente do bate boca dia-sim-dia-sim. O problema é que o recente director não possui percurso ou currículo no Clube que lhe permitam ter uma voz própria e autónoma. Por isso, o que se vê em cada novo comunicado é a mão do presidente atrás do arbusto. Agora, entrou em diatribe diária com quem conhece melhor do que ele a pessoa que preside ao Sporting.
Existe um outro problema, talvez ainda mais grave. Aquilo que Nuno Saraiva escreve motiva apenas uma parcela do universo leonino por de facto não ser selectivo, nem verdadeiramente contundente. Ao alimentar querelas constantes desvia o foco daquilo que é verdadeiramente importante. Ao abrir sempre novas batalhas não chega a ter tempo e energia para se concentrar e valorizar os próprios pontos fortes. O comportamento pavloviano deu um mau resultado na época anterior. E muitos sportinguistas receiam estar a assistir à sua reedição.
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