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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Augusto Baganha confirmou ter anotado no seu bloco de notas, em 2017, as palavras que foram atribuídas ao ministro da Educação. Nessa reunião, onde também estava presente João Paulo Rebelo, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Tiago Brandão Rodrigues terá dito que "o Benfica está acima da lei" e que "não podemos tratar todos os clubes de igual modo".
"Confirmo... Eu tomei nota delas. E como disse há pouco, há testemunhas, mas não as quero aqui revelar", disse o antigo presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ).
Ainda no que diz respeito a alegadas pressões no sentido de que não fosse cumprida a lei, no âmbito dos processos das claques encarnadas, o antigo líder do IPDJ adiantou que o Governo "fez algumas insinuações que não são as melhores. Se sugeriram fechar os olhos? Não falaram dessa forma concreta. Os institutos tutelados pelo Governo devem ter esse princípio de cumprimento da lei. É actuar de forma isenta e forma imparcial", considerou Baganha, acrescentando que a partir de certa altura o IPDJ "viu-se cerceado de dar continuidade àquilo que eram as suas competências".
Baganha considerou ainda "estranho" que o secretário de Estado do Desporto se tenha alegadamente reunido com o advogado do Benfica no âmbito destes processos.
"Ele tem de receber, neste caso concreto, o presidente do Benfica. Se depois o presidente se quiser fazer acompanhar pelo advogado, tudo bem... As coisas têm de ser tratadas devidamente. Apareceu o advogado do Benfica a falar com ele e, segundo me disseram, o advogado também é militante do PS. O secretário de Estado do Desporto devia ter uma conversa institucional com o presidente do Benfica. Não o quis fazer e tratou este caso de forma pouco correcta", referiu.
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