Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Há jogadores que são solistas, há jogadores que são maestros, e ainda há outros que são carregadores de piano. Poder-se-ia julgar que Battaglia pertence a esta terceira categoria, mas não é verdade. O que Battaglia faz não é exactamente carregar o piano, o que ele faz é escavacar o piano ao pontapé perante o olhar incrédulo do afinador, depois reunir os cacos do instrumento nos seus braços peludos, correr semi-nu na direcção do palco, e explicar a toda a plateia que não há piano nenhum, que a gente não precisa de piano, que o piano é só uma de entre muitas maneiras de fazer barulho e que se é barulho que a gente quer ele vai dar-nos o barulho que a gente quer, aos gritos.
Rogério Casanova, jornal Expresso
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.