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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A prestação da equipa do Sporting CP, na primeira Liga, está a surpreender os optimistas, os cépticos, e os derrotistas. Um plantel onde predominam jovens, alguns até de grande potencial, a dar os primeiros passos numa prova de dificuldade máxima, não estaria nas melhores previsões. É certo que os adversários enfrentados, até agora, não são dos mais conceituados, com excepção do campeão nacional, mas com o qual fizemos um bom jogo, que até poderia ter sido ganho.
Esta equipa, pautada pela juventude, e na qual ainda há muita margem para progressão, pode sonhar e voar alto. O céu, na sua ambição, tem de ser o limite. Uma ambição assente em trabalho, assente em confiança, assente em irreverência, assente na união, e assente na crença da vitória. Mas o voo para atingir o limite, tem de ser seguro, e prudente para não queimar as asas, como aconteceu no mito de ícaro.
O sonho comanda a vida, e é a sonhar que esta equipa poderá chegar ao topo, não é mero delírio. O que lhe falta em experiência, sobra-lhe em qualidade, e sobretudo em querer e crer. Tem debilidades no sector defensivo, mas que podem e devem ser melhoradas. O optimismo é legítimo, mas cuidado com o maior inimigo do sucesso, a euforia.
À partida, temos adversários directos com plantéis, pelo menos, teoricamente, mais fortes e muito mais experientes. Temos um candidato que se considera estratosférico, mas que já mostrou debilidades. O campeonato é uma maratona, e não uma corrida rápida. O facto de no arranque irmos na frente, significa apenas isso. É positivo, é agradável, mas só se ganha no fim. A prova é longa, e há imprevistos, dentro e fora das quatro linhas.
Como muito bem já disse o timoneiro Rúben Amorim, a meta do Sporting é jogo a jogo. É, na minha perspectiva, a estratégia correcta... No fim fazem-se as contas. Estes primeiros jogos indiciam, no mínimo, que a catástrofe anunciada pelos “falsos” sportinguistas, não se deve concretizar, pelo menos num futuro próximo. Também indiciam que, da mesma forma, temos um treinador competente, que, até ver, está a calar os que criticaram o valor pago pela sua contratação. E como tudo na vida é relativo, até pode acontecer, que ainda fique barato.
Por fim, a esperança que esta equipa traz ao universo sportinguista, deu à sua Direcção e ao presidente, uma nova vida. E uma coisa é justa: se na época anterior cometeu erros desportivos, nesta época, o que está a acontecer, deve-se a ter tomado boas medidas, e isso deve ser elogiado. Ao mesmo tempo, a não existência de espectadores nos estádios está a favorecer em muito o crescimento destes jovens. Sim, porque com a presença daqueles que apareciam só para fazer “chicana política” não se vai a lado nenhum. Neste momento, é preciso acreditar e apoiar a equipa, com a certeza que não é invencível. Se não se afirmar, plenamente, no presente, será, sem dúvida, uma equipa de futuro.
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