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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não sei bem se "dilema" é o termo adequado à situação, mas no contexto deste escrito serve o efeito. Marcos Rojo chegou esta tarde a Lisboa depois das férias pós-Mundial e prestou algumas declarações à comunicação social:
«Tenho contrato, quero ficar. Claro que todos os jogadores ambicionam sempre mais. Se houver uma boa proposta para mim e para o clube logo veremos o que pode acontecer. Tenho acompanhado a pré-época do Sporting e estou desejoso de começar a trabalhar.»
Não duvido, minimamente, da sinceridade das suas palavras, mas não deixa de ser um discurso "politicamente correcto", nas circunstâncias, e outra coisa não seria de esperar de um bom profissional, que ele tem provado ser desde que chegou ao Sporting.
A realidade é que Rojo tem contrato até Junho de 2017, uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, um salário que será acima do actual tecto estipulado pela SAD e apenas 25% dos seus direitos económicos são da pertença do Sporting.
Consta haver muito interesse no mercado, muito embora nada seja significativo até aparecerem propostas concretas. Desconhecemos quanto o Sporting exigirá para abrir as mãos de Rojo, mas os rumores cá do burgo apontam para 20 milhões de euros. Salvo haver muita concorrência, em simultâneo, creio que 15 ou 16 milhões é uma verba mais realista.
O referido dilema assenta-se precisamente na decisão que poderá confrontar o Sporting: uma transferência poderá render entre sensivelmente 3,5 a 5 milhões de euros, o que não é fortuna alguma no mercado actual, mas poderá ser visto como um encaixe substancial para um clube que lida com dificuldades financeiras. Isto, e a inevitável redução da folha salarial.
Por outro lado, em um contexto meramente desportivo, a sua permanência seria benéfica tendo em conta os objectivos do Sporting para esta época. Contudo, como não se vislumbra que Maurício venha a ocupar lugar no banco - pelo menos não antecipo esse cenário - ou a colocação de Rojo no lado esquerdo da defesa - para mim, a solução ideal - alguém será "encostado" e o candidato aparente será, novamente, Eric Dier.
Não sugiro soluções, apenas e tão só porque não sinto na "pele" o encargo financeiro da SAD, mas como mero adepto, preferia que o atleta ficasse e a jogar a lateral esquerdo. Num Mundo ideal - pela minha óptica - essa seria a solução mais desejável neste momento, mas muito indica que o destino terá outros planos. Além do mais, é de prever que a SAD sinta a necessidade de vender um ou mais activos, para de algum modo compensar o investimento que tem sido feito nos novos reforços, que, pelas minhas contas por alto, deverá estar a rondar os 10 milhões de euros.
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