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Hesitei em publicar este post, porque já é um enorme suplício comentar as idiossincrasias de Bruno de Carvalho sempre que o seu ego boicota o cérebro, algo que, lamentavelmente, ocorre com alarmante frequência.

 

Que ele não sabe liderar, já é há muito o segredo mais bem conhecido, mas era de esperar que após cinco anos na cadeira da presidência já tivesse aprendido alguma coisa no que diz respeito às comunicações relacionadas com equipas e atletas. Não vale a pena dar uma explicação pormenorizada, salvo sublinhar quão importante é não vir a público com considerações, particularmente críticas, que são exclusivamente do foro interno.

 

Pouco depois do apito final em Madrid, Bruno de Carvalho surgiu com mais um post de Facebook que serve apenas para contrariar e desrespeitar este princípio inviolável. Não satisfeito com a sua escrita, ainda teve o desplante, para não dizer estupidez, de telefonar para a CMTV, onde entrou em directo no programa Liga d'Ouro, argumentando que não arrasou os jogadores e que se limitou apenas a constatar o óbvio.

 

Haverá, decerto, quem possa pensar que este seu "desabafo" é somente uma incidental consequência da sua mágoa face à exibição da equipa e ao resultado do jogo. Desengane-se!... No seu raciocínio, a soma destas acções (bem ponderadas), justificam-se em pleno, apenas e tão só porque ele entende que no momento de um desaire para o Sporting, o mais importante é salvaguardar a sua imagem perante os adeptos.

 

Enfim... já escrevi mais do que era a minha intenção. Eis o seu texto de Facebook:

  

"LIGA EUROPA: QUE FUTURO? TEMOS DE ENCHER ALVALADE!!!!

 

O que queria ter visto:

 

Uma equipa concentrada, com atitude e compromisso, defensivamente irrepreensível e com faro de golo. De 11 superarem-se e tornarem-se 22.

 

O que vi:

 

Uma equipa com atitude mas com uma defesa que não esteve concentrada. Coates e Mathieu a fazerem o que os avançados do Atlético não conseguiam. E o 2-0 a surgir sem nada terem feito para isso, a não ser (e não é pouco) marcarem.

 

Gelson aos 32m isolado frente a Oblak, em vez de "fuzilar" para a esquerda, tenta colocar em jeito, mas sem força, para o lado direito perdendo um golo que já quase se gritava.

 

De 11, em vez de 22 como queria, fomos 9, muitas vezes, e isso paga-se caro...

 

Fábio e Bas Dost "não quiseram jogar" em Alvalade, com faltas para amarelo que nunca poderiam ter feito.

 

Diego Costa a ser "intocável", sendo que "pediu" amarelo várias vezes mas não conseguiu, apesar de o merecer pelo esforço constante.

 

Um livre não assinalado encostado à grande àrea por falta devido a corte com a mão do jogador do Atlético aos 83m. As mãos e a cara continuam a confundir os russos.

 

Uma falta aos 87m pelas costas que devia ter dado cartão amarelo ao jogador do Atlético, sendo que isso evidenciou critérios disciplinares diferentes.

 

Coates fica isolado e, sem foco e não estando concentrado, em vez de rematar faz um passe para Oblak.

 

E, para terminar, Montero aos 92m desperdiçou um golo feito com um remate para o céu quando só se pedia um simples encosto.

 

O Atlético não dominou mas venceu por 2-0.

 

O Sporting CP demonstrou que tem equipa para fazer mais, mas não o fez.

 

Agora, em vez de podermos resolver mais fácil em Alvalade, resta-nos sonhar com a reviravolta. É possível? É! Era necessário este resultado de hoje? Não!

 

Viver um jogo de longe custa muito mais, mas ver erros grosseiros de jogadores internacionais e experientes ainda acrescenta mais ao sofrimento.

 

Obrigado aos cerca de 4.000 Sportinguistas que se deslocaram a Madrid! Vocês são únicos!".

 

E, já agora, aproveito o ensejo para passar uma outra mensagem sua desta quinta-feira, em entrevista à EFE, que, decerto, visa tranquilizar-nos relativamente à próxima época, no que diz respeito à continuidade de Jorge Jesus:

 

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"O Sporting está feliz com Jorge Jesus - até o comparo com Diego Simeone, são dois dos melhores que há -, e vai ser o treinador na próxima época, dando assim continuidade a um projecto que é mais do que um jogo ou um resultado, é uma filosofia e um caminho por percorrer. É claro que queremos ganhar tudo e ser campeões, e um falhanço não abala o que foi edificado".

 

Nem vale a pena comentar. Estamos devidamente esclarecidos!

 

publicado às 04:24

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104 comentários

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De AS a 06.04.2018 às 11:56

Argumento curto e falacioso. Os ordenados dos jogadores não são uma regalia. O ordenado é um direito e o seu montante não foi imposto, resulta de acordo entre o profissional e a instituição, com o acordo do presidente. Logo, não me parece equilibrado que o usufruto de um direto implique a exposição ao escárnio público. Imagine vossa excelência que, por ser trabalhador por conta de outrem e ter o ordenado em dia, automaticamente estaria sujeito à opinião birrenta e pública do responsável da sua entidade empregadora.
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De Indiana Julio a 06.04.2018 às 12:09

Tudo o que escreve é correcto quando se tratam de ordenados "normais" na nossa sociedade, mas alguns jogadores de futebol por esse mundo fora ganham muito acima do normal diria exageradamente e são esses valores que os definem diferentes nessa sociedade a a troco de exigências tambem acima do normal , é uma opção que aceitaram e convivem .
Nessas exigências sabem que quando falham grosseiramente ficam sujeitos á critica publica e se tiverem cabeça aguentam-se, se nao tiverem ficam á beira do abismo e tudo se perde e o que perdem principalmente ? Precisamente esses chorudos ordenados.
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De R. Ribeiro a 06.04.2018 às 13:13

Não concordo com o que diz. Quando envolve a sociedade no tipo de ordenados que estes sujeitos auferem, só consigo dizer que é o correcto. Convenhamos que, se a sociedade se revoltasse contra este tipo de ordenados referente ao bem público que estes praticam, com toda a certeza que tais ordenados não seriam pagos. Se o são, é porque a sociedade o tolera, tal como um actor que aufere Milhões para fazer de conta à frente das câmaras, ou um lutador para vencer um combate, ou um cantor para apresentar um concerto . A verdade é que a sociedade tolera este tipo de ordenados pelo entretenimento de massas, como tal, é normal que um jogador de futebol que move dezenas de milhares em massa para dentro de um recinto aufira um ordenado correspondente à sua capacidade geradora de lucros ao clube que o contrata.

Segundo ponto, tal como já foi exposto pelo caro AS, o vencimento NÃO É UMA REGALIA. Tal que não é uma regalia, como o é, sim, um DIREITO DO TRABALHADOR, tal como o que eu ou qualquer um de nós aufere pelo trabalho que praticamos. No entanto, estes recebem perante uma obrigação de meios, não de fins. Eles têm que aplicar o seu melhor para atingir certos objectivos, não lhes é exigido esse objectivo como dependência do vencimento. Tal como um médico que aufere o seu ordenado na obrigação de aplicar os meios disponíveis e apropriados para a cura do paciente, mas não com a obrigação de prestar essa mesma cura. Logo, "desde que apliquem o seu máximo com o objectivo de atingir a vitória", sendo este critério extremamente subjectivo, eles está a actuar em benefício do clube, não podendo ser responsabilizado por isso. É esse o seu contrato e pelo qual ambas as partes o celebraram. Poderá é dizer que os benefícios à parte são regalias. De acordo e, como tal, são sempre dependentes de objectivos, como maior nº de cortes, de golos, de assistências, de jogos cumpridos, etc. No entanto, o vencimento base nunca deve ser tido como uma regalia, independentemente dos valores praticados.

Depois, fala dos ordenados serem pagos a tempo e horas como condição desculpante à atitude de BdC. Não acho que está correcto nessa afirmação. Se o caro falar mal do seu patrão, deve ficar o seu patrão com desculpa para o denegrir em praça pública e desresponsabilizado em pagar a tempo e horas, mesmo que o caro tenha cumprido com o seu trabalho como lhe é devido??? O facto do Sporting, e não BdC, pagar a tempo e horas é uma obrigação de qualquer patrão. Não é uma regalia dos jogadores ou dependente dos resultados que obtenham. E tal não isenta ao bom comportamento dos dirigentes no que a comunicações públicas concerne. Acho graça que fale dos ordenados e depois, para justificar, fala dos ordenados praticados aos outros jogadores na Europa, porque já sabe que em Portugal não é onde que melhor ganham. Até sabemos que houve uma altura que os contratos estavam a ser renegociados em baixa pelo próprio BdC, por isso, essa questão cai por terra.

Em suma, os ordenados são um direito do trabalhador, independente de condicionalismos de objectivos, exceptuando os valores por objectivos.
O pagamento desses ordenados a tempo e horas não é, igualmente, uma regalia, mas sim uma obrigação da entidade que os emprega, independente de resultados.
A pontualidade no pagamento de vencimentos não dá o direito à entidade patronal a denegrir publicamente os seus empregados ou a condicionar os seus vencimentos.

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De Indiana Julio a 06.04.2018 às 13:32

Meu caro todo o mundo sabe que o vencimento pago a tempo e horas é um direito de um trabalhador, mas o caro parece nao andar neste mundo , falamos de futebol e quantos clubes pagam a tempo e horas salarios chorudos por esse mundo fora? Ou quer omitir a realidade?

A história do jogador que recebe metade do seu colega que saiu para outro clube para ganhar o dobro a diferença é que o que recebe metade continua a recebê-lo a tempo e horas e o outro que foi ganhar o dobro nunca o recebeu ou tem atraso de meses.
O caro escreve quase sempre o politicamente correcto e isso aburre um pouco , deveria ser mais genuíno .
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De R. Ribeiro a 06.04.2018 às 14:44

E o caro acha que, por grande parte dos clubes, tal como diz, não pagarem os vencimentos a tempo e horas, deve fazer refém os jogadores por dirigentes que se usam deste direito para moldar a comportamentos servientes? O caro acaba por dar a sua própria resposta. O politicamente correcto é exactamente o que é para ser implementado, por ser moralmente defensável e de respeito para com o próprio, na sociedade. Os clubes que se desviam deste "politicamente correcto" é que são os que devem ser julgados por comportamentos extremamente censuráveis! Politicamente correcto é o que o cidadão exige dos órgãos e institutos. Eu posso não viver nesta sociedade, como o caro diz, mas o caro vive nela e aceita-a, como também refere. Fica na consciência de cada um.
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De R. Ribeiro a 06.04.2018 às 13:13

Já se percebeu que o caro Julius concorda com o comportamento e atitude de BdC, não sendo a nossa função alterar a sua opinião, mas apenas o debate. Se retirar daqui percepções que lhe possam mudar certas opiniões, tanto melhor. Caso contrário, também não se perde nada. O debate é saudável e ninguém tem a razão suprema sobre as questões. Por mais que tente defender as atitudes de BdC, terá as suas razões para isso, não creio que sejam com esses argumentos, os quais tem usado insistentemente toda a manhã.

PS: num aparte mais pessoal, acho que os ordenados praticados no futebol, tal como as suas transferências, se estão a tornar impossíveis de aceitar, mesmo para o tipo de sociedade que se vive. São pessoas que correm atrás de uma bola, tal como as crianças do bairro o fazem. São profissionais, é verdade, com responsabilidades acrescidas, mas não deixam de ser 22 pessoas atrás de uma bola de trapos. O bem que fazem à sociedade, ao proporcionar um espetáculo de divertimento, à muito que foi deturpado, quando os confrontos violentos e físicos antecipando os jogos e os constantes ataques verbais pessoais pelos agentes ligados a este desporto, cada vez mais retiram a utilidade pública que se via neste desporto. Os ordenados orgásmicos e astronómicos por pessoas com este tipo de funções, a bem da verdade, não salvam vidas, não correm para dentro de edifícios em chamas, não capturam delinquentes e criminosos, começam a roçar o desperdício e a luxúria social. Uma transferência de uma pessoa, que dá uns toques na bola de futebol, por 222M de um clube para outro enquanto diversas nações no mundo estão na mais indescritível pobreza e fome é desumano. Este valor daria para alimentar um país inteiro durante um ano, naqueles descritos. A FIFA terá que pôr termo a isto, até porque, exige-se dos clubes fair-play financeiro, mas um clube com possibilidades financeiras infinitas, pode gastar mais de 1 000 000 000 000.00€ num plantel. Onde existe aqui o fair-play desportivo????? Ainda para mais, em competições internacionais, como a Liga Europa e a Champions. Claramente, caminhamos para uma competição cada vez mais fechada e sem possibilidade de surgirem novos clubes sensação. Isto, a par com os escândalos que são estas transferências por pessoas que correm atrás de uma bola.

PS2: sendo o exposto supra em "PS" uma forma de vida e um código de viver em consciência, não vale a pena entrarem em debate ou tentarem justificar aquilo que considero injustificável.
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De Indiana Julio a 06.04.2018 às 13:37

A maioria tenta nem recordar quanto ganham esses tipos que dão uns chutos numa bola porque quando se recordam a coisa azeda .
Melhor fazer de conta que isso nem existe e viver o vicio do jogo e dos coitadinhos quando perdem , nunca idoletrei ídolos deste futebol moderno , aprecio muito mais os idolos antigos que quase pagavam para jogar e trainavam com botas rotas e recozidas á mão
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De Rui Gomes a 06.04.2018 às 14:28

Caríssimo Julius,

Tenho evitado intervir, mesmo depois de ler alguns dos seus comentários que carecem de sensatez e fogem à realidade do desporto, em geral, e do futebol, em particular.

Já lidei com um bom número de situações deste género e sei bem identificar os respectivos quês e porquês.

Só uma única vez me descontrolei, e nem sequer foi relativamente a qualquer exibição da minha equipa, mas sim outros comportamentos, a exemplo do capitão ter saltado da varanda do seu quarto para outra ao lado, num sétimo andar de um hotel. Não vou elaborar sobre as razões para esta sua acção.

De qualquer modo, fiquei de tal modo furioso que mandei reunir a equipa no lobby do hotel e mesmo ali dei aos jogadores uma monumental "chicotada". Mereceram, indiscutivelmente, mas mais tarde arrependi-me de não ter sido mais discreto, como compete.

Com todo o respeito, como sempre, depois de ler os seus comentários, não diga a ninguém que andou no futebol organizado/profissional porque ninguém vai acreditar.

Pelos vistos, recusa reconhecer que o está aqui em questão não é os jogadores merecerem repreensão, mas sim o acto público e de certo modo até ultrapassando a autoridade do treinador.

Pode negar o que desejar, mas sensatez não é uma característica de Bruno de Carvalho, hoje e sempre. Poderemos até reagir bem no próximo jogo, mas se isso acontecer não será pela postura do presidente mas sim apesar dela.

Queira acreditar !!!
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De Indiana Julio a 06.04.2018 às 14:46

Neste caso e volto a referir como excepção concordo que os jogadores mereceram este puxão de orelhas publico pelo seu presidente , á limites e ontem houve jogadores que o passaram .

Mereciam mais que o habitual raspanete duro no balneário , eu tolero falhas tecnicas mas tenho dificuldade em aceitar total falhas de concentração consecutivas , uns a andar a correr a esforçarem-se enquanto outros pareciam que estavam a brincar com aquilo.

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