Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Como estava programado e anunciado o presidente Frederico Varandas, acompanhado por outros membros da Conselho Directivo, fez o balanço dos primeiros seis meses da sua presidência.
Abordou temas como a Auditoria Forense, (ainda não concluída) e o mais importante, a situação financeira, a estratégia para o futebol e a marca Sporting. Fez um relato longo, impossível de descrever na íntegra no espaço de um post. Assim sendo optei por fazer um breve resumo da conferência, para dar espaço a alguma análise interpretativa.
Em relação à Auditoria referiu-se ao contrato efectuado pelo Conselho Directivo anterior com MGRA, uma sociedade de advogados, onde à data trabalhava Alexandre Godinho, vogal da Direcção e que a partir de 2018 passou a contar, como associado, com o sogro de Bruno de Carvalho, por 1,7 milhões para tratar de "assuntos da presidência".
De acordo com os resultados apurados, o Sporting gastou mais 50% nesta conta, em três anos, do que em todas as outras em dezasseis. O departamento jurídico do Sporting não obteve evidência sobre o trabalho que foi facturado pela MGRA.
Falou de um empresa de nome Chow Lda (China), à qual o Sporting pagou 60 mil euros de brindes e ofertas promocionais e 20 mil euros por serviços de “Divulgação da marca Sporting na comunidade Chinesa”. O departamento de merchandising não conhece a empresa. A empresa fechou actividade após o pagamento.
E ainda do chamado Batuque Futebol Clube, de Cabo Verde, com o qual foi celebrado um contrato conferindo o direito de preferência do Sporting Clube de Potugal sobre sete jogadores pré-identificados. Não existe qualquer relatório, do Clube ou de terceiros, sobre jogadores daquele Clube; Em Janeiro de 2018 foi solicitado pela Administração da SAD ao departamento jurídico uma minuta de acordo de resolução daquele contrato. Não obstante esse pedido, o valor de 330 mil euros foi liquidado em Maio de 2018 e nunca foi restituído.
Sobre as claques, depois de referir os privilégios que possuíam, afirmou que não concorda com o seu comportamento desestabilizador e com atitudes que revelam mais interesse por negócios do que por amor ao Clube. Acentuou a sua firmeza em não se deixar ficar refém seja de quem for.
No diagnóstico do futebol profissional, fez o balanço conhecido dos últimos cinco anos, e dos acontecimentos que tiveram na situação actual do Sporting, que ficou com um plantel desequilibrado. E acentuou os esforços que estão a ser feitos para o reequilibrar.
Quanto ao futebol da formação considerou que houve desinvestimento na Academia quer em termos humanos, quer em termos materiais, com instalações degradadas, campos sem manutenção o que se reflectiu na formação de excelência conseguida. Reverter a situação é uma tarefa premente para o futuro do Sporting, dos seus adeptos, dos seus associados, que em número de pagantes sem as quotas em dia, são um assunto preocupante.
Em conclusão garantiu que o Sporting tem um rumo, estão a ser implementadas reformas em várias áreas, sem alarido, sem trombetas, com trabalho discrição e eficiência. Acentuou a importância da estabilidade para o sucesso, a necessidade de ter os pés na terra, não cair no deslumbramento fácil, e trabalhar para que as vitórias surjam de forma consistente.
Para além das leituras que se possa fazer destas declarações quero dar relevo negativo ao oportunismo do destituído, que marcou a apresentação do seu livro para a mesma hora, criando assim as condições para fazer, de imediato, o contraditório na mesma linha a que nos habituou, mentindo ou ignorando os aspectos fundamentais. Deixa-me perplexo como uma Editora prestigiada como a Bertrand se deixou enredar nesta repugnante campanha que o destituído mantém contra o Sporting.
Outro facto que não pode deixar de ser passível de reflexão, prende-se com a reacção dos 'brunistas', nomeadamente nas redes sociais. Caso de estudo é ver a página de Facebook do Sporting, inundada com comentários de seguidores do destituído, atacando a actual Direcção. Como o seu guru passaram ao lado das graves ou pelo menos intrigantes indícios que são apontados na Auditoria. E se não estamos perante uma acção concertada, parece.
Entendo o destituído porque não tem vida fora do Sporting. É como um fantasma que não quer admitir que morreu e continua a tentar assombrar, mesmo que isso implique o fim do Clube, que felizmente não é o caso.
Compreendo os fanáticos com palas nos olhos que não concebem o Sporting sem Bruno. O que me custa muito a compreender é a guerra que se vê entre adeptos, críticos até do não criticável, que consciente ou inconscientemente, exigem a esta Direcção, em seis meses, o que não exigiram à anterior em cinco anos, e que estava a destruir o Sporting.
Esta equipa precisa de tempo, de estabilidade e do apoio de todos os sportinguistas. Sem isso não há recuperação financeira e desportiva. Sem isso não se criam as condições reais para lançar o Clube no caminho do sucesso.
Nota: No site oficial do Sporting, está exposto em detalhe tudo aquilo que foi referido na conferência de imprensa, ponto por ponto:
- Sociedade advogados MGRA
- Chow Lda (China)
- Batuque Futebol Clube (Cabo Verde)
- Claques
- Sócios
- Compras de jogadores
- Diagnóstico e Estratégia Financeira
- Diagnóstico e Estratégia para Futebol Profissional
- Diagnóstico e Estratégia para Futebol de Formação
- Diagnóstico organizacional – o futuro do Sporting
- Infra-estrutura para além da Academia
- As pessoas
- A gestão
- Visão Marca Sporting
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.