Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A situação do jogador Rúben Vinagre tem sido notícia nos últimos dias na comunicação social. A questão que se evidencia é porque razão o SCP vai emprestar um jogador, pelo qual pagou dez milhões de euros, recentemente, por metade do passe. Porque o Sporting não se pronunciou sobre este assunto, surgem as mais variadas especulações. Sem ter qualquer explicação para além do que circula nas opiniões de todos os matizes, talvez se possa fazer um pouco de história, para tentar enquadrar o que se passa.
Vinagre veio para o Sporting por empréstimo, com cláusulas de compra que se podiam tornar obrigatórias. Veio, seguramente, com o aval da Direcção e da equipa técnica. Não sei de quem partiu a sugestão, mas sei que não viria sem a concordância do treinador. Também me parece consensual que o objectivo fulcral da sua contratação seria ocupar o lugar deixado por Nuno Mendes. A sua utilização nessa posição no início da época parece comprová-lo.
Enquanto simples curioso, não vou manifestar opinião sobre as valências do jogador. O que o seu percurso mostra no Sporting, depois de algumas exibições prometedoras, é que se eclipsou na sequência do jogo com o Ajax. Acusado por observadores de ser a “besta negra” desse encontro, ainda voltou a ser utilizado, mas sempre com prestações muito pouco convincentes. Em abono da verdade, e mau grado erros próprios, ele não foi o único que nesse jogo colapsou, foi praticamente toda a equipa, mas acabou por ser o principal bode expiatório.
Não sei se o eclipse que se seguiu na sua utilização se deveu a falta de qualidade, ou a uma quebra psicológica. O que aconteceu foi que Matheus Reis se impôs pelas suas exibições e por outro lado, Nuno Santos mostrou competência no lugar. Seja como for, o que está a causar estranheza é a sua compra, seguida de empréstimo.
Entrando na área de pura especulação, penso que não estaria nas intenções do Sporting adquirir o atleta pelas verbas da cláusula contratual, a não ser que o jogador tivesse uma evolução que o valorizasse para próximo desses valores. Então porque aceitou o SCP essa cláusula? Pela informação que circula, estaria nessa cláusula a obrigatoriedade de compra desde que atingisse os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o que se concretizou. Talvez ninguém, na estrutura, esperasse que a equipa estivesse já preparada para cumprir esse objectivo. Nessas circunstâncias, o Clube foi confrontado com uma inevitabilidade, a que não pôde fugir.
A estar certa esta minha apreciação, coloco as seguintes questões: terá sido feita uma má avaliação na aceitação das cláusulas do empréstimo? Perante as evidências, e havendo soluções para aquele lugar, terá a estrutura técnica decidido pôr o jogador a jogar noutro clube, com a intenção de o valorizar e poder recuperar o valor investido?
À margem
Sem prejuízo do que aqui debatemos e da sua importância, é preciso não esquecer que há vida para além do desporto. A falta de leitura é um défice da nossa sociedade. Por isso aqui deixo uma modesta sugestão: INQUIETAÇÕES, vendido pela Poesiafaclube, ou através do email: jmateus7@gmail.com.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.