Camarote Leonino
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O "excedentário" de longo prazo
Rui Gomes, em 20.01.14
Muito embora ainda não tenha surgido confirmação oficial por parte do Sporting, tudo indica que Diogo Salomão vai ser emprestado ao Deportivo da Corunha até ao final da época. Sem essa comunicação, também se desconhece os termos da cedência, inclusive de uma possível cláusula de opção de compra. As últimas informações indicam que ele já se encontra em Espanha para fazer os obrigatórios testes médicos.
Dizer que este caso de Diogo Salomão é estranho, é dizer pouco, porque ainda está por compreender o que levou a Sporting SAD a renovar o contrato de um jogador até 2019 que até à data provou pouco ou nada que justificasse essa renovação de longo prazo. Já tem 25 anos, já passou duas épocas, também por empréstimo, nesse mesmo clube espanhol e em 2013/14 participou em 4 jogos da equipa principal - 3 para o campeonato e um para a Taça da Liga, onde acumulou 88 minutos de jogo -, e em 7 jogos da equipa B, com 529 minutos em campo. Ainda não se estreou a marcar. A conclusão óbvia é que não tem lugar nem numa equipa nem na outra.
Considerando alguns dos jogadores que foram cedidos, tanto a título definitivo como por empréstimo, que até fazem falta a este Sporting, a exemplo de Santiago Arias, no primeiro contexto, e Valentin Viola no segundo, manter um "excedentário" até 2019 é, por falta de melhores palavras, um disposição muito perplexa.
E, já agora, o que é que Iván Piris faz que Santiago Arias não fazia tão bem ou melhor e, ainda, com a promessa da sua enorme margem de progressão ?
26 comentários
De Bruno Giménez a 20.01.2014 às 17:22
Uma pequena correcção: Diogo Salomão tem contrato até 2017, com opção de renovação por mais 2 épocas.
Quanto a Santiago Arias, só fazia o flanco direito, Iván Piris faz os dois mas, também aqui, há culpas no cartório para quem lhe geriu a carreira, com empréstimos despropositados ao SC Beira-Mar e para a Turquia num Clube modesto... acaba por ser normal o ressabiamento do jogador, perante isto.
No essencial dos eu post, em completa sintonia...
Quanto a Santiago Arias, só fazia o flanco direito, Iván Piris faz os dois mas, também aqui, há culpas no cartório para quem lhe geriu a carreira, com empréstimos despropositados ao SC Beira-Mar e para a Turquia num Clube modesto... acaba por ser normal o ressabiamento do jogador, perante isto.
No essencial dos eu post, em completa sintonia...
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 17:34
Desconhecia essa da opção, mas tudo bem, vai parar quase ao mesmo.
Creio que se está a referir a Atila Turan e não a Santiago Arias, que não foi emprestado a ninguém. Andou com a equipa principal e com a B até ser vendido ao PSV.
Reconheço a polivalência de Piris e até acho que é um jogador muito honesto, mas não nos dá a profundidade de Cédric nem de Arias.
Creio que se está a referir a Atila Turan e não a Santiago Arias, que não foi emprestado a ninguém. Andou com a equipa principal e com a B até ser vendido ao PSV.
Reconheço a polivalência de Piris e até acho que é um jogador muito honesto, mas não nos dá a profundidade de Cédric nem de Arias.
De Bruno Giménez a 20.01.2014 às 17:54
Correcto, confundi com Atila Turan. De qualquer forma, Santiago Arias também nunca teve reais oportunidades de se mostrar ao mais alto nível no Sporting, e as que teve pelos vistos não foram suficientes para que Domingos Paciência, Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz, Franky Vercauteren e Jesualdo Ferreira apostassem nele consistentemente... o defeito não será só dos treinadores, portanto.
A ambição dele e a tristeza dele, por se sentir relegado para a 2ª Liga, no Sporting B, e aparentemente sem grandes hipóteses de jogar na principal equipa também terá contado. Muito... É público que o jogador quis sair, como Stijn Schaars, independentemente da vontade da Direcção de contar com ele(s) ou não.
Iván Piris é um lateral de índole mais defensiva que os que elencou, mas também é verdade que não é um Cortez ou um Welder. Tem qualidade... Pena a cláusula de opção de compra ser tão alta (3 milhões de euros, salvo erro).
A ambição dele e a tristeza dele, por se sentir relegado para a 2ª Liga, no Sporting B, e aparentemente sem grandes hipóteses de jogar na principal equipa também terá contado. Muito... É público que o jogador quis sair, como Stijn Schaars, independentemente da vontade da Direcção de contar com ele(s) ou não.
Iván Piris é um lateral de índole mais defensiva que os que elencou, mas também é verdade que não é um Cortez ou um Welder. Tem qualidade... Pena a cláusula de opção de compra ser tão alta (3 milhões de euros, salvo erro).
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 19:28
O Sntiago Arias tinha acabado de fazer 19 anos quando chegou ao Sporting em 2011. Era, portanto, um trabalho em desenvolvimento. O que aconteceu nesse mau período com os diversos treinadores não serve de exemplo.
O Schaars saiu, sobretudo, porque sabia que não era desejado pela SAD, uma vez que o objectivo desta era baixar a folha salarial.
O Piris não é mau jogador mas não tem capacidade para fazer o que é hoje em dia exigido a um lateral, por muito que se diga.
O Schaars saiu, sobretudo, porque sabia que não era desejado pela SAD, uma vez que o objectivo desta era baixar a folha salarial.
O Piris não é mau jogador mas não tem capacidade para fazer o que é hoje em dia exigido a um lateral, por muito que se diga.
De Bruno Giménez a 20.01.2014 às 19:40
Portanto, para si a culpa não foi dos treinadores (que não apostaram nele), também não foi da Direcção (que o remeteu para um opção de 2º plano); terá sido pela idade? Cédric fez 22 anos no Verão, tinha os mesmos 19 anos quando chegou Santiago Arias (na altura foi emprestado à Académica) - e também era um trabalho em desenvolvimento - e voltou revigorado. Mas a culpa morre solteira, claro.
Se tanto, Santiago Arias nem deveria ter sido contratado, face às opções para o lugar que tínhamos e temos. E se era para apostar nele, não se teria ido buscar Miguel Lopes, por exemplo...
O Schaars saiu por duas razões - disse-o ,aliás, numa entrevista: i) não queria ficar por achar que o Clube (e a equipa) não teria os níveis competitivos que ele desejaria e ii) a Direcção não pretendia que ele continuasse face à redução orçamental. Imputar a saída dele só à Direcção, como se só deles tenha dependido não me parece objectivo...
O que se exige hoje a um lateral (leia-se, a opinião pública) é muito. Se ataca melhor, é porque defende pior e vice-versa. Quando tem tudo, estamos na presença de um jogador completo, para aquela posição. Desses há poucos e custam muitas notas... O Piris tem mais que capacidade para fazer o que faz: suprir as ausências dos laterais habituais titulares. Por exemplo, o Benfica tem André Almeida e Sílvio, nenhum deles realmente bom, mas úteis, e o Porto nem isso pode dizer...
Se tanto, Santiago Arias nem deveria ter sido contratado, face às opções para o lugar que tínhamos e temos. E se era para apostar nele, não se teria ido buscar Miguel Lopes, por exemplo...
O Schaars saiu por duas razões - disse-o ,aliás, numa entrevista: i) não queria ficar por achar que o Clube (e a equipa) não teria os níveis competitivos que ele desejaria e ii) a Direcção não pretendia que ele continuasse face à redução orçamental. Imputar a saída dele só à Direcção, como se só deles tenha dependido não me parece objectivo...
O que se exige hoje a um lateral (leia-se, a opinião pública) é muito. Se ataca melhor, é porque defende pior e vice-versa. Quando tem tudo, estamos na presença de um jogador completo, para aquela posição. Desses há poucos e custam muitas notas... O Piris tem mais que capacidade para fazer o que faz: suprir as ausências dos laterais habituais titulares. Por exemplo, o Benfica tem André Almeida e Sílvio, nenhum deles realmente bom, mas úteis, e o Porto nem isso pode dizer...
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 20:50
Meu caro, sobretudo, para mim, não se trata de apontar culpabilidades a ninguém, nem defender causa alguma, muito o seu papel em tudo quanto concerne a actual liderança.
Na minha opinião Santiago Arias era um jogador muito promissor que merecia ter tido mais oportunidade para crescer e de ser treinado por um bom treinador, como é o caso de Leonardo Jardim.
Tem opinião diferente, tudo bem, é seu pleno direito. Passamos a vida a tentar justificar boas ou más decisões. Também poderia apontar o Welder que é "bom" porque ganha pouco, decerto...
Na minha opinião Santiago Arias era um jogador muito promissor que merecia ter tido mais oportunidade para crescer e de ser treinado por um bom treinador, como é o caso de Leonardo Jardim.
Tem opinião diferente, tudo bem, é seu pleno direito. Passamos a vida a tentar justificar boas ou más decisões. Também poderia apontar o Welder que é "bom" porque ganha pouco, decerto...
De Bruno Giménez a 20.01.2014 às 21:24
Vai tarde. Leia o que aqui já escrevi e perceberá o que penso do Welder...
Não interessa imputar culpabilidades, pois claro. O que interessa é desculpabilizar... Por acaso gostava de saber quantos mais jogadores sul-americanos de 19 anos vêm iniciar a carreira na Europa logo com um contrato como o que ele tinha, mas isso serão outros quinhentos. O melhor mesmo é, de facto, esquecer...
Não interessa imputar culpabilidades, pois claro. O que interessa é desculpabilizar... Por acaso gostava de saber quantos mais jogadores sul-americanos de 19 anos vêm iniciar a carreira na Europa logo com um contrato como o que ele tinha, mas isso serão outros quinhentos. O melhor mesmo é, de facto, esquecer...
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 22:02
Desculpabilizar o quê ou quem ?... Tem o endereço errado.
E não sou que apareço com o tom de autoridade máxima em tudo quanto concerne futebol e este Sporting.
Quando tiver vagar, será prioridade minha pesquisar o mundo do futebol para saber tudo sobre esses jogadores sul-americanos. Claro, o leitor já sabe isso tudo pela enciclopédia que tem à mão e... nunca erra.
E não sou que apareço com o tom de autoridade máxima em tudo quanto concerne futebol e este Sporting.
Quando tiver vagar, será prioridade minha pesquisar o mundo do futebol para saber tudo sobre esses jogadores sul-americanos. Claro, o leitor já sabe isso tudo pela enciclopédia que tem à mão e... nunca erra.
De Bruno Giménez a 21.01.2014 às 00:04
Vê como também sabe ser prepotente? Acusa outrém, por contradizê-lo, de juízos erróneos, mas depois julga-se também na posse da soberania de opinião, a sua e mais nenhuma.
Se é para isto que tem um blog, e não quer ou não gosta que o contradigam, quiçá terá escolhido mal o hobby. Talvez se seguisse os caminhos de um qualquer padre conseguisse ouvir mais améns...
Encerro aqui a minha insignificante participação no seu blog, já que faz tudo por fazer parecer não gostar. Comprovadamente, a culpa é minha. Sinceras desculpas...
Se é para isto que tem um blog, e não quer ou não gosta que o contradigam, quiçá terá escolhido mal o hobby. Talvez se seguisse os caminhos de um qualquer padre conseguisse ouvir mais améns...
Encerro aqui a minha insignificante participação no seu blog, já que faz tudo por fazer parecer não gostar. Comprovadamente, a culpa é minha. Sinceras desculpas...
De Rui Gomes a 21.01.2014 às 00:19
Meu caro, é livre de decidir o que mais lhe convém. É o seu pleno direito, que eu respeito. Agora, não me venha acusar de prepotência quando é o caro que a exibe em quase todos os comentários que faz neste espaço. Ao mais pequeno pretexto, surge prontamente a apontar o que considera erratas e outras.
Ainda hoje errou quando fez referência a Arias , confundindo-o com Turan , e eu limitei-me a apontar essa discrepância, nada mais. Em resposta, veio logo com longa narrativa na tentativa de justificar a saída do jovem colombiano, quando nem sequer tinha abordado mesma no primeiro comentário.
Quando são factos, cito factos, quando é mera opinião, limito-me a isso, e nunca opino como se a minha opinião fosse a palavra única e máxima.
Dito tudo isto, desejo-lhe muitas felicidades e caso repense a contenda, a "porta" está sempre aberta.
Ainda hoje errou quando fez referência a Arias , confundindo-o com Turan , e eu limitei-me a apontar essa discrepância, nada mais. Em resposta, veio logo com longa narrativa na tentativa de justificar a saída do jovem colombiano, quando nem sequer tinha abordado mesma no primeiro comentário.
Quando são factos, cito factos, quando é mera opinião, limito-me a isso, e nunca opino como se a minha opinião fosse a palavra única e máxima.
Dito tudo isto, desejo-lhe muitas felicidades e caso repense a contenda, a "porta" está sempre aberta.
De Lion73 a 20.01.2014 às 19:47
Tem ideia do vencimento de Arias?
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 20:43
Deve ser enorme, especialmente comparado ao "filho" favorito Diogo Salomão.
De Lion73 a 20.01.2014 às 21:18
Era enorme, para suplente, sim. Tanto quanto 2 erros de casting recentes, Welder e Magrão... juntos.
De Rui Gomes a 20.01.2014 às 23:20
Seria porventura possível adicionar mais alguns "erros de casting recentes" a esses dois que citou.
De Lion73 a 21.01.2014 às 00:16
Não me parece que seja possível. E, seja como for, são erros facilmente resoluveis no fim da época, quando acabam os contratos. Muito diferente de ter pesos mortos a receber durante 5 anos a ganhar milhões.
E erros claramente compensados por aquilo que se acertou. Ninguém acerta em tudo. Tem é que acertar mais do que erra e a dimensão do erro... reduzida e pouco impactante. É o que acontece agora.
E erros claramente compensados por aquilo que se acertou. Ninguém acerta em tudo. Tem é que acertar mais do que erra e a dimensão do erro... reduzida e pouco impactante. É o que acontece agora.
De Rui Gomes a 21.01.2014 às 00:27
Preza-me verificar que reconhece que "ninguém acerta em tudo".
Mas quero crer que também reconhecerá que há muito tipo de erro e que, por vezes", o que é barato sai caro. Pelo menos a vida assim me ensinou, embora cada um tenha a sua própria filosifia das coisas.
Sempre tive um código na minha vida, em negócios e em questões particulares, que é comprar menos, mas de qualidade, mesmo que mais caro. Infelizmente, nem sempre cumpri, já que frequentemente comprei muito do bom e caro, mas a essência do código mantém a sua lógica disposição. Também nunca acreditei que se pode comprar bom e barato, salvo rara excepção.
Mas quero crer que também reconhecerá que há muito tipo de erro e que, por vezes", o que é barato sai caro. Pelo menos a vida assim me ensinou, embora cada um tenha a sua própria filosifia das coisas.
Sempre tive um código na minha vida, em negócios e em questões particulares, que é comprar menos, mas de qualidade, mesmo que mais caro. Infelizmente, nem sempre cumpri, já que frequentemente comprei muito do bom e caro, mas a essência do código mantém a sua lógica disposição. Também nunca acreditei que se pode comprar bom e barato, salvo rara excepção.
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