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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A acreditar nas notícias desta quinta-feira, parece mesmo que José Peseiro, após reunião madrugadora com o presidente Frederico Varandas, foi demitido da liderança técnica da equipa principal do Sporting. Dito isto, a SAD ainda nada confirmou oficialmente, na hora que escrevo este texto.
Sendo verdade, é um desfecho inevitável face às circunstâncias da equipa, especialmente após o desaire de ontem à noite frente ao Estoril. Aliás, a bem dizer, José Peseiro, para uns quantos adeptos, foi efectivamente despedido logo a partir do primeiro minuto que aceitou liderar a equipa, tal o nível de oposição que lhe foi feita, diria até, alguma da qual através de agenda pré-elaborada.
Escrevi aqui repetidamente que não sou fã de José Peseiro e que ele nunca teria sido a minha escolha. Mesmo assim, acho totalmente descabido e injusto a oposição que lhe foi feita de imediato. Para ultrapassar essa insólita barreira ele teria de deslumbrar, e é por de mais óbvio que não o conseguiu. Mas, na realidade, e indiferente dos de(méritos) de Peseiro, nenhum treinador conseguiria sobreviver esta intensidade de pressão.
Gostaria de ter visto a mesma atitude, o mesmo elevado grau de exigência, para com Jorge Jesus, o treinador que ganhou muitos milhões no Sporting, conquistou bola, e tinha a equipa frequentemente a jogar tão mal ou pior do que jogou com José Peseiro, com o agravante que o então presidente despendeu muitos milhões do Sporting para lhe dar reforços quase sem limite, a maioria dos quais que provaram ser autênticos flops.
Não sabemos quantos técnicos Sousa Cintra convidou antes de se virar para José Peseiro. Sabemos sim, que não foi a sua primeira escolha, e também que não havia muito por onde escolher, atendendo às circunstâncias da equipa principal do Sporting.
Agora, rumores vários na praça, a começar por Paulo Sousa que, por mera coincidência ou não, esteve ontem em Londres a assistir ao jogo do Arsenal. Outro nome, inevitável, diga-se, é o de Leonardo Jardim, muito embora, como já referi repetidamente, a sua aceitação ser muito improvável nesta altura.
Triste e lamentável que haja na comunicação social quem ainda aponta ao nome de Jorge Jesus. Não quero acreditar, mas caso viesse a acontecer, seria obrigado a reflectir no meu acompanhamento e apoio ao Sporting.
Leonardo Jardim não obstante, gostaria de ver Michael Laudrup ao leme leonino, mas também duvido que aceite o desafio.
P.S.: Pelos vistos - também ainda não confirmado oficialmente -, Tiago Fernandes, ex-treinador dos juniores e adjunto de José Peseiro, irá assumir o cargo interinamente.
*** Gostaria de acrescentar algo mais. Muito embora hajam escolhas mais racionais do que outras, o problema mais fundamental do Sporting, hoje e sempre, não recai sobre treinadores. Por conseguinte, quase qualquer um serve (dentro de um determinado enquadramento, claro)... ou não serve.
Todos os treinadores de topo são ganhadores até perderem e não há nenhum, e mesmo nenhum, que eventualmente não se demita ou que não seja demitido, pelos resultados. É assim no desporto de alta competição, inclusive no futebol, onde o modus operandi da indústria resultadista impera.
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