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O futebol profissional evoluiu para uma indústria que move muito dinheiro. Daí que a qualidade do futebol esteja relacionada com o poder económico dos países mais ricos. Neste contexto, Portugal, pela sua dimensão física económica, não está de modo algum no primeiro pelotão.

Mas há factores que colocam o futebol nacional, num patamar relevante a nível europeu. Isso deve-se, em grande parte, a uma apetência natural para a prática da modalidade, acompanhada por escolas de formação de excelência. Neste contexto colocamo-nos como país formador que prepara talentos a nível interno, tendo como foco a exportação.

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As finanças dos clubes portugueses, dependem da exportação dos talentos nacionais e de alguns contratados no exterior, quando ainda não atingiram valor proibitivo. Daí que a descoberta de atletas com potencial seja muito importante. O Sporting tem estado a fazê-lo com algum êxito, como demonstram os casos de Gyökeres e Hjulmand, entre outros. Por aí se deve continuar.

Investir na prospecção é fundamental, mas como diz Salgado Zenha, está cada vez mais difícil, porque o valor de jogadores com potencial está cada vez mais difícil, pela inflação dos preços. Entendo que a descoberta desses talentos tem de ser precoce, e a contratação tem de ser feita fora dos picos do mercado.

Sobre os direitos televisivos, tem de haver uma distribuição mais justa, sem esquecer que os três grandes são, pelo seu número, os que garantem mais audiências. Esta tem de ser a base da discussão.

Texto da autoria de Nação Valente

publicado às 02:04

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8 comentários

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De Luis Carvalho a 12.10.2025 às 11:21

O Caro Nação Valente aborda de uma forma esclarecida duas questões muito relevantes. Sobre o primeiro tema, a formação e descoberta precoce de talentos, já anteriormente dei a minha opinião, é essencial um muito bom scouting e maior habilidade negocial.
Quanto aos direitos televisivos, creio que estamos( Liga) um pouco sem saber o que fazer, sendo certo que deveríamos ter uma Liga mais equilibrada, mais competitiva, tal não se pode fazer à custa dos 3 maiores clubes, com o risco de estarmos a nivelar por baixo. O problema principal é a pouca visibilidade da nossa Liga, quem estará disposto a pagar mais por uma competição tão pouco interessante a nível internacional. Há muito que penso que a nossa Liga não suporta 18 clubes, há que reformular o modelo da competição, precisamos de ter jogos interessantes todas as semanas e tal não acontece.
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De Naçao Valente a 12.10.2025 às 12:48

Caro Luís Carvalho

Diz-se que a experiência é a mãe de todas as coisas. As minhas opiniões costumam basear-se na experiência vivida, mas neste negócio dos direitos televisivos tenho dificuldade em opinar.

Trata-se, sem dúvida, de um negócio que rende muitos milhões, com foco na transmissão dos jogos de futebol. Ora como estes decorrem em espaços privados é normal que quem os transmite tenha de pagar. Como são disputados entre duas equipas, a questão é quanto se paga a cada uma. Penso que o critério usado se baseia no principio de privilegiar a equipa que tem mais adeptos, que pagam às televisões para ver.

No entanto, penso que os clubes de menor dimensão contribuem igualmente para o espetáculo. Deste modo, não é fácil uma distribuição justa. Concordo que a diminuição de clubes na primeira Liga seria uma solução, e não apenas na questão em causa.
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De Luis Carvalho a 12.10.2025 às 15:40

Meu Caro Nação Valente, não é só pela questão dos direitos televisivos que defendo uma Liga com menos clubes. Olhando para a nossa população, o envelhecimento dos aqui nascidos, a sua diminuição em número, mais mortes que nascimentos, o acréscimo de população vinda de outros paragens, que têm outras preferências clubistas ou até não vêem futebol, manter este modelo de competição é não querer olhar o futuro. Creio que se alguém quer da FPF ou da Liga um dia vier com uma proposta de completa alteração do futebol profissional, será imediatamente “ corrido”. Somos muito avessos à mudança.
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De Chirola1974 a 12.10.2025 às 13:41

O nosso presidente ganhou as primeiras eleições através dum discurso muito assertivo quanto ao futebol, e uma das coisas que disse é que iria investir numa rede de scouting espalhada pelo mundo. Segundo ele seria um investimento com bem mais retorno do que comprar autocarros anuais de reforços em modo Inácio ou Jorge Jesus.

A verdade é que com Hugo Viana nunca isso foi feito, trabalhou-se "à vista", ex-jovens de Alcochete, ex-jogadores do Amorim, jogadores do nosso campeonato, de empresários amigos, etc. O que em si não é problema, o que interessa no final é o custo/benefício das contratações. E nos ultimos tempos a taxa de sucesso foi bem interessante, Diomande, Gyokeres, Harder, Debast, Maxi, etc.

As contratações precoces foram acontecendo para as equipas B e sub23, ainda este ano chegaram meia dúzia de jovens, mas a verdade é que apenas Matheus Nunes e Catamo provaram, até jovens ex-Real Madrid ficaram pelo caminho.

Quanto a mim, o segredo do sucesso, e vimos isso com Amorim e Hugo Viana no futebol e nas modalidades por exemplo com Ricardo Costa e Carlos Carneiro, é haver uma sintonia perfeita entre treinador, director desportivo e presidente, ir à procura do jogador certo no momento certo da carreira para potenciar o plantel na direcção correcta.


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De Naçao Valente a 12.10.2025 às 15:06

Possivelmente está mais bem informado, sobre o processo das contratações. A ideia que eu tinha era a que tem passado para a opinião pública, isto é, que existe uma equipa de "scouting" atenta ao aparecimento de talentos, quando ainda estão acessíveis, em vários mercados.

Seja como for, a verdade é que durante a actual presidência têm-se contratado jogadores com potencial de desenvolvimento. A sintonia que refere parece existir, mas talvez esteja para além disso.
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De Leão Zargo a 12.10.2025 às 18:43

Amigo Nação Valente

Futebol e finanças são como a pescadinha de rabo na boca quando se sabe que as vendas de jogadores é que equilibram as contas. Os clubes estão obrigados a respeitar as regras de fair-play financeiro para participar nas competições europeias, a bilheteira e rendimentos das transmissões televisivas correspondem a receitas apenas interessantes, restando a participação na Champions. Sendo assim, a formação e o scouting constituem um meio essencial para a saúde financeira para um clube como o Sporting.
No caso do nosso Clube, apesar do caminho de estabilidade financeira que tem sido realizado, ainda se verifica um desequilíbrio pelo facto do capital próprio não ser metade do capital social da SAD. Mais uma razão que aconselha cautela e sentido de responsabilidade.

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