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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Rui Santos escreve muito que faz perfeito sentido na sua última crónica em Record, mas limito-me a transcrever duas partes que considero interessantes:
"Enquanto as equipas portuguesas deixam de jogar, em Fevereiro, nas competições europeias, temos um Cristiano Ronaldo incapaz de se conformar e de se reformar; temos Diogo Jota e Rúben Neves a marcar golos; temos Jorge Jesus a afirmar-se como papa-títulos no Brasil e temos um conjunto alargado de jogadores e treinadores a demonstrar que são capazes de dar respostas…
Continuo a pensar que Portugal é, em proporcionalidade, um grande fenómeno à escala mundial. Até poderia ser um super-fenómeno se, em contraponto, não cultivasse um conjunto de bizarrias internas, que começam na obsessão de controlar tudo e todos e não respeitando ninguém, nem a própria sombra.
O que se passa em Portugal é deveras ultrajante, mas o que mais choca é a impunidade e a consagração da ideia de que os heróis devem ser os controladores do submundo. A quantidade invulgar de fazedores de heróis é perturbante.
E precisamente por isso o futebol português está como está... Agarrado ao ruído e nas mãos dos parasitas e figurantes que alimentam e engordam os (falsos) heróis".
Sobre os treinadores dos clubes que participaram na Europa, diz o seguinte:
"O afastamento das equipas portuguesas das provas europeias é um problema bem mais profundo, mas nesta eliminatória os respectivos treinadores cometeram muitos erros:
Bruno Lage - Disse que, frente ao Shakhtar, se viu um ‘Benfica à Benfica’. Onde? Na Cochinchina? As alterações permanentes e a falta de consistência estão na base de tudo. Errático".
Sérgio Conceição - Não merece a situação que se construiu à sua volta. O Bayer é melhor, mas as opções que fez não resultaram.
Rúben Amorim - Cotação em alta, perfil elogiado sem favores, mas a falta de maturidade também se viu nos dois jogos frente ao Rangers. O que é… natural!
Jorge Silas - Fica difícil explicar como é que a equipa se equilibra nos últimos jogos e depois é o próprio treinador a promover os desequilíbrios. Inaceitável.
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