Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]




O grande equívoco de Slimani

Rui Gomes, em 03.05.22

img_192x192$2015_10_12_15_23_37_1005745_im_6366770Islam Slimani viveu no Sporting a sua época de ouro, a de 2015/16, com três dezenas de golos. Seguiu para o Leicester, jogou emprestado na Turquia e no Mónaco, abandonou o Lyon sem deixar saudades – apenas quatro (!) remates certeiros nas 30 partidas em que participou – e regressou a Lisboa, julgava-se, para relançar a carreira no único clube em que foi feliz desde que partiu da Argélia natal, no Verão de 2013.

Seis anos depois, a imagem que dele ficara em Alvalade resistira à erosão do tempo. O seu estilo generoso e batalhador, uma espécie de Paulinho mas mais eficaz na cara do golo, permanecia na memória dos sportinguistas e a sua volta a casa foi saudada com grande entusiasmo. E Slimani correspondeu com golos: quatro em 15 dias.

Quando o Sporting parecia ter finalmente reforçado o seu ataque – em que a quebra de rendimento de Pote era contrariedade inesperada – eis que Slimani entendeu talvez que a sua popularidade junto dos adeptos e o filme do reencontro com Paulinho, o roupeiro emblemático do leão, bastariam para fazer dele a referência de tempos idos, com lugar garantido na equipa. Não percebeu que o Sporting mudara e esticou a corda. Permitiu que o entusiasmo da chegada se esfumasse e que a vontade de trabalhar no limite – que está na origem da ‘nova vida’ do futebol dos leões – fosse coisa boa para novatos e não para um veterano da guerra, à beira dos 34 anos.

Rúben Amorim, pese a relativa inexperiência (?), sabe há muito que sem pulso forte não há grupo de trabalho que consiga cumprir objectivos. E é para isso que lhe pagam. Daí que tenha sido implacável e feito o que lhe competia, seguramente numa conversa que não foi a primeira sobre o tema: informou Slimani que tem que ir viver do nome para outro lado porque no Sporting a oportunidade perdeu-se e o seu tempo esgotou-se. Com todo o respeito pelo avançado argelino, só se pode aplaudir a decisão do treinador, que diz, aliás, muito sobre a sua capacidade de liderança. E como Portugal, da política às empresas, está carente de pessoas como ele!...

Artigo da autoria de Alexandre Pais, em Record

publicado às 03:04

Comentar

Para comentar, o leitor necessita de se identificar através do seu nome ou de um pseudónimo.


2 comentários

Sem imagem de perfil

De Pacheco a 03.05.2022 às 16:38

"O seu estilo generoso e batalhador, uma espécie de Paulinho mas mais eficaz na cara do golo,"

Só pode estar a brincar, o talento do Slimani não se compara ao do Paulinho, esse sim um "mero" batalhador.

Para mim Slimani foi um dos melhores avançados do Mundo quando estava no seu auge. É incrível como JJ punha tantos jogadores a jogar tão bem.
Imagem de perfil

De Greenlight a 03.05.2022 às 17:24

Slimani foi um grande goleador na sua primeira passagem no Sporting. Foi descoberto, não se sabe bem como e custou uma pechincha rendendo depois uma mais valia excepcional. Não pode nunca ser comparado com Paulinho, talvez o jogador mais caro da história do Sporting e dada a sua ineficácia na hora do remate à baliza, deverá ser autor não de qualquer record de golos mas, provavelmente, dono dos golos mais caros no longo historial do Sporting. É evidente que, a sair do Sporting, dificilmente originará qualquer mais valia. Como já disse aqui, a contratação de Paulinho terá sido, porventura, o maior erro de Ruben Amorim. No que respeita ao "caso Slimani" e no desconhecimento do que efectivamente se terá passado, há que respeitar a decisão de Amorim cuja liderança da equipa não pode ser contestada pelos jogadores, Slimani ou outo qualquer. Do mesmo modo, a liderança do clube pertence ao Presidente cuja autoridade se tem que sobrepor a todos os demais.

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.





Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Taça das Taças 1963-64



Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D




Cristiano Ronaldo


subscrever feeds