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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não é um caso de eu estar particularmente preocupado com o próximo acto eleitoral do Sport Lisboa e Benfica, mas há certas coisas que não podem e não devem ser ignoradas.
Sem mais palavras de indignação perante o triste e lamentável indecoro do primeiro-ministro de Portugal, recorro às afirmações de André Silva, presidente do PAN. Neste caso concreto, muito mais importante a mensagem do que o mensageiro:
"Um dos principais problemas da sociedade portuguesa é precisamente o excesso de promiscuidade entre a política e o futebol e as ligações perigosas e pouco transparentes associadas a este mundo. De resto, essas ligações são mais do que óbvias quando a própria EUROPOL considera a corrupção no desporto como uma das 12 principais actividades criminosas organizadas na União Europeia.
No caso do apoio de António Costa a Luís Filipe Vieira, para além dos óbvios problemas éticos já assinalados, temos um posicionamento a favor de alguém que está a braços com a justiça em casos de corrupção, fraude fiscal, lavagem de dinheiro ou de recebimento indevido de vantagem, e que até aos prejuízos do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos estará ligado. Não haveria mal nenhum que Costa viesse a público defender a presunção de inocência de Luís Filipe Vieira, o problema é que com este gesto público de apoio inequívoco está a dar um certificado de honra, de credibilidade e de probidade a alguém que já deu várias provas de que não é merecedor de tal certificado.
É importante não esquecer que a invocação de que o faz como adepto não colhe, porque conforme disse o próprio António Costa, em abril de 2016 relativamente a João Soares... 'nem sequer à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo'. Portanto, como primeiro-ministro, Costa em nenhum momento pode colocar o adepto acima do titular de cargo político".
ADENDA
Ao ser confrontado com a questão, António Costa respondeu:
"Não vou fazer nenhum comentário sobre um assunto que não tem rigorosamente nada a ver com a minha vida política nem com as funções que exerço ou exerci. A liberdade de expressão é, felizmente, algo que existe em Portugal. Da minha parte, não faço nenhum comentário, não tenho nada a dizer sobre uma matéria que não tem rigorosamente nada a ver".
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