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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Com óbvio relevo para o alucinado psicopata que se colou ao Sporting como a proverbial lapa à rocha, há imensa gente que por conveniência própria ou défice de discernimento analítico (incluindo jornalistas e comentadores dos media), sublinha insistentemente o vasto apoio dos sócios do Clube ao irracional charlatão baseado nos “90” ou “86%” dos votos que ele supostamente recebeu – ainda que nunca tenha sido divulgado quem (e como) fiscalizou/controlou essas votações (particularmente as do último 17 de Fevereiro) e as respectivas contagens. Que entidade idónea, isenta, independente?
A grande ilusão, por muitos interessadamente alimentada, incide, porém, em confundir-se o número de votantes com o número de sócios. Ora, acreditando nas cifras apresentadas e calculando que – dos actuais cerca de 150.000 associados do Sporting – existam à volta de 50.000 dispondo do pleno direito de voto, facilmente se conclui que a totalidade daqueles que votaram (substancialmente dominada pelas fiéis milícias de pressão, intimidação e condicionamento ao serviço pessoal do “querido líder”) correspondeu, aproximadamente, a apenas 7% do número de sócios com direito de voto.
Para esta decisiva diferença ou negativa realidade contribui, evidentemente, a habitual baixa participação eleitoral dos sócios que, residindo no Norte, Centro e Sul do país (além dos que vivem no estrangeiro) têm manifesta dificuldade em deslocar-se a Lisboa para votar ou participar nas assembleias do seu Clube – prioritariamente naquelas em que se joga dramaticamente a sobrevivência da própria Instituição (como no caso do próximo acto legal) – e cuja ausência favorece desequilibradamente as posições dos movimentos organizados e centralizados na capital.
Torna-se, pois, fundamental estabelecer urgentemente um sistema de absoluta fiabilidade (oposto à fraudulenta prática de suborno através da oferta de viagens e outras benesses em troca de votos) que venha a viabilizar a participação efectiva da totalidade ou, pelo menos, da grande maioria dos sócios.
Com a colaboração empenhada dos múltiplos núcleos do Sporting e à luz da alucinante evolução tecnológica do nosso tempo, não será muito difícil implementar uma controlada solução electrónica que, invulnerável a manipulação, garanta rigorosamente a vericidade dos resultados eleitorais, espelhando fielmente a realidade do universo sportinguista.
Leão da Guia
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