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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Já não há muitas dúvidas em relação a Daniel Bragança e se as havia o jogo frente ao Casa Pia dissipou-as. Daniel Bragança foi o autêntico maestro da orquestra de Rúben Amorim. Foi por ele que passou grande parte do jogo do Sporting, que acabou por vencer o encontro por 2-1, qualificando-se para os quartos de final da Taça de Portugal.
Quando a equipa leonina ainda perdia por 1-0, coube ao médio a organização das tropas. Desmontou a estratégia montada por Filipe Martins, treinador da equipa da II Liga, e só lhe faltou o golo. Esteve perto aos 23 minutos, quando testou os reflexos de Lucas Paes, e aos 41 minutos, quando atirou ao lado. De resto, o ainda jovem, de 22 anos, com os seus notáveis pezinhos de lã, foi guardando a bola e foi construindo as jogadas ao seu sabor, improvisando espaços, fazendo boas recepções e colocando a bola onde queria.
Esta exibição vem dar muita razão às palavras ditas por Rúben Amorim, na antevisão ao jogo com o Ajax, para a Liga dos Campeões, que aconteceu no passado dia 7 de Dezembro: "É um crime o Dani não ter mais minutos, se jogássemos com três médios era titular".
Daniel Bragança foi muitas vezes utilizado por Rúben Amorim como um joker e assim se mantém. Esta época, esteve presente em 20 dos 27 jogos disputados pela equipa leonina. Ainda assim, só realizou 705 minutos (cerca de 35 minutos por jogo), face à concorrência de Matheus Nunes, João Palhinha e Ugarte.
Apesar de actuar num meio-campo a dois, Dani pode ocupar várias posições, factor que explica igualmente a aposta regular de Amorim no português. Pode actuar tanto a 6, como a 8 e a 10 e o seu trabalho invisível continua a ser assinalável.
Daniel Bragança tem sido alvo de cobiça, contudo, não será a qualquer preço que sairá do Sporting. Muito além do seu contrato até 2025 e uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, existe a forte convicção que o médio será uma das pedras basilares da equipa nos próximos anos.
Excerto do artigo de Pedro Prata, em Record
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