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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Artigo de Nuno Raposo, jornal A Bola, que transcrevo na íntegra, por entender que merece o comentário do leitor. É um tema interessante, muito embora não deixe de ficar a dúvida no ar quanto à sua veracidade e se o autor fundamentou o escrito em informações de uma qualquer fonte ou se são apenas teorias suas:
"Leonel Pontes, de 47 anos, foi chamado ao comando de Alvalade no início da passada semana, altura em que Marcel Keizer deixou o leme do plantel principal do Sporting.
O general leonino, Frederico Varandas, solicitou ao líder da equipa sub-23 que assumisse patente mais elevada, para fazer o lugar que desde Novembro pertencia ao holandês. Não lhe deu um prazo para realizar uma missão, antes lhe entregou a tarefa de comandar o pelotão nos próximos jogos, a começar no próximo domingo, com o Boavista: se cumprir, pode passar de treinador interino a definitivo. E para ganhar as batalhas, Pontes elaborou um plano que A BOLA descobriu.
Antes de tudo, a defesa. Um dos problemas que estavam identificado na equipa de Keizer eram as dificuldades que a equipa tinha na transição defensiva e nos seus processos, que para Pontes é a base essencial. Os centrais mais atrás, aliás, as linhas mais juntas, as distâncias entre elas encurtadas, estão a ser trabalhadas no quartel general dos leões, a Academia, em Alcochete. Tudo para evitar que a defesa seja surpreendida nas costas como tantas vezes acontecia na era Keizer, motivo por que a equipa sofria muitos golos - ainda no último jogo, a derrota com o Rio Ave em casa por 2-3, esse foi problema visível, que permitiu a que os adversários, sobretudo o iraniano Mehdi Taremi, surgissem nas costas dos centrais. E assim aconteceram dois dos três penáltis cometidos por Coates, que só em falta conseguiu travar o avançado dos vila-condenses, lançado que ia para a baliza de Renan.
Para conseguir passar as suas ideias, o técnico madeirense do Porto da Cruz tem realizado exercícios, com e sem bola, repetindo as vezes que forem precisas, tanto os movimentos na defesa num todo como as compensações que cada jogador deve fazer consoante o sector onde estiver a bola no momento da transição.
Por outro lado, verifica-se que os pupilos de Leonel Pontes estão a ser também treinados para conseguirem um jogo mais apoiado e equilibrado.
O ataque e a perda de bola
Ofensivamente, a equipa leonina está a trabalhar tanto o jogo interior como o exterior, apostando um pouco mais nos extremos a jogarem também por fora, em profundidade.
A entrada do segundo extremo para mais perto do ponta de lança é também movimento a merecer especial atenção. Ou seja, se a bola está na ala direita, o extremo-esquerdo deve juntar-se mais ao avançado-centro, para assim a equipa ter muito mais presença na área adversária, na zona de finalização. Também o segundo avançado está a ser trabalhado para, nessa situação, aparecer mais na zona de decisão, com o médio na sobra.
Mas, mesmo neste capítulo ofensivo, Leonel Pontes não descura o posicionamento dos outros jogadores. Tudo tem de estar equilibrado, todos têm de estar bem posicionados na altura da perda de bola, para a equipa não ser surpreendida no contra-ataque. Para isso correr bem, o lateral da zona contrária tem de defender por dentro, mais perto do central, e o médio-defensivo tem de estar preparado para sair ao portador da bola, caso esta seja perdida.
Mesmo com muitos jogadores ausentes (dez) devido aos jogos das selecções, o trabalho na Academia é intenso, pois Leonel Pontes quer cumprir bem a tarefa que Varandas lhe encomendou, a começar já pelo jogo do Bessa.
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