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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em breve conheceremos com maior rigor as consequências da derrota imposta pelo Benfica na final da Supertaça. O primeiro jogo da Liga, de súbito, tornou-se decisivo. Ou quase. Se correr mal, tudo pode correr mal. Até porque logo a seguir virá outra “final”. No Sporting, o futebol é o barómetro. Sinal de partida e de chegada.
O Clube apenas pode contar consigo próprio. A coesão da Direcção, a competência da equipa técnica, o profissionalismo dos jogadores e a motivação dos adeptos. Não haverá varinhas mágicas nem movimentos por baixo da mesa que resolvam a crise que se instalou. Nem vale a pena insistir a propósito da parcialidade da comunicação social.
O Sporting é um clube autofágico, mas isso já se sabe há muito. Trata-se de um caso de estudo, depois de António Ribeiro Ferreira (1946 a 1953) não voltou a ter um presidente vencedor e reconhecido pelos adeptos. Mesmo homens que perceberam a realidade do futebol do seu tempo, como Brás Medeiros e João Rocha. Ou presidentes campeões como José Roquette e Dias da Cunha.
Uma coisa é certa, verdadeiramente, Frederico Varandas está perante o seu primeiro teste de fogo. Não decide sobre tudo, mas num clube como o Sporting o presidente constitui equipas multidisciplinares nas diferentes estruturas nas quais delega o exercício de funções e que respondem perante ele. Um dos segredos da liderança está na escolha das pessoas certas para as diversas áreas.
Agora, será mais difícil controlar a ocasião e as circunstâncias. O tempo é desfavorável e não será permitido um deslize. Mas é nestas ocasiões que os líderes se afirmam. Nos próximos dias, o presidente Frederico Varandas tem de ser claro, oportuno, objectivo e convincente, e revelar conhecimento de causa e de controlo dos acontecimentos. E que não repita que não está preocupado, ao contrário da generalidade dos sportinguistas.
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