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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O presidente do Sporting falou, explicou, mas não sei se terá elucidado os sportinguistas tanto quanto se esperava e desejava, mas até novas informações, teremos de viver com o que foi divulgado. A conferência de imprensa desta terça-feira serviu fundamentalmente para dizer adeus a Leonardo Jardim, um processo que o presidente denominou, não com pouca ambiguidade, "o fim de um ciclo". Decerto obedecendo a uma estratégia delineada pelo Mónaco, o treinador optou por não confirmar o seu destino, o "segredo" mais conhecido no planeta.
Apenas breve comentário sobre dois aspectos da oratória de Bruno de Carvalho, o primeiro dos quais, inevitavelmente, os já notórios 15 milhões de euros, correspondente a uma declarada cláusula de rescisão no contrato de Leonardo Jardim. Segundo a versão agora relatada pelo presidente, esse montante era somente aplicável caso o destino fosse um clube nacional, que para o estrangeiro a compensação pagável ao Sporting era de 3 milhões. No entanto, parece que o Mónaco foi muito generoso e foi além do que estava pré-estipulado, oferecendo ainda mais 3 milhões mediante os objectivos alcançados por Leonardo Jardim. E, por fim, "existe um valor em caso de regresso a Portugal nas próximas quatro épocas, o remanescente e 15 milhões de euros". Excepto pelos detalhes, esta explicação do presidente não surpreendeu, minimamente. Uma vez que nada serve massacrar a temática, esta é a palavra final do presidente e ficamos por aqui.
O segundo aspecto da oratória, e esse até foi elucidativo, tem a ver com o poder de decisão neste período interino da época, sobre dispensas e reforços. Neste contexto, o presidente afirmou que "todos (Piris, Magrão, Welder, Paulo Oliveira e Slavchev) têm o aval do presidente (adoro quando ele se refere a si próprio na terceira pessoa), do Augusto Inácio e do Virgílio." Considero elucidativo, para mim pelo menos, porque desconhecia que o Virgílio também tem palavra no futebol profissional. Era a minha impressão que a sua esfera de actividade era limitada à formação. Isto, que foi muito debatido aqui no blogue, está agora esclarecido.
Compreensivelmente, o presidente recusou falar sobre o novo treinador. Esse, no seu próprio timing, merecerá uma conferência de imprensa exclusiva para a sua apresentação. Como já tive ocasião de mencionar em forma de comentário num outro post, veio ao meu encontro informação directamente da SAD confirmando que o novo técnico, sem ser surpresa alguma, é definitivamente Marco Silva, com um contrato de dois anos e mais um de opção.
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