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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bruno Vieira Amaral escreve-nos hoje em duas partes: primeiro, sobre Rúben Amorim e um Sporting que é um Clube, e não apenas uma equipa, cada vez mais à imagem do treinador: serenamente ambicioso, metódico mas sem ser frio, sensato e muito contudente. Depois sobre o triste espectáculo ao vivo no Jamor no sábado, que mostra de forma até mesmo cruel a erupção de incompetência de quem dirige a indústria do pontapé na bola.
Mas indo à parte que mais nos interessa, transcrevemos um excerto do que o escritor teve para dizer sobre o treinador do Sporting:
"Tinha já alinhavada a crónica desta semana, dedicada a esse príncipe espontâneo que é Rúben Amorim, que treino a treino, jogo a jogo, conferência de imprensa a conferência de imprensa, vai ocupando o espaço de poder que a nítida ausência mediática de Frederico Varandas, que está para a comunicação como Paulinho está para a eficácia goleadora, tem generosamente aberto.
Não sei se a aposta deveras arriscada do presidente do Sporting no inexperiente treinador contemplava a lenta disseminação do que podemos chamar o “espírito Amorim” por todas as esferas do clube, mas cada sucesso da equipa reforça a aura presidencial de um homem cuja sensatez é uma forma de génio. Normalmente, os génios não se distinguem pela sensatez. Aliás, génio sensato é um oxímoro.
Mas a sensatez de Rúben Amorim é mesmo genial, não só no contexto de um clube em que, nos tempos recentes, tem sido uma virtude bem escassa e quando foi adoptada como filosofia, como na altura do célebre projecto Roquette, se transformou numa variante da inércia e da paralisia, uma sensatez tão sensata que quase desvitalizou o Sporting, mas também num triste meio futebolístico em que se acha que berraria e convicções fortes são a mesma coisa".
Bruno Vieira Amaral, em Tribuna Expresso
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