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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quem for dado a pensar nestas coisas pode embater numa conjetura que fica como uma bola saltitona de infinita potência: o lisboeta Rúben Amorim é bem capaz de vir a ser o melhor treinador na história do futebol do Sporting.
Lançada a provocação, lembremos que os sportinguistas andam a vida toda às cavalitas de craques que jogam... não de treinadores. Recuando três ou quatro décadas, lembremos Jordão, Oliveira, Balakov, Luís Figo, Ronaldo, Nani, Bruno Fernandes, os guarda-redes Schmeichel e Meszaros ou agora Coates.
Destes, muitos nunca foram campeões, porque há 70 anos que o clube não é dominador e esses e outros craques nunca conseguiram contagiar companheiros, torná-los melhores e imunes à sportinguite que impede a reprodução das vitórias. Até que aconteceu Rúben Amorim e, miraculosamente, pela primeira vez em muito, muito tempo, o Sporting não perde jogos que aparentam ser fáceis e vence outros, que se afiguravam complicados. Pela primeira vez desde que me lembro, o sportinguista consegue ver a equipa sem medo do descalabro habitual.
Antes de Amorim, e mesmo nas nossas melhores fases, o Guimarães de sábado passado haveria de ter marcado um golo do empate, mas não, o Sporting ganhou 1-0. Porque antes de Rúben Amorim, era como se cada bom resultado implicasse uma contrariedade de descompressão, como bónus aos deuses. Nada disso, em Outubro o Sporting venceu os seis jogos que disputou.
Excerto do artigo de Pedro Boucherie Mendes, Tribuna Expresso
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