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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«O acordo com a NOS é um excelente negócio para o Sporting e dou os parabéns a quem o negociou. Com uma gestão equilibrada, este negócio pode trazer um aumento no orçamento para a equipa de futebol, ainda esta época. O Sporting pode ir reduzindo o passivo, mas também aumentar a competitividade da equipa.
É um negócio que os sportinguistas não estavam habituados, porque coloca o Sporting no mesmo patamar ou até num patamar superior ao Benfica e FC Porto. A duração do contrato não é excessiva tendo em conta que estamos numa época em que a inflação não tem grandes alterações.
Os acordos de Sporting, Benfica e FC Porto com as operadoras de telecomunicações são bons para os três clubes, mas levantam questões sobre o que poderá acontecer aos clubes mais pequenos. O fosso entre os grandes e os pequenos clubes aumente.»
Agostinho Abade - antigo presidente do Conselho Fiscal do Sporting - levanta uma consideração muito importante e que já foi aqui referido em outros escritos: a centralização dos direitos televisivos, tema que foi estandarte na campanha eleitoral de Pedro Proença para a presidência da Liga de Clubes.
A realidade, na minha opinião, é muito simples embora seja cruel: a centralização não passa de um mito, muito pela cultura do futebol português e a própria mentalidade de portugueses, em que há quase sempre curta visão, no que ao futuro diz respeito, e muito do proverbial "puxar a brasa à sua sardinha" no imediato.
É incontornável o que confronta todos os outros clubes: vão ficar com as migalhas dentro do que ainda pode ser negociado. O fosso entre os "grandes" e os "pequenos", que já é considerável, vai aumentar de forma significativa com o passar de cada época, com a clara consequência de um decréscimo de competitividade no campeonato principal.
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