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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sérgio Abrantes Mendes - antigo presidente da Assembleia Geral do Sporting e candidato à sua presidência - em declarações à Rádio Renascença, não atribui muita importância ao "incidente" entre Slimani e Jorge Jesus, no jogo do Arouca, preferindo focar a pressão que ele considera que o Benfica está a sentir neste momento:
«Não vamos arranjar uma tempestade num copo de água. Nenhum jogador gosta de ser substituído, mas o importante é pensar no grupo.
No jogo com o Boavista, o Benfica deu indicações que está a começar a sentir a pressão, está a fraquejar. O Sporting é a equipa a mais forte e a que pratica futebol de qualidade».
O problema é que no conjunto das circunstâncias, estar a praticar futebol de qualidade poderá não ser o suficiente para atingir a meta ambicionada. Pontos foram desperdiçados, que teriam permitido, nesta altura, uma situação de vantagem, e forçar o Benfica a correr atrás do prejuízo.
José Augusto acompanha, como é natural, o clube do seu coração e que representou durante dez anos. Como muitos outros adeptos que assistiram ao jogo deste domingo, no Bessa, já estava a contar com o empate:
«Era uma altura em que já daríamos como certo o empate. O golo de Jonas foi um alívio bastante grande. Ele tem sido o homem que leva a equipa às costas, sem dúvida nenhuma.
O Benfica foi pouco criativo e teve dificuldades em criar situações de ataque, e nos sete jogos que ainda faltam para o término do campeonato, encontrará outros como o do Bessa, isto porque a motivação de jogar contra o Benfica é bastante significativa. Mesmo com algumas dificuldades, acredito que até ao fim do campeonato o Benfica não irá perder mais pontos».
Dificuldades, é de facto o que o Sporting deseja para o seu rival nos restantes jogos da época, contudo, pelo seu próprio calendário nada fácil, terá primeiro de se preocupar em garantir os três pontos em cada um dos seus jogos.
Toni, antigo jogador e treinador do Benfica, comenta o que ele considera ser o ponto crítico do campeonato, no qual, na sua opinião, o clube da Luz está em desvantagem, não só pela sua participação na Liga dos Campeões, mas também por ter o Bayern Munique pela frente. Eis o que ele teve para dizer à margem do Fórum de Treinadores, que decorre em Setúbal:
«É fundamental que este jogo com o Bayern consiga passar sem que deixe marcas de um resultado negativo e que seja marcante psicologicamente. O Benfica tem pela frente um combate muito difícil mas o Benfica não vai deixar de pensar naquilo que é mais prioritário, que é obviamente o campeonato, mas sem fechar a porta a hipóteses diminutas em relação à Champions.
O campeonato vai ser discutido até ao fim. Nesta altura, penso que há um elemento que não podemos ignorar: a presença do Benfica na Champions, na qual há sempre um desgaste físico e mental que interfere no momento das grandes decisões. Os seus mais directos concorrentes não têm esse desgaste. Tudo isto surge num período em que o Benfica tem o Braga, joga com o Bayern, joga com a Académica e tem de novo o Bayern. Com alguns jogadores lesionados, é um período crítico, que pode marcar de forma decisiva a luta pelo primeiro lugar.
Dos três 'grandes', que estão a discutir o título, o Sporting tem o futebol mais consistente. O FC Porto tentou recuperar, com José Peseiro, mas tem apenas jogado e não tem implementado as suas ideias. O Benfica fez uma recuperação notável e fez um trajecto de grande qualidade na Liga dos Campeões».
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