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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Depois de Florent Sinama-Pongolle, Alan Ruiz será, seguramente, uma das contratações mais mal sucedidas da história do Sporting. Comprado ao Colón da Argentina e tendo custado mais de oito milhões de euros, nunca justificou o investimento, porque, efectivamente, mesmo em Portugal, não é possível jogar à velocidade que ele queria.
Resultado: foi recambiado ao Colón, por empréstimo e ainda estou para saber se o Sporting pagará parte do salário. Ao Colón, que já recebeu – pelo menos assim parece – o dinheiro da transferência, saiu vigésimo premiado, já o Sporting, que pagou por nada, ficou com a fava.
Nestas coisas de apelidos, há aquele mito urbano do Sporting, que nos anos setenta, quis contratar um jogador peruano muito bem cotado, que se chamava Mosquera, e veio um com o mesmo nome, mas que, segundo parece, era o tio…
Desta vez a malapata não se terá repetido e o Sporting juntamente com um Ruiz ruim, tem um que, aparentemente, o não é.
Chama-se Leonardo Ruiz, é colombiano, veio em 2014 para o Porto, acabou no Sporting, esteve emprestado ao Boavista e, julgava eu, era uma aposta firma para a equipa de sub-23, este ano.
No primeiro jogo, em Setúbal, sempre difícil, marcou três golos e contribuiu decisivamente para a vitória. Leio agora, com surpresa, que foi emprestado a um clube de segunda linha … na Ucrânia (!).
Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber este racional, em particular, que vantagem haverá em deslocar um jogador jovem para tão longe e porque é que o fazem.
Aqui surge a segunda grande perplexidade: a política de comunicação da SAD. Se há uma explicação plausível, relativamente a este inesperado empréstimo para as longínquas estepes, conviria esclarecer os sportinguistas. Neste e em todos os casos.
Já agora, também seria útil, esclarecer o que se passa com João Palhinha. O Sporting diz que está emprestado um ano ao Braga e volta no fim da época; o Braga, por seu lado, refere que o Sporting, para o ter de volta ao fim do primeiro ano, terá de indemnizar (?) o Braga. Em que ficamos? Mais do que uma obrigação legal, é um princípio ético de transparência, a SAD informar o mercado em geral e os sportinguistas em especial.
Carlos Barbosa da Cruz, jornal Record
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