Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A recandidatura de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting é um pouco como aquela história da pescadinha de rabo na boca: antes de o ser, já o era. Com o tempo ele tornou-se previsível e o último episódio em Alvalade com dirigentes do Arouca nem sequer espantou os sportinguistas. Até parece que já estava escrito nas estrelas que um dia não daria a volta olímpica ao Estádio para ir passear-se para os lados do balneário da equipa visitante.
O presidente do Sporting possui uma faceta de jogador que o leva a procurar antecipar sempre o movimento do seu antagonista. Mas, ultimamente tem revelado fraca capacidade intuitiva para perceber o que está para acontecer. Isso enerva-o e faz com que evidencie grande dificuldade na gestão do seu tempo de intervenção pública.
Ouvir-pensar-falar-calar-ouvir-pensar-falar não é com ele. Por essa razão, Bruno de Carvalho necessita de contendas como do pão para a boca. E cada contenda permite-lhe fazer tiro ao alvo e desviar a atenção dos adeptos daquilo que ele é incapaz de resolver e do custo dos problemas que vai adiando. Entretanto, vai-se aproximando o dia das eleições.
Agora, dava imenso jeito à estratégia comunicacional de Bruno de Carvalho que alguém personificasse a oposição à sua presidência. Isto é, alguém que se assumisse como candidato às eleições em 2017. Mas, na verdade, isso seria um pau de dois bicos para o actual presidente do Sporting. Quem aparecer convém que possua nervos de aço pois terá a vida escrutinada, mas vai ganhar visibilidade e conseguir o apoio, ou pelo menos o interesse, dos que pretendem uma alternativa. E, quem sabe, ser o denominador comum que tantos sportinguistas desejam.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.