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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A propósito do debate em curso esta semana entre sportinguistas - e possivelmente até benfiquistas - sobre qual o jogador que vai desempenhar a posição de trinco no embate com o Benfica, na ausência de William Carvalho, o titular na posição esta época.
A definição clássica indica que «o trinco ou médio defensivo que tem a missão de fazer a ligação entre a defesa e o ataque, é inserido ora no grupo defensivo, ora no grupo do meio-campo, já que faz a "ponte" entre ambos, participando activamente em ambos papéis. Funciona como responsável pela marcação dos médios-de-ligação do adversário, anulando as jogadas ofensivas contra a sua equipa, e como um distribuidor do jogo de contra-ataque. Deve ser um jogador com boa capacidade de marcação mas com algumas qualidades ofensivas, para partir para o contra-ataque. Normalmente é um jogador de boa qualidade técnica. Ainda, aquele que ocupa a zon frontal aos centrais, podendo ser considerado também como um central em determinadas situações de jogo ou pelo impedimento de um deles.»
Por mera coincidência, o professor Jesualdo Ferreira abordou este exacto tema esta semana, e sem entrar em detalhes, adiantou a sua versão de modo simples mas concreto: «Isto dos trincos tem muito que se lhe diga. Os médios-defensivos nas boas equipas são aqueles que têm uma grande leitura do jogo ofensivo na primeira divisão.»
Não sei se ele se refere à primeira divisão portuguesa se a uma qualquer primeira divisão, mas achei interessante esta sua abreviada explicação da posição, em termos que fazem sentido mas que não surgirão, necessariamente, à mente de todos os adeptos. O professor ainda afirmou, palavras para o efeito, que as análises sobre a execução de trinco/médio-defensivo depois são sempre fáceis, mas já o mesmo não pode ser dito da tomada de decisão em um qualquer momento do jogo.
O debate continua, contudo, não será exagero algum adiantar que a maioria de sportinguistas já "elegeu" o jovem Eric Dier para a posição. Dito isto, Leonardo Jardim, tendo a palavra final, poderá sempre surpreender tudo e todos, até o adversário.
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