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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não, não vou falar do Carrillo nem do Jorge Jesus. A verdade é que são ambos profissionais do futebol a quem, em minha opinião, ninguém pode levar a mal que façam as escolhas que melhor entendam para o seu futuro e para o das suas famílias, desde que tratem as suas entidades patronais com elevação e respeito.
Refiro-me ao Bruno Carvalho (que aparentemente também quer ser mais profissional :)) que em pouco tempo tem conseguido dizer uma coisa e fazer o seu contrário. Deixo aqui as principais contradições deste “vira-casacas”:
Bruno Carvalho, aquando da sua primeira candidatura ao Sporting, tinha prometido "o fundo 'Sporting Champions'”. Como explicou na altura, o fundo seria “ 40% dos investidores numa aplicação de 50 milhões de euros”. Uns anos depois declarou guerra aos fundos, o que nos ajudou a perder para os rivais jogadores como Aboubakar, Brahimi, Danilo Pereira, Cervi, talvez Carrillo entre outros. Ainda esperamos a resolução do caso “Doyen” que deve estar a sair por estes dias.
Já nestas últimas eleições Bruno Carvalho reforçou que o treinador deveria ter apetência pela formação de novos jogadores (nunca foi propriamente o forte de Jesus) e que este seria “apenas mais uma peça de uma máquina”. Uma peça que agora escolhe não só o director desportivo como as contratações (com excepção de Bryan Ruiz). Não tenho duvidas que o caso Carrillo resulta, entre outras coisas, da necessidade pública de prova de liderança do Bruno Carvalho em relação ao Jorge Jesus. Vamos ver como acaba…
As 32 contratações e os 6 empréstimos de jogadores em tão curto período (posso ter-me esquecido de alguns), aliadas às vendas prematuras de Bruma, Dier, Ilori e até de Cédric (nunca pensei que fizesse tanta falta) e ainda a escolha de Virgílio para liderar a Academia, mostram que a formação deixou depressa de ser uma prioridade do Bruno Carvalho e que a promessa da aposta em poucas contratações cirúrgicas foi apenas uma mentira eleitoral. Onde é que vai também a promessa de um plantel só com 20 jogadores?
Depois de dois anos nos quais os treinadores Leonardo Jardim e Marco Silva tiveram que se satisfazer com investimentos baixos, em comparação com os dos rivais, esta época esquecemo-nos da necessidade do equilíbrio financeiro e teremos que forçosamente vender jogadores já em Janeiro ou antes do Euro 2016 para não termos um enorme prejuízo esta época. Onde é que vai a promessa da limitação dos gastos operacionais aos rendimentos sem incluir venda de activos?
Na próxima Assembleia Geral vamos ter que aprovar uma empréstimo de 77 milhões de euros (mais 9 milhões de euros do que os aprovados há dois anos). Isto sem falar no anterior empréstimo obrigacionista de 30 milhões que veio substituir o de 20 milhões. Ainda nos falam de lucros recorde sem saber o que se vai passar com o caso Doyen ! E para quando os prometidos patrocínios ?
Deixo para o fim aquela que, apesar de tudo mais me tem custado. As declarações ordinárias constantes; a perseguição a quem tem a coragem de não ser “seguidista”; o incentivo à violência; o não saber ganhar nem perder e as mentiras que têm sido apanágio do actual presidente do Sporting, são muito contrastantes com o que nos foi prometido há dois anos e meio e acima de tudo com a história do Sporting. Até quando?
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