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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A publicação deste post não significa de modo algum que estou preocupado com a carreira de Gelson Martins. Após a sua saída do Sporting, nas circunstâncias conhecidas, deixou de contar para mim. Até com a "camisola das quinas" não o vejo com os mesmos olhos. Resumindo, deixei sobretudo de o respeitar.
Isto não obstante, acho curiosa a sua actual situação no Atlético de Madrid, tendo em consideração que ainda só regista 32 minutos de jogo pela equipa da capital espanhola, sendo o terceiro jogador menos utilizado no plantel, estando à frente do guarda-redes António Adán (que não jogou nenhum minuto) e do lesionado Santiago Arias (que só jogou 23 minutos).
Os adeptos e a media espanhola também já tomaram nota deste estado de coisas, com o jornal AS a escrever esta segunda-feira: "Algo se passa com Gelson: quatro encontros sem jogar um minuto".
O treinador Diego Simeone, contudo, continua a insistir que confia nas capacidades de Gelson Martins, pese a evidência em contrário: “Vai ser um jogador importante no futuro. Há que ter paciência. O melhor é que no momento de jogar o faça bem. Estará bem se continuar a treinar assim”.
Um discurso politicamente correcto do técnico que acaba por não explicar coisa alguma. É natural que um jogador venha a necessitar de um período de adaptação e integração numa nova equipa, mas o talento de Gelson Martins não é mistério algum e nem sequer dá para imaginar que sinta dificuldades extraordinárias em se assimilar a um novo sistema de jogo.
Salvo existirem factores desconhecidos - talvez pela ainda por resolver 'transferência' - a essência do problema só pode recair sobre o treinador. Simeone - técnico que eu respeito mas não admiro - tem a obrigação de saber que treinamento só leva um atleta até um determinado ponto, que o mais importante é ele sentir que tem a confiança do treinador e essa confiança só pode ser reconhecida em tempo de jogo.
Daí, que se possa concluir que Gelson Martins, apesar do seu reconhecido talento, ainda não ganhou a confiança do técnico argentino, por razões que só este poderá explicar, mas que me leva a conjecturar que o antigo meio-campista prefere jogadores à imagem dele, ou seja, menos "artistas" e mais "tractores". Talvez que esta asserção seja algo exagerada, mas compreende-se a intenção.
Veremos o que o futuro nos mostra...
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