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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Na tarde do passado sábado... o meu grande orgulho de sportinguista voltou a atingir o cume. Em transmissões simultâneas, três diferentes canais televisivos lusos confirmavam inequivocamente a histórica grandeza do nosso Clube.
Num deles, o Sporting jogava e ganhava no futsal em Matosinhos, apurando-se para a final da Taça da Liga (que perdeu com uma arbitragem visivelmente inquinada). No segundo canal, a equipa de hóquei em patins vencia largamente na Marinha Grande para a Taça de Portugal. E no terceiro, em transmissão do Pavilhão João Rocha, os leões do basquetebol cilindravam espectacularmente a Ovarense.
Um dia de grande sucesso, coroado, na mesma noite, com o triunfo da equipa de futebol em Setúbal, a despeito da execrável farsa encenada pelo presidente do Vitória.
E ainda, neste mesmo fim-de-semana, as atletas leoninas consagraram-se, pela quinta vez consecutiva, no Jamor, campeãs nacionais de atletismo de estrada em seniores, vencendo igualmente a competição em juniores, dominando em absoluto, masculino e feminino, individual e colectivamente, enquanto que o conjunto principal masculino de ténis de mesa conquistava a quinta Taça de Portugal também consecutiva.
Lastimavelmente, contudo, o tema permanentemente dominante no comentário ou debate público, senão mesmo o único, é o insucesso da nossa equipa principal neste cada vez mais corrupto futebol português, como se o Sporting CP fosse uma instituição (ou empresa) exclusivamente futebolística, à inglesa – ignorando-se sistemática, absurda e injustamente os notáveis feitos, nacionais e internacionais, dos atletas sportinguistas na grande maioria das restantes modalidades, parte dos quais honrando o nosso país. Atitude que, no fundo, revela um lamentável défice de cultura desportiva.
Não, o Sporting não é, nunca foi e espero que jamais venha a ser apenas futebol!
No entanto, todos aqueles que se dedicam, afanosa, insistente e fastidiosamente, a criticar o Sporting na globalidade (e os seus dirigentes) pela actual falta de sucesso da sua equipa principal de futebol (das bolas que não entram nas balizas ou batem nos postes) parecem ter-se esquecido, por incurável amnésia ou manifesta intencionalidade, de que o futebol foi, precisamente, a maior vítima das consequências calamitosas herdadas da gestão irresponsável e catastrófica do alucinado charlatão tardiamente destituído.
Consequências estas que tiveram o efeito de deixar o Clube numa situação absolutamente ruinosa, ajoujado de dívidas, profundamente agravada pela invasão terrorista à Academia, cujos danosos efeitos financeiros rondaram os 250 milhões de euros. Uma pesarosa realidade, cuja solução exige, obviamente, tempo e um gigantesco esforço – requerendo a compreensão, a tolerância e a adesão convicta de toda família sportinguista.
Texto da autoria de Leão da Guia
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