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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Aproxima-se velozmente o final do consulado de Pinto da Costa, e a conflitualidade e a violência a que se está a assistir revela isso mesmo. É o homem da divisão entre o Norte dos “puros” e o Sul dos “mouros”, das guerras intermináveis, do controlo da arbitragem e das instituições desportivas, do apedrejamento a quem se lhe opôs.
Dominou muito, mas inevitavelmente escapou-se-lhe o domínio do tempo, e agora assiste ao seu próprio fim rodeado por uma guarda pretoriana que nunca lhe diz “não”. É o que acontece a quem se impõe pela força e governa pela força, sem outra companhia para além dos que lhe dedicam uma fidelidade canina.
Fechou-se sobre si mesmo e com isso determinou o seu próprio destino. É o que acontece aos ditadores. Não leu Erasmo de Roterdão: “As vitórias são saborosas e doces, tão doces e escorregadias como podem ser os caminhos da decadência.” A sua queda final não será um espectáculo bonito de se ver.
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