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Os coletes esquecidos

Rui Gomes, em 18.03.22

Não sei quem lançou as tochas para dentro do relvado, no último Sporting-FC Porto, para a Taça, em Alvalade. Não sei se foram os suspeitos do costume ou se outros quiseram replicar a sua crónica estupidez.

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Sei apenas que eles fizeram um grande favor ao FC Porto, porque desviaram a atenção dos acontecimentos pós-jogo no Dragão. A questão do dia já não são as agressões, a intimidação e a violência organizada, mas o lançamento da pirotecnia, que adquiriu foros da grande nódoa do futebol. Como se isso não bastasse, a claque do Benfica resolveu armar-se em macaco de imitação e temos o FC Porto a esfregar as mãos de contente. Houve até um governante, com tutela sobre o Desporto, que entendeu oportuno pronunciar-se publicamente sobre o flagelo das tochas, mas – pasme-se – deixou-se ficar calado sobre os desacatos no Porto.

Continuo a achar que o que se passou à data no Dragão foi de superlativa gravidade. De igual forma, entendo que o recrutamento de agentes exteriores para exercícios de agressão e constrangimento é das mais deprimentes manifestações de falta de fair-play a que tenho assistido, nos muitos anos em que sigo o futebol.

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Em qualquer outro foro jurisdicional, o Dragão tinha sido preventivamente interditado, os inquéritos disciplinares constituiriam carácter urgente e a generalidade das instituições desportivas e políticas, teriam feito indignado coro na condenação dos acontecimentos. Neste país de brandos costumes, parece que se instalou um pacto de silêncio, à espera do efeito branqueador do esquecimento.

Interrogo-me sobre as razões pelas quais tudo quanto tem a ver com o FC Porto é tão complicado. Porque é que não há ainda arguidos na ‘Operação Prolongamento’, porque é que os árbitros apitam tão mal no Dragão, porque é que há sistemática condescendência para os desmandos disciplinares, os cartões cirúrgicos e por aí fora.

Tenho na memória as peitadas de Jorge Costa a António Rola, a perseguição de Paulinho Santos a José Pratas, a escolta de Pinto da Costa na entrada do Tribunal de Gondomar para concluir que estamos perante uma questão antiga e cultural. Eu sei porque é que as coisas se passam assim. Meter medo ainda assusta muito boa gente.

Artigo da autoria de Carlos Barbosa da Cruz, em Record

publicado às 04:03

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3 comentários

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De Cacunha a 17.03.2022 às 11:48

Estando 100% de acordo com o Dr Carlos Barbosa da Cruz, de quem já escrevi a qui ser dos poucos comentadores desportivos destes programas que além de isento tem a virtude de ser sportinguista, quer com o anterior comentário do sr Rumo Certo - Ventos Favoraveis, quero acrescentar a pouca isenção desses programas que apresentam como representantes do Sporting os srs. Octávio Machado e Paulo Futre. Ora, esses senhores nunca dizem uma palavra em defesa do Sporting. Se se dissessem sem clube eu diria que eles são representantes um do benfica e porto e o outro do JJ e do benfica. Do Sporting nunca, só para tapar os olhos aos incautos.
Direi mais, lamento algumas manifestações da Direção do Sporting e seu Presidente, que apoio a 100% , com exceção das ditas manifestações quanto ao Paulo Futre.
SPORTING SEMPRE! "ONDE VAI UM VÃO TODOS"
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De Rui Gomes a 17.03.2022 às 12:00

Recomenda-se que faça como eu faço: ignoro completamente esses programas. Considero-os uma fantochada carnavalesca e nada mais, especialmente os 'Futres' desta vida.
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De Cacunha a 17.03.2022 às 12:45

Estou de acordo Rui, de tal modo que via aquele programa diariamente, porém, cada vez que aquelas personagens participam é mais um dia de sono mais cedo para mim. Deixei de ver

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