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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Até agora, os grandes clubes portugueses têm resistido ao fenómeno que já conquistou a Premier, em que há emblemas com donos para todos os gostos, da China à Arábia, passando por norte-americanos e outros. É o futebol capital a matar o desporto como o conhecíamos. Começou com os Abramovich desta vida e hoje já vai nos clubes-Estado, que fazem de pequenos clubes como o Manchester City ou o PSG potentados de milhões e milhões, com o petróleo a alimentar um espectáculo que nada tem a ver com desporto.
É hoje complicado para clubes gigantescos como Barcelona ou Real Madrid, que ainda são dos sócios mesmo que presididos por magnatas endinheirados, competir com estes clubes que têm países a suportá-los. E se é difícil para os tubarões espanhóis ou mesmo alemães, imagine-se para os nossos.
O mais normal é que nos próximos anos acabemos por assistir à entrada de fundos a sério nos clubes portugueses. Joaquim Oliveira foi dos primeiros a investir, mas aí ainda conhecíamos a face do dinheiro. Hoje a opacidade do negócio do futebol é enorme. E se em Newcastle festejaram em grande a chegada de capital de um príncipe que até esquartejou um jornalista, em Braga há quem esteja preocupado. Entendo. Há coisas que não deviam estar à venda.
Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record
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