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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Antes de mais - e escrevi esta nota antes do início do jogo - os meus parabéns a Marco Silva pela coragem de incluir Jonathan Silva no onze inicial. Sugeri esta ideia na crónica do último jogo mas, para ser sincero, nunca imaginei que o treinador o fizesse. O jovem argentino teve alguns lapsos defensivos, mas no todo dos 90' +3, teve um desempenho muito positivo e até marcou um excelente golo, logo aos 2', na bela jogada iniciada por Nani e complementada por André Carrillo.
Na minha opinião, nos primeiros 45' da partida viu-se um Sporting em grande nível, de longe o melhor desta época, e o resultado ao intervalo peca por escasso. A equipa leonina foi sempre a mais perigosa e objectiva, controlou totalmente o meio campo, exerceu de forma quase perfeita a pressão alta e executou o jogo de transição com muita eficácia. Esteve sempre mais perto do dois ou três zero, do que o FC Porto igualar o marcador, superou-se em jogadas de ataque e remates, com João Mário, em duas ocasiões, com grandes oportunidades para golo, além de uma jogada espectacular de Carrillo, aos 39 minutos.
A segunda parte apresentou um cenário diferente. O treinador portista mexeu na equipa e esta entrou melhor no jogo. Recuperou o meio campo e começou a dar mais profundidade ao seu jogo ofensivo. O golo (autogolo) da igualdade, aos 56', surgiu em directo resultado desta profundidade, e já sete minutos antes, Rui Patrício tinha feito uma grande defesa diante um Jackson Martinez isolado. O lance do golo foi de infelicidade e fruto de alguma inexperiência de Naby Sarr, mas nada mais há para apontar, faz parte do futebol.
O maior problema para uma equipa que entra no jogo a exercer pressão alta, é o desgaste físico, e acho que o Sporting acusou por acusar esse desgaste no segundo tempo. Com a senhora da sorte a sorrir, Diego Capel mandou uma autêntica "bomba" à trave da baliza de Fabiano, aos 79', que poderia ter assegurado a vitória.
No resumo dos 90 minutos, o resultado não é injusto, mas acho que o Sporting perdeu a grande oportunidade de arrumar o jogo na primeira parte. Como nota final, penso que André Carrillo foi a grande figura do jogo e muito embora no ecrã televisivo não seja possível avaliar o desgaste físico dos jogadores, não vi de bons olhos a sua substituição, aos 65 minutos. Neste sentido, Marco Silva está a tornar-se excessivamente previsível. A entrada de Montero, em substituição de Slimani, aos 78', não acrescentou nada ao jogo, aliás, mesmo cansado que o argelino tivesse, sempre teria uma muito maior presença na área portista. Não vi a linha de jogo, mas não será surpresa alguma vir a verificar que Tanaka foi mais uma vez para a bancada. Já nem comento este tipo de decisões por parte de Marco Silva. Fredy Montero vai continuar a equipar-se até ao derradeiro suspiro. Veremos o que acontecerá em Janeiro, quando Slimani se juntar à selecção argelina na disputa da Taça das Nações Africanas.
O Sporting tem agora o Chelsea de José Mourinho pela frente - na terça-feira - e só então é que poderemos avaliar o impacte do clássico no rendimento dos jogadores do Sporting.
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