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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Como já divulgámos aqui no Camarote Leonino, a UEFA anunciou recentemente um enorme incremento no valor dos prémios financeiros a pagar aos clubes que obtenham bons desempenhos desportivos na Liga dos Campeões, a partir de 2015/16 e até 2018.
São cerca de 1257 milhões de euros por época a repartir pelos participantes, um significativo acréscimo de 39 por cento em relação à época ainda em curso. Enquanto que o Real Madrid, a exemplo, encaixou 20,514 milhões de euros pela sua participação, e eventual conquista, na edição de 2013/14, essa verba poderá chegar a mais de 54 milhões por semelhante feito no futuro.
Este cenário do mundo do futebol, em que a UEFA - como se verifica - tem vindo a implementar substanciais aumentos nas provas sob sua supervisão e coordenação directa, surge em total contra ciclo com a crise financeira que assola a Europa desde 2008, prova irrefutável que o desporto, em geral, e o futebol, em particular, são casos distintos e à parte da realidade que confronta a sociedade e o cidadão comum.
Há quem diga que a economia do futebol anda a outra velocidade, e anda mesmo, pelo menos para os que têm melhor e maior "pedalada". Daí que, como já tivemos ocasião sublinhar, a cada vez maior importância para o Sporting em garantir anualmente a sua participação na chamada Liga milionária, quer seja via o apuramento directo para a fase de grupos ou, como segunda alternativa, através das pré- eliminatórias. Duvido que a estratégia de "fazer mais com menos" resulte neste sentido. Com um duplo objectivo de tão enorme dimensão no horizonte, algum risco terá de ser assumido para, no mínimo, proporcionar condições de competitividade adequadas. E... recorrendo aos exemplos de insucesso do passado nada contribuirá para o alcance dos sucessos desejados para o futuro. A demagogia não pratica futebol, não marca golos e não vence jogos.
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