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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A frase que serve como título deste post, na realidade, não é mais do que um desabafo meu, uma vez que os sócios que marcaram presença na Assembleia Geral deste sábado, ou em qualquer outra, aliás, não representam o universo leonino, este constituído por alguns milhões, mas sim e somente os votantes do dia. Nunca saberemos o verdadeiro querer da real maioria de sportinguistas.
O desfecho da reunião magna só será surpresa para os mais distraídos. A partir do momento em que Bruno de Carvalho abandonou a última sessão, ardilosamente, quando viu o mau andamento das coisas, ficou-se logo a saber que a pausa não era mais do que uma estratégia para lhe permitir o tempo necessário para reunir a sua falange sectária e mais alguns por arrasto.
Um momento turbulento e completamente desnecessário na vida secular do Sporting Clube de Portugal, servindo apenas para satisfazer o egocentrismo de um único homem e a sua insaciabilidade pelo poder absoluto. Ironicamente, a maioria de sócios votantes na Assembleia terão decidido conceder-lhe esse poder, sem a mínima consideração pelos eventuais danos ao Clube. Estes sócios, na óptica perversa de Bruno de Carvalho, são os verdadeiros sportinguistas, sendo que os restantes não passam de meros 'sportingados' que recusaram aderir à vontade suprema do "messias".
Muito embora o todo do cenário seja deveras transparente, não deixa de ser um caso para estupefacção, por as coisas terem acontecido como aconteceram, com a anuência dos associados a um oportunista de momento que não merece o mínimo de consideração e respeito. A realidade nua e crua é que este presidente foi reeleito há menos de um ano e única e exclusivamente para saciar os seus interesses pessoais, não hesitou, nem por um minuto, em destabilizar a família leonina. O Sporting deveria estar em primeiro lugar, mas não está, e o futuro encarregar-se-á de demonstrar isso mesmo. Nada ocorreu por mero acaso, no entanto, haverão razões por detrás das acções de Bruno de Carvalho que carecem de mais amplo esclarecimento. Vamos esperar para ver e compreender.
Bruno de Carvalho viu-se no poder - e com mais ao alcance - e entendeu que o Clube tem de estar moldado à sua personalidade e servir as suas ambições narcisistas e ditatoriais, sem considerações morais ou constitucionais. Que passo a passo esteja a conseguir isso mesmo com aprovação associativa, é deveras chocante e não menos espectacular.
Vamos ficar aqui por hoje, numa altura que ainda nem sequer se sabe os números oficiais da votação.
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