Independentemente da proteção da árbitra a nossa equipa ficou muito aquém do que tinha que ser feito nesse jogo e depois temos jogadoras muito fracas na equipa, algumas fisicamente muito frágeis e que não sabem que contra adversárias mais robustas não podem receber a bola de costas e querer depois rodar, isso é entregar a bola de bandeja ao adversário, tem ali jogadoras mesmo muito débeis no meio campo, muito bonitas como a Gala mas com pouco futebol na cabeça, têm péssima leitura dos lances e com a reação muito retardada (as duas afinal, até estão ligadas).
Não deve haver orçamento para mais e temos que aceitar essa realidade.
Quanto ao lance em questão, a culpa é maior do VAR, sinceramente até esperei que o VAR chamasse a colega de campo, é lance para vermelho sim.
Duas ou três questões...
- A árbitra estava posicionada para ver bem o lance. Não expulsou a jogadora do Benfica porque não quis.
- O Benfica, com a actual treinadora, é sempre uma equipa fisicamente agressiva, reflectindo a capacidade da técnica, que tem tido sucesso porque o clube compra-lhe equipas.
- Terceiro, para mim a grande culpa é do treinador do Sporting, Micael Sequeira, que não me impressiona. O Benfica entrou com muito mais intensidade na segunda parte e foi controlando o meio campo. O Sporting precisava de reforçar esse sector. Tinha, por exemplo, Fátima Pinto no banco, boa tecnicamente e muito forte no jogo físico. Em vez disto, Sequeira fez entrar Maisa, experiente mas uma avançada ainda com 18 anos.
A jogar em casa com um grande apoio do público, não me surpreendeu que o Benfica tivesse conseguido dar a volta ao marcador por duas vezes.
A questão que coloquei das nossas jogadores de porte frágil do meio campo receberem a bola no pé e quererem rodar depois é culpa direta do treinador, foi uma situação que sucedeu em todo o jogo e o treinador não teve arte para corrigir o que nem era difícil de corrigi, nestes casos tem que haver sempre uma colega perto de frente para tabelar e assim esvaziar a marcação em cima da adversária, sinceramente achei ridículo como as nossas jogadoras do meio campo caiam repetidas vezes no mesmo erro, quem marca em cima e fisicamente mais forte fica logo com vantagem, como é possível este treinador não perceber isso.
Algumas (muito poucas vezes) rodaram e conseguiram ficar com bola, mas porque ganharam os ressaltos e no caso da Neto porque esta tem outra tarimba, física e técnica, assim diria que ficou impossível ganhar e foi aí nesse grande detalhe que começamos a perder o jogo.
Pois... mas mesmo com esses defeitos todos, estivemos duas vezes à frente no marcador e podíamos ter vencido o jogo. Recordo o lance em que a Brenda Peréz falhou a baliza aberta que faria, na altura, o 2-0.
E depois ainda tivemos aquele golo vencedor da Ana Lúcia (83'), o seu primeiro da época. Esta jogadora é pequena de estatura, mas sempre muito 'porquinha'. E claro, estava naquele lote das 9 que nunca foi admoestada.
Jogamos muito com o coração e alma o que nos deu a vantagem por 2 vezes mas faltou-nos sempre depois o resto, a não expulsão da jogadora encarnada acabou por ser decisivo no resultado final.
O treinador do Sporting que desconheço de todo a sua capacidade não o vejo em nada superior à anterior treinadora, pelo contrário, no assédio do Benfica à nossa área na segunda parte, quando subiram as linhas a nossa equipa ficou à toa a jogar como equipa pequena a cortar de qualquer forma todas as bolas, sem uma organização defensiva treinada, era para onde estavam viradas, esse treinador tem muito trabalho a fazer isto se souber como fazê-lo.
O amigo Julius está sempre muito apto a criticar o Sporting quando as coisas não correm bem, nessa sua postura de politicamente correcto.
Este lance, que o Julius trata como questão secundária, teve influência directa no resultado, dado que ocorreu aos 14 minutos de jogo.
Seria surpresa se o infractor fosse do Sporting ter expulsão imediata?
Indiferente dos defeitos das jogadoras do Sporting, permitir ao Benfica fazer um jogo fisicamente agressivo não pode ser menosprezado. A exemplo, a jogadora alemã deles fartou-se de "dar lenha" e só ao cair do pano é que viu o cartão amarelo.
Mesmo assim, o Benfica tem sentido muitas dificuldades para vencer o Sporting esta época e até foi derrotado na Supertaça.
Ganharam 4 e perderam 1, em 10 jogos ganhamos 1 ou 2 e isso é muito pouco, critico jogadoras profissionais que envergam a camisola do Sporting e que são demasiado frágeis, cometendo sucessivamente os mesmos erros, por exemplo não conheço de fundo a Gala mas dos 2 últimos jogos que vi contra o Benfica, não tem categoria para este tipo de competividade, lerda a ler o jogo por isso lerda na reação, já tinha sido assim no anterior embate, com muitas perdas de bola desnecessárias e claro aquele pênalti infantil ao cair do pano que nos derrotou, pelo mesmo motivo de sempre, lenta a ler o lance e o consequente chegar tarde a ele e cometer a falta desnecessária.
Só comentei porque hoje tenho algum tempo disponível,
além disso esse jogo já passou há algum tempo e nada disse sobre ele na altura, comentei agra porque o amigo Rui Gomes trouxe esse lance aqui e que eu ate dividi o meu comentário para dar relevo á minha opinião, que é expulsão e que sim é verdade que tem influência no resultado, o que pretendi dizer é que também seria um erro deixarmo-nos iludir por esse lance que até nos podia ter dado a vitória e não vermos a realidade da grande diferença das 2 equipas, afinal não podemos ficar dependentes que em cada jogo com o Benfica a diferença seja beneficiarmos de uma expulsão encarnada, nada diria nesse sentido se visse que temos armas minimamente de qualidade aproximada, mas infelizmente não temos e quis-me referir a essa realidade.
No lance que daria expulsão ficou obvio a falta de coragem da árbitra e do VAR, sabiam que matavam ali o jogo e faltou-lhes coragem para isso.
Isto acontece recorrentemente. Na final da Taça da Liga, ao cair do pano, lá surge o penálti para dar a vitória ao clube da Luz.
Até acho que Jacynta Gala, que é uma boa jogadora, estava psicologicamente e/ou emocionalmente afectada porque foi sobre ela que o penálti na outra prova foi assinalado.
É precisamente desse penálti que comentei, também vi o jogo.
quis dizer: que também vi esse jogo.
De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 25.03.2025 às 16:26
Comungo precisamente, mais uma vez, da leitura e análise do caro Julius.
Existe um notório défice de ordem física e atlética, por parte da equipa do Sporting CP e, comparativamente com "team" adversário.
E tal, resulta em real handicap, que não se deve a menor empenho, nem de organização, nem de estruturas de apoio, nem de componentes a nível de orientação ou competência técnica.
Tão só, porque em termos gerais, a composição da equipa adversária, dispõe de jogadoras mais "pesadas" e robustas.
Para além disso, essa diferenciação acentuou-se ainda mais, por fatores adversos e exógenos, como foi o caso de o terreno ter ficado mais pesado, face à persistência da chuva, dificultando ainda mais a tarefa da equipa que é consideravelmente mais leve.
Por outro lado e ainda para mais, agravada com a indisponibilidade de pelos 3 elementos que têm precisamente um porte atlético e estampa física que contrabalançaria e equilibrava mais as coisas, ou seja, refiro-me à ausência e ao que lembre, de Fátima Pinto, Andreia Bravo e Brittany Raphino.
Quanto à arbitragem, está muito bem observada a diferença de critério perante a entrada negligente e imprudente da central Carole Costa, central encarnada, cometendo evidente falta sobre a avançada Telma Encarnação, num lance onde certamente não existe intenção.
Mas, há dias atrás, precisamente num lance quase passado a papel químico, pese embora com intérpretes diferentes, a decisão da equipa de arbitragem tem leitura e ação discricionária e diferenciadora.
Ora, é tudo isto, que levanta legítimas suspeitas e dúvidas, quanto a seriedade e justiça, ou seja, porque "carga de água" assistimos recorrente e sucessivamente, a bonomia, tolerância, atenuante e complacência, quase sempre tida para com as mesmas cores e símbolos e, de rigor, excesso de zelo, penalização e agravante, para com os outros.
É da competência e função do VAR, auxiliar e ajudar precisamente a arbitragem quanto a este tipo de lances, de erro grosseiro e influenciador, visto e revisto por imagens.
Já para não entrar em considerações bem identificadas e referenciadas, quanto à amostragem de cartões amarelos, mas que levam a crer que existem coincidências estranhas configuráveis com interjeição de descontentamento - como se diz, na gíria popular, "levadas da breca"!
São e constituem matéria probatória e factual, estão aí, para quem as quer consultar e ver. Por conseguinte, indesmentíveis e irrefutáveis, não de visão distorcida, deturpada e ao sabor de qualquer conveniência.
Contra adversárias de maior robustez a solução é fazê-las correr e minimizar os contatos físicos, pela deficiente forma de proteger a bola e falta de maior lucidez das nossas jogadoras do meio campo, a treinadora encarnada percebeu e pediu ás suas jogadoras para marcarem as nossas muito em cima, com contacto físico, incluindo braços, nessa situação só tem uma solução, aparecer sempre uma colega de frente para tabelar e fazer circular a bola, dessa forma libertam-se e obrigam as adversárias a largar as marcações cerradas, mas as nossas caíram sempre no mesmo erro, o quererem rodar, isso só as desgastou ainda mais e com o terreno mais pesado ficou pior, sinceramente aponto mais a responsabilidade no treinador, que forçosamente terá que trabalhar muito mais e melhor esses detalhes.
Os 2 lances, o do Max e o da Carole, ambos são vermelhos claros, por trás esses lances são expulsão, a dualidade de critérios e falamos de critérios claros em lances claros em que mais uma vez "forçaram" diferenças, com o lesado a ser sempre o mesmo.
Caro Rumo Certo - Ventos Favoráveis,
Se comunga com a análise do Julius não comunga com a minha. Se de facto assistiu ao jogo, em que aspecto é que eu errei?
Acontece que o nosso amigo Julius adora fazer análises sobre a proverbial lupa técnica e nunca dá a mão à palmatória.
Eu também o sei fazer, mas não me dou para isso, a escrever no blogue. Prefiro analisar e, se necessário, criticar, as performances individuais, e sobretudo as do colectivo, em termos claros e sempre em síntese, caso contrário tínhamos "livros" em cima de "livros".
Pelo contrário (isto afinal só são opiniões e valem o que valem) eu assinalo o aspecto mais relevante em que fomos inferiores e que mesmo nesse havia forma de minorar o problema, como descrevi.
Afinal estamos de acordo que é vermelho no tal lance, eu só aproveitei também para referir onde a equipa terá que melhorar, daquela forma ficará sempre mais perto de voltar a perder, tem que haver muito mais trabalho do treinador no miolo da equipa que teimou em cometer erros caricatos.
Amigo Julius,
Eu não publiquei uma análise ao jogo, se fosse essa a minha intenção já o teria feito muito antes.
A minha intenção foi só de sublinhar os critérios diferentes entre dois lances praticamente idênticos e os 'amarelos' cirúrgicos a beneficiar sempre o mesmo.
Estive à espera de ter acesso ao vídeo, prova absoluta do que ocorreu.
Mas o lance não dá qualquer dúvida, logo no lance corrido ficou claro, os árbitros aderiram à moda de deixar a batata quente no VAR, por isso esperei que o VAR fosse chamar a árbitra, fiquei convicto que o iria fazer e afinal aconteceu o que todos vimos.
Todavia também me irritou alguns lances em que as nossas jogadoras foram excessivamente ingênuas e incompetentes e aproveitei para os comentar, com a ressalva que é verdade em que vejo maior responsabilidade do treinador nesse tipo de lances que pode e deve trabalhar melhor.
De resto amigo Rui Gomes, afinal discordamos para no fim concordar no essencial


De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 26.03.2025 às 20:07
Caro Rui Gomes,
Só agora dei conta do seu comentário de resposta, o qual me suscita um esclarecimento.
Ao afirmar que comungava da análise do Julius, apenas quis dizer isso mesmo, ou seja, sem qualquer outro e absoluto intento, de induzir algum reparo, discordância e muito menos erro referente ao post.
Tão só, acrescentar algo mais e completar o que ambos escreveram, designadamente, o nome de 3 atletas que ficaram impedidas de dar o seu contributo e, podiam ter acrescentado algo mais, quanto aos aspectos de apreciação física a atlética.
Tão simples quanto isto.
Deste modo não entendo a aparente "crispação" ao dar ênfase a qualquer eventual apreciação sua, neste assunto em concreto.
Desculpar-me-á esta observação, mas sinto necessidade de repor a verdade factual e, o sentido objetivo e exclusivo, com que antes me pronunciei.
E esse, visou apenas e tão só, reforçar em ênfase, valor e fundamentos, de junção e agregação ao texto do post, assim como, de completude ao prescrito pelo Julius.
Com toda a sinceridade, creio que interpretou mal o sentido e intento, que não sobrevalorizo, nem tão pouco é caso para nada mais do que isto mesmo.
Saudações Leoninas.
Não me incomodou de modo algum e muito menos levei a mal, perguntei a título de curiosidade assumindo que assistiu ao jogo.
De Rumo Certo - Ventos Favoráveis a 27.03.2025 às 01:35
Ok, então agora, fui eu a interpretar menos bem.
Não assisti fisicamente ao jogo, porque é um dado adquirido há muitos anos, que não contribuo com qualquer cêntimo para aquela instituição e jamais respirarei atmosferas pouco recomendáveis.
Posso até adiantar, que ainda não há muito tempo, poderia assistir a qualquer jogo naquele campo, em lugar privilegiado e sempre de "borla".
Mas nem assim, lá coloquei alguma vez os pés, a alma e o coração.
Ao antigo campo, assisti há dezenas de anos a um jogo em que perdemos por 5-0, com resultado feito ao intervalo e a um outro da seleção, com a Escócia.
Depois, as trafulhices, batota e campos inclinados, ditaram uma resolução irredutivel.
Apenas acompanhei o jogo, via canal TV.