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Naquele dia, liguei logo para a minha mulher, porque não sabia se iria voltar a casa. Este episódio ficará para sempre na minha memória. Ainda hoje, no final dos jogos, tenho medo de que volte a acontecer” – Jérémy Mathieu

Nunca vivi nada como isto, nem acho que tenha acontecido em mais algum lado. Mais do que pela minha vida, temi pela da minha família. Pedi à minha mulher para ir com a minha filha para o Porto. Fiquei mais nervoso, com mais ansiedade antes dos jogos e com medo de que isto se repita se a equipa tiver um resultado menos positivo”Bruno Fernandes

Pensei que ia morrer... O meu pensamento era que não nos matassem... 'Queres ir embora? parto-te a boca toda'... disse-me um dos atacantes. Senti que o presidente estava a voltar os adeptos contra os jogadores. Ainda hoje, passado ano e meio, quando vou a Portugal não me sinto em segurança. Ainda há adeptos maldosos contra nós. Tive muitas ameaças. Tivemos de tomar medidas, eu e a minha família. Tinha de sair. Era impossível continuar em Portugal. Mesmo estando em Inglaterra, há noites e momentos em que ainda vivo aquilo” – Rui Patrício

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"Foi horrível. Não sabia qual seria o meu futuro. Vi entrar um homem muito grande com máscara, depois entraram mais e o sexto agrediu-me na cabeça com um objecto e caí imediatamente para o chão, a sangrar, mas ele começou a dar-me pontapés e a dizer a outro para fazer o mesmo. Estava com imenso medo. Logo a seguir ao ataque, fui a um psicólogo e ele sugeriu que seria bom para mim sair do país. Decidi ir três semanas para a Áustria. A minha mulher estava grávida e ela queria dar à luz em Lisboa, “ – Bas Dost

"Muito antes da invasão, Mustafá ligou-me a dizer que o presidente Bruno de Carvalho lhe tinha pedido para ameaçar os jogadores e ainda partir-lhes os carros. Fui um dos principais alvos dos cerca de 40 invasores da Academia. Três ou quatro agarraram-me e deram-me vários socos no peito e nas costas, e a gritar que eu não merecia vestir aquela camisola. Tive muito medo. Fiquei sem saber o que fazer. Estava em pânico"William de Carvalho

Disseram-me que me iam matar, que sabiam onde eu morava e onde era a escola dos meus filhos. Agrediram-me enquanto diziam 'não mereces essa camisola'. A minha primeira reacção foi ligar para a minha família. Senti medo, mais pela minha mulher e os meus filhos. Durante algum tempo andava sempre a olhar para trás, para ver se estava a ser seguido” – Marcus Acuña

"Depois deste incidente fiquei sempre com medo. Ainda hoje, cada vez que o Sporting perde um jogo, fico com medo que isto se volte a repetir. Mandei a mulher e a filha para a Macedónia. Eu fiquei alojado num hotel e no final do jogo da Taça fui ter com eles” – Stefan Ristovski

“Eles diziam que nos matavam se não ganhássemos o próximo jogo [final da Taça). Na reunião, no estádio, na véspera da invasão, o presidente Bruno de Carvalho disse que tinha o chefe da claque a ligar-lhe para saber onde moravam o Acuña e o Bataglia. Nos dias seguintes à invasão tinha muito receio e não andava tão exposto como antes”André Pinto

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"Desataram aos socos e pontapés logo que entraram, lançando tochas e gritando 'o Sporting somos nós!' Ameaçaram-nos que, caso não ganhássemos no domingo seguinte a Taça, voltariam. Um dos agressores ordenou-me que despisse o equipamento do Sporting. Colocaram-se à porta do balneário, para impedir a nossa saída. Ficámos todos sem reacção e eu em estado de nervos. Já fora do edifício, vi o nosso treinador, Jorge Jesús, a sangrar do nariz e o Bas Dost magoado e a chorar por ter sido atingido na cabeça. Tive pesadelos por causa do ataque” – João Palhinha

Estes são extractos dos depoimentos do julgamento no Tribunal de Monsanto, de algumas vítimas (físicas e morais) da invasão terrorista à Academia Sporting, no trágico 15 de Maio de 2018, por uma horda de delinquentes e malfeitores, cruelmente insensíveis à realidade de que por detrás de cada jogador de futebol existem uma mãe, um pai, uma esposa, filhos, uma família – enfim, seres humanos…

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E – para rematar – recorde-se estas infâmes palavras publicamente proferidas pelo então presidente do Clube – o principal instigador da hostilidade à equipa de futebol e autor moral da profunda degradação do clima vivido no Sporting – no próprio dia mais negro da história da centenária Instituição:

Foi chato ver os familiares dos jogadores e do “staff” a ligarem”… “O crime faz parte do dia-a-dia”…

Texto da autoria de Leão da Guia

publicado às 03:47

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52 comentários

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De Hugo Marinho a 11.03.2020 às 13:27

A Candida Vilar e o Rui Pereira devem ter-se inspirado no Rui Gomes para a vergonha de acusacao que foi feita. Como seria de esperar o terrorismo caiu. Vao la chamar a cmtv outra vez para inventar mais outras tretas
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De Rui Gomes a 11.03.2020 às 13:34

Brilhante?!?

Puxou muito por essa sua oblíqua imaginação para sair com esta?

É verdade que não houve terrorismo, mas sim um acto de pacificação. Os jogadores é que se enganaram no confronto com os anjinhos que os visitaram.

Esperamos pelas sentenças!
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De Mike Portugal a 11.03.2020 às 15:41

Hugo Marinho,

Essa acusação do terrorismo nem sequer entrou em fase de julgamento. Caiu logo. Só serviu para poder ir prender BdC a um Domingo em casa da família.
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De LG a 11.03.2020 às 16:41

Rui, , o blog é seu (mas podia ter editado a última frase e mantinha o resto... ).

Mike, o crime de terrorismo não caiu, a pronúncia manteve o crime para todos os arguidos, só agora, nas alegações é que o MP defendeu que os 30 e tal acusados que entraram em Alcochete não deveriam ser codenados por esse crime.

Todas as efabulações á volta do terrorismo serviram para manter as prisões preventivas, esperando o MP que, com isso, alguns arguidos fossem ceder (igual ao que foi feito ao Mustafá no que respeita à acusação de tráfico de droga).

Um Estado totalitário não faria melhor

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