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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É legítimo debater o (de)mérito da grande penalidade assinalada a favor do Sporting e que permitiu o triunfo leonino, mas também é verdade que a haver um vencedor, só podia ser a equipa de Alvalade. No lance em questão, o defesa do Boavista impede Raphinha, mas à distância é impossível avaliar a intensidade do contacto. O VAR interveio e confirmou que houve falta para o castigo máximo. Igualmente discutível se o golo do Boavista não foi marcado com o jogador em posição irregular. Também neste lance, parece ter havido revisão do VAR.
O Boavista inaugurou o marcador aos 3', num lance algo fortuito e mais uma vez graças à exasperante displicência defensiva de Ristovski que optou por fazer dupla com Coates, no ataque à bola, ignorando o adversário nas suas costas, que, não por mera coincidência, acabou por mandar o esférico para o fundo da baliza de Renan. De resto, a equipa do Bessa não criou uma única oportunidade de golo, nem sequer um lance que se possa considerar de perigo eminente.
O Sporting alinhou de início com os seguintes: Renan; Ristovski, Coates, Jérémy Mathieu e Borja; Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes; Acuña, Raphinha e Luiz Phellype.
Suplentes: Salin, Ilori, André Pinto, Francisco Geraldes, Doumbia, Diaby e Jovane Cabral.
Marcel Keizer tem sido alvo de muitas críticas - e nem todas injustas -, mas não vi neste jogo nada de maior com a equipa do Sporting que se lhe possa ser apontado. O que se verifica, e já não é de agora, é muita falta de competência individual, e é este constante que faz com que jogadas bem construídas sejam desperdiçadas, passes sem destino, e escassa criatividade no último terço do terreno.
Nesta partida, só não compreendo as substituições tão tardias, quando, na minha opinião, o meio campo leonino precisava de ser refrescado não mais tarde que os 60 minutos de jogo. Diaby e Doumbia apenas entraram aos 78'. Muito embora Mathieu e especialmente Coates tenham avançado bastante no terreno na segunda parte, não concordo com Gudelj manter-se no relvado o jogo inteiro. A obstinação de Keizer em não utilizar Jovane Cabral é muito difícil de compreender.
Na ausência de Bas Dost, por lesão, tivemos oportunidade de ver Luiz Phellype em acção os 90 minutos. O avançado brasileiro trabalhou muito, teve a infelicidade de mandar uma bola ao poste na primeira parte, mas não se pode dizer que tenha feito uma exibição de "encher os olhos". Acho, no entanto, que não devemos ser impacientes e aguardar mais ocasiões de jogo para o avaliar.
Acuña terá sido o melhor leão em campo, seguido por Coates e Mathieu. Bruno Fernandes, apesar do fantástico "pontapé de bicicleta" que obrigou o guarda-redes boavisteiro a fazer uma grande defesa, e de marcar o penálti sob enorme pressão, não esteve muito inspirado. Em abono da verdade, não podemos exigir mais dele.
Este resultado permite ao Sporting manter-se a três pontos do SC Braga - que também venceu o seu jogo deste sábado. O FC Porto joga logo à noite e o Benfica na segunda-feira.
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